Fazei, às vossas esperanças, como fazeis às vossas plantas.
Pois a umas e outras precisais enterrar bem fundo as raízes, para que não as arranque o primeiro vento de inverno, ou o primeiro desencanto. E do vosso cuidado dependerá que belas flores possam surgir dos tímidos botões.
Comportai-vos, na vida, como no oceano se comporta o barqueiro prudente.
Que tem a humildade de ancorar o seu barco, na noite escura, até que volte o sol a iluminar a sua rota; enquanto o insensato desafia as vagas do destino, durante a escuridão da noite tempestuosa.
Porque o grande general não é aquele que luta todas as batalhas, mas o que melhor se posiciona com as armas de que pode dispor. E melhor vos saberá o fruto suculento de amanhã, do que o hoje prematuramente colhido.
Não é o tempo que rege as vossas vidas. A escolha é um direito que recebeis do Universo.
Entretanto, se é vossa a escolha, vossa é a responsabilidade por tudo aquilo que ela vos possa trazer. E, se não vos é possível comandar o tempo, bem podeis utilizá-lo a vosso favor.
Aprendei, portanto, a vencer a urgência que vos domina. Pois o sol retorna em todos os dias; como a onda, que agora vos afasta do porto, é a mesma que a ele vos levará, tão logo se altere a maré.
Eis que vos escravizais ao tempo, desde que aprendestes a marcar a sua passagem. E o relógio, que deveria tornar mais fácil a vossa vida, tornou-se o vosso senhor. Como o amor, que vos deveria trazer a felicidade, é a causa dos vossos piores sofrimentos.
Entretanto, não é das horas que sois escravos; mas dos vossos hábitos. Como não é o Amor que vos faz sofrer, mas as imperfeições que existem em vós. E sufocam o Amor, que vos libertaria, no egoísmo que vos aprisiona.
É assim que sois. Para vós, o medo de sofrer é doloroso como o próprio sofrimento; e tanto vos angustiais com o temor da partida, que não vos é dado desfrutar das alegrias da estada. Embora de nada possam valer as vossas angústias, diante do sofrimento e da partida.
Aprendei, portanto, que a Vida é como um oceano. E nada vos cabe, senão dirigir o vosso barco da melhor forma que vos for possível. Porque não podeis deixar de fazer-vos ao mar, ou enfunar as vossas velas, por temer as intempéries que decerto cruzarão a vossa rota.
Lembrai-vos, entretanto, que é inútil reclamar da tempestade que vos alcança. Cuidai, sim, de recolher as vossas velas, antes que as arrebate o vento furioso; é assim que elas vos poderão servir, amanhã.
À brisa suave de um novo dia.
Querido O Árabe,
ResponderExcluir“...E, se não vos é possível comandar o tempo, bem podeis utilizá-lo a vosso favor....”
Mais uma maravilhosa lição aqui aprendo. Por certo que devemos ser um navegante atento as mensagens cifradas do tempo. Devemos tentar fazer dele nosso aliado, aprendendo as lições do caminho. Tuas palavras sempre são um bálsamo para os corações que buscam o conhecimento. Felizes somos por te-lo com amigo.
Pérolas incandescentes de tempo de luz entrego em tuas mãos.
Eärwen
Querido Amigo
ResponderExcluiras Tuas
palavras
são como punhais
ou gotas de orvalho
apenas
cada uma um mar
juntas um
oceano
Aqui me banho
um beijo
OLÁ QUERIDO ÁRABE, MARAVILHOSO TEXTO ... MAIS UMA VEZ UMA BELA LIÇÃO DE VIDA...DESEJO-TE UMA BOA SEMANA... DEIXO-TE UM GRANDE ABRAÇO DE AMIZADE,
ResponderExcluirFERNANDINHA
O tempo que a esperança renova a cada dia, queiram assim a Humanidade...
ResponderExcluir...._.;_“.-._
...{`--..-.“_,}
.{;..\,__...-“/}
.{..“-`.._;..-“;
....`“--.._..-“
........,--\\..,-“-.
........`-..\(..“-...\
...............\.;---,/
..........,-““-;\
......../....-“.)..\
........\,---“`...\\
....._.;_“.-._ Com estima e amizade, terno beijo
Árabe, uma bela mensagem de humildade, esperança e fé! Creio que são bases para vida.
ResponderExcluirSe a escolha do caminho nos pertence, a responsabilidade dessa caminhada também, Portanto, ninguém pode ser culpado pelos pedras do percurso.
Boa semana! Beijos
Que mensagem,hem ARABE!!!
ResponderExcluirDaquelas que a gente nem tem o que acrescentar.
Abração!!
