O TEMPO E A FELICIDADE

 

Aproveitai, plenamente, cada um dos vossos minutos.

 

Assim, eu vos tenho dito e repetido. Porque não sabeis até quando irá a vossa jornada; e nem mesmo podeis prever o que vos reserva o futuro. O que vos resta, portanto, é viver o presente.

Claro; deveis cuidar-vos para nada fazer, no hoje, que comprometa o vosso amanhã. Porque dia virá em que o amanhã se tornará o hoje; e, quando assim for, não podereis mudar o ontem.

Que esta não seja, entretanto, a vossa prioridade; até porque desconheceis por quanto tempo tereis amanhãs. E como será cada um dos vossos dias, entre a luz do amanhecer e o crepúsculo.

Certo é que em nenhum dos vossos dias, pisareis apenas sobre um chão macio, forrado de pétalas; e, da mesma forma, também em nenhum deles o chão estará inteiramente coberto de espinhos.

Sempre, tereis motivos para preocupações e desejareis mais do que tendes. Porém, sempre tereis também motivos para serdes felizes; para que os vossos corações se encham de gratidão.

É apenas de vós, que depende escolher entre a felicidade e a inquietude; entre a gratidão e a insatisfação. Essa escolha não mudará os fatos da vida, mas fará grande diferença em vossa alma.

Porque não conhecereis a felicidade plena, se permitirdes que a sombra da inquietação enevoe os vossos momentos bons. Entregai-vos inteiros a eles, de alma aberta e coração exultante.

E, quando vos procurarem a dúvida e tristeza, lembrai-vos das alegrias que vivestes; porque a escuridão não resiste à luz e uma única centelha pode dissipar as trevas mais angustiantes.

Desfrutai, sim, sempre que vos for possível, das emoções que trazem deleite ao vosso coração. E, nesses doces momentos, cuidai para que nuvens escuras não escondam o brilho do sol.   

Porque, sabeis, a felicidade não é uma constante em vossas vidas; e deveis sorver cada uma das suas gotas, como o homem perdido no deserto saboreia cada deliciosa  gota da chuva abençoada.

Aceitai-a, pois; e, em vossa alma, agradecei pela dádiva que representa. Se a gratidão vos preenche, em vosso verdadeiro Eu não sobrará espaço onde se abriguem o medo e a frustração.

Porque pobre é o homem que não reconhece a importância dos seus bens, por mais numerosos que sejam; e infeliz é aquele que não percebe todos os motivos que tem para ser feliz.

Triste de quem, em seus momentos de felicidade, não esquece os motivos que julga ter para ser triste. Um dia, virá o arrependimento de não ter aproveitado, como podia, todo aquele tempo.   

Em que era feliz e não sabia.

Música:

http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/eduardo_lages_love_me_tender.mid

Link para música. 

Link para vídeo.