A CANÇÃO DO DESAPEGO
Praticai
o desapego.
Pois, ao
longo do tempo, tudo e todos que hoje julgais que vos pertençam, serão levados
de vós. E o que deveis guardar não é a frustração da perda, mas a alegria de
tê-los um dia conhecido.
Este, é o
mundo da matéria e dos limites. E, assim sendo, tudo que conheceis se findará,
um dia; ainda que seja com a vossa partida. Esta é a realidade, mas este fato não
vos deve entristecer.
Ao
contrário: deve despertar-vos para viver mais intensamente cada minuto. Saboreai
a comida, enquanto está em vossa boca; e a água cristalina e fresca, enquanto sacia
a vossa sede.
Apreciai
o perfume das flores, enquanto abrem os seus botões e mostram a sua beleza;
amai os vossos amores, enquanto preenchem os vossos corações e vos aquecem o
corpo e a alma.
Encantai-vos
com o sorriso da criança e a harmonia da canção. Com o encanto luminoso da vida,
que renasce ao amanhecer; com a suave nostalgia do crepúsculo, prenunciando a
noite que cai.
Encontrai-vos
em vossos filhos e nos filhos de vossos filhos; gozai o aconchego e a segurança
da vossa família. Desfrutai com prazer dos vossos bens e orgulhai-vos das
vossas conquistas.
A verdade
é que mereceis cada alegria que encontrais no caminho. E necessitais dos
momentos felizes, para encontrar as forças que vos sustentarão quando as dificuldades vos buscarem.
Erguei o archote da vossa alegria e da vossa coragem, quando a tristeza e o
desânimo lançarem sombras sobre a vossa estrada; aprendei o valor do que tendes
e não sofrereis pelo que vos falta.
Sim;
valorizai o que tendes e menos vos angustiareis com o que vos falta. Sede
gratos, por tudo que conseguistes, e mais fácil se tornará o vosso caminho;
mais leves e rápidos serão os vossos passos.
Praticai,
porém, o desapego. Porque não é sábio o avarento que se agarra às suas
moedas e prefere privar-se de tudo que poderia ter, para não desembolsar um pouco
do que guarda e viver melhor.
Sábio é o
homem que valoriza o que tem, mas não se ilude que o conservará para
sempre; que não se angustia por medo de perder as suas conquistas, mas delas se vale para
buscar a felicidade.
Nada do
que aqui existe, vos pertence. Porque tudo faz parte do hoje e a vossa alma
habita na Mansão da Eternidade; para onde nada podereis levar, quando vos
fordes, além do que houverdes aprendido.
Praticai o
desapego. Recordai que nada trazíeis, quando chegastes a este mundo; e,
entretanto, o Coração do Universo cuidou de prover às vossas necessidades e
encaminhar os vossos passos.
Praticai o desapego. Ele é o vosso caminho para a Liberdade.
Música:
http://ohassan.dominiotemporario.com/marco/1_richard_claydermen_el_mundo.mid
31 Comentários:
Árabe, bens materiais, com certeza, concordo com o desapego. A pessoas e sentimentos só o tempo é capaz de curar.
Belo post! Bom fim de semana! Beijos
Praticar o desapego... talvez essa seja a luta mais ardua para o homem, aprender a se desapegar nao so de coisas, mas tbm de pessoas, aprender que o que ficou para tras tinha que ter ficado, tanto perdas materiais quanto sentimentos... que a vida renasce a cada dia, e o dia presente, o dia de hj... sempre sera o mais importante...
Arabe, meu bom amigo... que vc tenha um excelente fim de semana junto aos seus...
Abraços...
Praticar o desapego é contra a natureza do homem, mesmo com
bens materiais... o comunismo falhou...
Porém, concordo com o ensinamento do belíssimo texto.
Grata pelos ótimos momentos de leitura.
Um fim de semana caloroso e agradável.
o meu abraço.
~~~
Praticar o desapego é necessário mesmo e pode ser exercitado com coisas simples. Veremos um bom resultado e não vamos amontoar coisas desnecessárias,nem bagagens, pela vida afora! abração,chica
Olá meu querido,
Certamente que as mão mesmo que juntas não conseguirão conter a água por muito tempo, mas sensação de te-la ao menos um pouco de tempo não sairá da mente, neste breve momento não devemos desperdiçar ,sorrisos ,abraços , carinhos e cores rssss
beijos
Joelma
Olá, meu amigo!