"Aprendei, portanto, que a Vida é como um oceano. E nada vos cabe, senão dirigir o vosso barco da melhor forma que vos for possível. Porque não podeis deixar de fazer-vos ao mar, ou enfunar as vossas velas, por temer as intempéries que decerto cruzarão a vossa rota."
ResponderExcluirQue grande verdade, amigo!
Fica uma rosa azul perfumando o carinho que te deixo no coração!
Intenso! Uma verdadeira reflexão. Envolvente e verdadeiro!
ResponderExcluirUm beijo pra ti, Arabe!
Mais uma bela e sensata lição, meu amigo.
ResponderExcluirBem hajas!
Muito...muito bom!
ResponderExcluirSempre me sinto fortalecida ao ler teus textos...
Obrigada pelo carinho...Juliana tbm agradece!
Beijo
A Paz que se sente neste blog é sem duvida um caminho a percorrer...
ResponderExcluirBeijinho grande
tô tentando aprender:
ResponderExcluirPorque o grande general não é aquele que luta todas as batalhas, mas o que melhor se posiciona com as armas de que pode dispor
beijos, querido e boa semana
MM.
que bela comparação...boa esta brisa de esperança
ResponderExcluirbeijos
Oi, amigo!
ResponderExcluirLição de sabedoria, mesmo em mares encapelados...
Nova postagem no final da semana, não tenho condições de mudar, por enquanto.
Uma maravilhosa semana!!!Bjs
Sábio.
ResponderExcluirEu diria:
O oceano do tempo.
Mas está bem assim.
Um grande abraço.
Árabe
ResponderExcluirViver sabiamente não é para qualquer um.
As paixões são más conselheiras embora sem elas não haja vida em plenitude.
Até que ponto conseguimos ser loucos e dosear a loucura?
Só neste equilíbrio a esperança é um porto de abrigo e ao mesmo tempo a força que nos impele.
Abraço
Regressaste bem e os conselhos cheios de sabedoria encantam-nos.
ResponderExcluirContinuação duma boa semana, meu amigo.
Querido O Árabe,
ResponderExcluirÉ um bálsamo ler cada ensinamento teu.
Procuro nas tuas palavras sábias,o refúgio para abrigar a minha alma
tumultuosa...
Mas, a aluna segue atentamente os ensinamentos do professor... e a frase que mais fixei foi a primeira do texto:
" Fazei, às vossas esperanças, como fazeis às vossas plantas"
Nunca perderei a esperança de continuar a viver!
Ai Àrabe... o que dizer, para agradecer o dia em que entrou no meu " espaço"?
Abraço de terna amizade.
Maria Valadas
Salvé querido amigo
ResponderExcluirDepois da tempestade vem a bonança e é bem certo.
Serenidade sobretudo em momentos de aflição e tentar ser espectador de si próprio. - difícil hen?
Ainda hoje quando fui á caminha do meu Patoca - bichon maltez que adoptei há 2 anos - rosnava baixinho, não me conhecia, nem podia tocar-lhe...dava esticões, quase não se mexia e eu desatei num pranto! Só pedia a Deus que não me o levasse. Entretanto muito de mansinho ia dizendo: "Patoca querido, é a dona... olha o que eu tenho aqui?! uma coisa muito boa!" esta frase é a expressão base, para ele vir a correr onde quer que esteja,ou para largar algo. Aos poucos, ele lá foi dando sinais de recuperação, peguei-o ao cólo e fui para o páteo olhar o céu e pedir a Deus que não o levasse pois esteve cá pouco tempo...veio de Braga depois de ter feito 2 operações num intervalo de 2 meses...ninguém o quis; então trouxeram-mo para tratar dele aqui em Sintra! Num espaço de 4 anos, já enterrei num terreno próximo de zona protegida: o meu cão que acompanhou há 8 anos mais 2 gatos que nasceram e não duraram mais que 5 meses, mais um pombo que apareceu morto junto á porta de casa. Tenho seguido sózinha - estes são alguns dos muitos episódios que vêm acontecendo - este caminho do deserto ou melhor: das pedras!
Por isso te compreendo bem.
Deixo o abraço de sempre cheio de carinho
Mariz
ESPAVO!
Apenas te sorrio :)
ResponderExcluirSábios ensinamentos.
Beijos
Belíssimas palavras!! Me emocionas mais uma vez...Muito obrigada por escolher Kenny G, também gosto muitíssimo!
ResponderExcluirAbraços
Palavras de sabedoria.
ResponderExcluirAgradecida.
Enterrar bem as raízes da esperança e , navegar na tentativa de encontar um mar calmo sem tempestade para não ter que recolher as velas à pressa...
