SOMOS TODOS IGUAIS

 

Vigiemos o nosso egoísmo.

Pois é ele que, muitas vezes, nos leva a pensamentos e atitudes que trarão desconforto e arrependimento. Que nos faz querer prevalecer sempre, menosprezando os direitos alheios.

E, se não respeitamos os direitos dos nossos irmãos, como poderemos exigir que respeitem os nossos? Se nada oferecemos senão descaso, como receberemos cuidados e carinho?

Se não somos capazes de elogiar os nossos irmãos, e exaltar as suas qualidades, podemos esperar que nos elogiem? Se nos limitamos a criticar, só outras críticas teremos em retorno.   

O egoísmo traz o orgulho e faz acreditar que estamos acima dos outros. Que a razão nos pertence sempre e somos capazes de traçar os rumos dos que nos cercam, melhor que eles mesmos.

Assim agindo, magoamos aqueles que nos amam. E, embora não o façamos por mal, mas pelo orgulho, os afastamos de nós. Ao invés de buscarem a nossa opinião, todos procurarão evitá-la.

Melhor faríamos se os ouvíssemos, de coração aberto. E, sem impor caminhos ou ideias, apenas os ajudássemos a organizar as suas próprias ideias, para escolherem os próprios caminhos.

Abandonemos a pretensão de ter sempre razão; pois ninguém caminha sobre a Terra, que não cometa os seus erros. Afinal, como conseguiríamos aprender sem erros, acertos, e consequências?

Sim: nenhum de nós, por mais sábio, bem-intencionado ou bonito que seja, é perfeito. E sensato será abaixarmos a cabeça e reconhecermos os nossos erros, para que cheguemos aos acertos.

Insensato é aquele que se julga melhor do que os outros. Pois os homens procuram os seus semelhantes; e aquele que melhor acredita ser, jamais poderá vencer a solidão em seu espírito.

Aceitemos esta verdade; e não vos entristeçamos com ela. Porque muitas flores, de diversos tipos, são necessárias para formar um belo jardim; e a todas elas, o solo fornece tudo que precisam.

Assim, o jasmim não deve invejar a rosa; nem se acreditar mais belo e perfumado; como não se pode julgar inferior a ela. Cada flor tem seu próprio papel e todas importam ao Jardineiro.

Vigiemos, portanto, o nosso egoísmo. Sejamos realmente humildes, em nossos corações, como em nossas palavras dizemos ser. Aprendamos a abrir mão; este é o começo, para aprender a dividir.

Aprendamos que dividimos este planeta; e não chegaremos a lugar algum, se não formos capazes de caminhar juntos. Nenhum de nós é mais ou menos importante que outro; somos iguais.

Perante o Coração do Universo.

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