A cada dia estou mais desapegada de tudo, até de pessoas, que já nada me dizem. Acho que estou usando mto a razão e pouco o coração. Como tenho me modificado, pra melhor, em minha opinião, de há 3/4 anos a essa parte!
Estou pouco a pouco me desfazendo de tralha, sobretudo palpável, pke só enche armários e já nada me diz.
"A Arte da Simplicidade", livro k li em tempos, me deu, talvez, o 1º click, mas nesse tempo me disse pouco, pke eu precisava de comprar todos os dias ou quase, alguma coisa. Sofria do síndroma do consumismo -rs. Agora, estou bem diferente, para melhor, assumidamente.
Abraços e um excelente domingo.
Sozinhos chegamos e sozinhos voltaremos.
A verdadeira bagagem será nossa evoluçao e aprimoramento espiritual nesse planeta escola. Lindo texto meu amigo, nossa Alma agradece...
Boa noite Árabe!
Grandes verdades,de nada vale o material, nada levaremos, nada nós pertence, nem mesmo a nossa vida, quando cumprimos nossa missão na terra, vamos mesmo,não tem pra onde correr, como falava minha avó. Acredito que, nos pertence os nossos sentimentos, nossas atitudes. Belíssimo texto Árabe! Tenha ótima semana, grande abraço e obrigada!
¡Hola Árabe!
Nos dejas una preciosa lección de vida, la todos deberíamos llevar a la práctica, cualquier forma de apego, perjudica más, que beneficia, pero si, en realidad el ser humano tiene esa tendencia al apego. Ha sido un placer esta lectura, gracias.
Te dejo mi inmensa gratitud por tu huella, con mi estima siempre.
Un beso y se muy, muy feliz.
É, sem dúvida, um texto de alta qualidade.
Merece profunda meditação, pois contém ensinamentos muito úteis que devemos pôr em prática.
Mas... meu caro Árabe, o primeiro parágrafo... não me peças para o seguir. Ser-me-ia impossível.
Refiro-me ao "todos" e não ao "tudo" - deste não tenho dificuldade em desapegar-me.
Mas, do "todos", não!
Nalguns casos, especiais, a frustração da perda é demasiado grande para poder esquecer...
Viverei com ela até que também eu parta para outra dimensão...
Desejo uma semana feliz
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Boa tarde meu amigo e bom Árabe,
Um maravilhoso momento repleto de sabedoria, como nos vem habituando a cada semana.
Que dizer?
Sim, cultivar o desapego valorizando as coisas simples e belas que a vida nos vai oferecendo. Nada é nosso. Tudo nos foi emprestado por Deus. A vida é transitória e enquanto dela pudermos usufruir saibamos apreciar o que temos como diz e muito bem "Sim; valorizai o que tendes e menos vos angustiareis com o que vos falta". Praticar o desapego dos bens materiais, sim, cultivando essencialmente o amor.
A música é muito bela. Admiro muito Richard Clayderman e o seu piano.
Beijinhos e continuação de boa semana.
Ailime
Palavras certeiras! Muito bem dito!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Meu amigo Árabe, boa noite,
Acabo de er uma obra prima tansbordando sbedoria e verdades, sou por demais a fvaor do desapego, sou daquelas pessoas que, tudo que não me serve, seja qual for o motivo, passo a frente, não guardo detenho o ue pode agradar a outrem, parto sempre do princípio que nem meu corpo me pertence. Amei seu texto.
Boa e feliz noite
Bjss!
Com certeza, Lúcia, é bem mais difícil. Mas desapegar não significa deixar de querer; apenas, desenvolver a noção de que nada ou ninguém nos pertence. Como a ideia da morte nos faz dar valor à vida, acredito que essa noção nos leva a desfrutar ao máximo cada momento com as pessoas que amamos. Obrigado, bom resto de semana!
Bem como você diz, Arco-Íris: é uma luta árdua. Mas precisamos saber que "o que ficou para trás tinha que ter ficado". E: "... a vida renasce a cada dia, e o dia presente, o dia de hj... sempre sera o mais importante... ". Pura verdade, amiga! Bom resto de semana, meu abraço; fique bem.