ResponderExcluirBelissima esta lição de vida
Bom resto de semana
Bjgrande do lago
Querido o Árabe
ResponderExcluirEstá já tornar-se uma necessidade ler e reler os seus escritos tanto eu gostaria também assim de conseguir expressar-me. Obrigado por partilhar connosco esse dom. Fico também feliz por encontrar ainda tantos de dão mais valor ao ser do que ao ter,obrigado por existir.
um encanto de leitura
ResponderExcluirsaudações amigas
Grato, Eärwen. Feliz entretanto sou eu, que posso contar com a amizade de vocês! :)
ResponderExcluirObrigado, Alex, pela gentileza de suas palavras! :)
ResponderExcluirGrato, Fernanda. É muito bom escrever para pessoas como vocês.
ResponderExcluirGrato, Collybry. E que jamais abandonemos as nossas esperanças!
ResponderExcluirAssim é, Olhos de Mel. Semeamos as nossas próprias pedras! :)
ResponderExcluirObrigado, Beatriz, pela gentileza e amizade. :)
ResponderExcluirEnvolvente e verdadeira, Menina, como a amizade em nosso oásis. :) Obrigado!
ResponderExcluirObrigado, São. Muitas vezes, as lições mais duras são as que melhor aprendemos. :) Fica bem, amiga!
ResponderExcluirO carinho, Carmem, é a retribuição do que recebo de vocês. Obrigado!
ResponderExcluirA Paz, Luísa... um caminho que só juntos percorreremos. :) Obrigado!
ResponderExcluirAprendemos um pouco a cada dia, Mônica... a vida nos torna bons alunos. :)
ResponderExcluirAssim é, Carla: uma brisa que nos acaricia o coração. :)
ResponderExcluirVamos aguardar, Vanuza... vale a pena! :)
ResponderExcluirBela sugestão, amigo Vieira. Assim farei para o livro! :) Abraço.
ResponderExcluirInquietante pergunta, Silêncio... sábia conclusão, porém! :) Fica bem, amiga.
ResponderExcluirQue assim seja, Benó. Alegria em saber-te também de regresso!
ResponderExcluirBela reflexão, Maria! Perder a esperança é renunciar à verdade de viver. :) Obrigado, amiga!
ResponderExcluirAssim é, Mariz... bem te compreendo. Entretanto, precisamos ser capazes de enxergar as flores que brotam entre as pedras do caminho. Fica bem, amiga!
ResponderExcluirEu não diara "apenas", Arábica... é imensamente valioso um sorriso de amizade! :) Obrigado.
ResponderExcluirGrato, Hanna. Avisa-me, quando retornares ao blog. :)
ResponderExcluirObrigado a você, amiga ermitã... a sabedoria está muito mais em quem ouve! :)
ResponderExcluirBela reflexão, Garça... oxalá aprendamos a manejar as nossas velas. :) Fica bem.
ResponderExcluirBem vinda, Flor do Deserto. Obrigado pela presença e volta sempre. O oásis é nosso! :)
ResponderExcluirGrato, amigo Valente. Meu abraço!
ResponderExcluirObrigado, DO. Pela gentileza e amizade! Meu abraço.
ResponderExcluirVim deixar uma pérola incandescente de carinho amigo.
ResponderExcluirEärwen
Grato, Eärwen. Bom fim de semana!
ResponderExcluirNão é o tempo que rege as nossas vidas... mais vale o fruto que é colhido na altura certa da sua maturação, do que aquele que é colhido ainda verde, consequência da urgência a que nos leva a ideia de que o tempo comanda as nossas vidas... Tudo o que tem belas raízes resiste, até mesmo, ao tempo.
ResponderExcluirTempos de impaciência e de marasmo, os que passamos aportados à espera que passe a tempestade, sem conseguir reagir; por vezes dá vontade de ser como o insensato e fazer o que seja para combater o vazio!! O vazio é contudo apenas aparente, pois o silêncio e a quietude são férteis, extraordinariamente férteis!!
Para "vencer a guerra" o General não deve lutar em todas as batalhas, deve saber como gerir os seus recursos e não desperdiçar energias em vão.
Creio que jamais nos afastamos dos nossos desejos e objectivos; por vezes assim parece, porém mais adiante verificamos que mesmo nesses momentos (e talvez sobretudo neles) caminhámos sempre para lá.
Assim é, Porcelain Doll. Alegria com a tua presença no oásis. :)
ResponderExcluirO tempo... o século a subjugar-nos...
ResponderExcluirSaibamos então recolher as velas na tempestade para que os prejuizos sejam minimos.
Belíssima reflexão!
Bjs
É preciso, sim, Perla... pois as tempestades se sucedem! :) Boa semana.
ResponderExcluir