Contra a natureza, Majo? Talvez, sim... o egoísmo ainda é muito forte em nós.Mas o aprendizado é a razão de nossas jornadas, amiga; a esperança continua. :) Obrigado, bom, resto de semana!
Isso, Chica; amontoar bagagens é tornar mais difícil a jornada. Obrigado, amiga; meu abraço, bom resto de semana.
Essa é exatamente a ideia, Joelma! Saber que a água não ficará em nossas mãos, nos faz apreciar melhor o momento em que a temos! :) meu abraço, amiga; obrigado, bom resto de semana.
Acho que todos passamos por esse estágio do consumismo, não é, Céu? :) Interessante que, agora que (graças a Deus) estou em uma posição melhor para comprar, não sinto necessidade de tantas coisas. E é como você diz: é melhor viver assim, e isto nos torna melhores. Belo comentário, amiga; meu abraço, bom resto de semana.
Muito bem dito, Wania: "A verdadeira bagagem será nossa evolução e aprimoramento espiritual nesse planeta escola.". É isso, sim, amiga! Obrigado, bom resto de semana.
Concordo inteiramente com sua avó e com você, Maria Luzia: quando temos que ir, vamos mesmo! :) Também concordo com isto: Acredito que, nos pertence os nossos sentimentos, nossas atitudes.". Esses, sim, dependem de nós. Obrigado, amiga; meu abraço, bom resto de semana!
Preciosa verdade, Marina: "Qualquer forma de apego prejudica mais do que beneficia". Obrigado, pela gentileza, amiga; meu abraço, bom resto de semana!
Entendo, Mariazita. Mas, amiga, não sei... acredito que não seja bem a frustração da perda que persiste, mas a recordação dos bons momentos que a antecederam; de certa forma, a saudade traz em si, além da dor, o próprio conforto. Complicado, né? Acho que não sei explicar bem, mas é o que sinto. ;) Obrigado, bom resto de semana. Meu abraço.
Acho que você, como sempre, disse muito bem, Ailime: "cultivar o desapego valorizando as coisas simples e belas que a vida nos vai oferecendo. Nada é nosso. Tudo nos foi emprestado por Deus.". Se nos convencemos dessa verdade, amiga, menos difícil se torna praticar o desapego. Obrigado, meu abraço; bom resto de semana!
Grato, Isy; bom resto de semana, amiga!
Este é o princípio do qual devemos partir, Diná; até mesmo porque também o deixaremos aqui. Nada levaremos, senão o que está em nosso verdadeiro Eu. Obrigado, minha amiga; meu abraço, bom resto de semana!
Quanta verdade! Nada trazíamos quando chegámos, o que adquirimos foi acréscimo, há mais é que agradecer. Tudo o que temos não é só nosso. Ah!, se todos compreendessem bem isso quanta injustiça se evitava!
Muito grata por mais este delicioso texto!
Abraço!
Também penso assim, Fa: se reconhecermos que nada temos, muitas injustiças (e disputas) serão evitadas! Grato, pela gentileza e amizade de sempre; meu abraço, bom fim de semana!
Olá, meu amigo!
Como você sabe sou Professora e estou com mto trabalho até final desse mês, início do outro e por isso não postarei, nem comentarei a partir de 5ª feira dessa semana. Hoje, é feriado aqui, Dia de Portugal e de Camões e tenho estado pondo os comentários em ordem. Não precisa vir a meu blog, pois qdo eu retornar, passarei por cá.
Um abraço cordial.
Entendo, Sol. Só não demore muito; você faz falta. Mesmo assim, devo passar por lá, de vez em quando; gosto de recordar e cumprimentar os amigos. :) Meu abraço, amiga; boa semana.
Normal, não chegar a ver este comentário, mas costumo andar a passear pelas publicações dos blogs que já são casa para mim.
Como sempre, palavras sábias.
Uma boa lição, que eu tenho de aprender dia a dia.
É certo que nada trazíamos quando chegámos e que nada vamos levar.
Mas deixamos... a nossa marca.
Já o disse, porque é mesmo assim, eu lido mal com a falta do que me é coração.
Sofro até com certo desapego :) penso ás vezes que até sou "pegada" demais ás pessoas e até a algumas coisas, que me são conforto.
A vida é um aprendizado, e eu tenho muito que aprender.
Brisas doces **
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