O QUE FAZEMOS DE NÓS
Muitas vezes nos perdemos, na busca do que julgamos desejar.
Criamos a moeda, para facilitar as nossas trocas.
Hoje desejamos a fortuna, como se com ela pudéssemos comprar a felicidade. Quando a alcançamos, entretanto, convivemos com o temor da sua perda. E esse temor nos conserva pobres.
Criamos as habitações, para o nosso conforto.
E, a cada vez que nos casamos, devemos construir um lar para abrigar o nosso amor. Tanto nos entregamos, entretanto, aos afazeres da casa, que pouco tempo nos sobra para esse amor.
Buscamos o poder, a ilusão de mando sobre os nossos irmãos. Entretanto, aqueles que o conseguem descobrem que se tornaram escravos de responsabilidades e obrigações.
Almejamos a fama; o orgulho de sermos reconhecidos.
Em troca, devemos oferecer a tranqüilidade de caminharmos despercebidos pelas ruas. Queremos tornar-nos lendas, esquecidos de que nascemos para sermos homens.
Amamos aos nossos filhos.
E, em nome desse amor, queremos moldar as suas vidas. No desejo de um futuro melhor para as nossas crianças, muitas vezes deformamos o seu presente. E um presente de sombras não pode gerar um radioso futuro.
Sofremos e nos iramos, ante as contrariedades da vida.
Assim fazendo, deixamos de perceber os motivos que temos para sermos felizes. E, se sobre os que nos cercam derramamos a nossa ira, é certo que de volta a receberemos.
Defendemos os nossos direitos.
E é certo que assim procedamos, pois a cada ser vivo cabe a própria defesa. Ao defendemos os nossos, entretanto, respeitamos os direitos alheios? Porque, se assim o fizéssemos, a injustiça seria banida do mundo.
Feridos, à vingança dedicamos as nossas forças.
E não percebemos que a vingança não é um ato em si, mas apenas o segundo elo de uma corrente, que findará por atar-nos ao desafeto e privar da liberdade o nosso verdadeiro Eu. O perdão, ao contrário, é a força que pode quebrar os nossos grilhões.
Buscamos o prazer.
Não para atingir à libertação do nosso espírito, mas como uma forma de iludir o nosso corpo; não entendemos que apenas a fusão de ambos nos dará a conhecer o verdadeiro prazer. Porque de ambos somos compostos, enquanto caminhamos sobre a Terra; e incompletos permaneceremos, enquanto nos tentarmos dividir.
Buscamos satisfazer ao nosso corpo.
E depois, turbados os corações, inquietas as consciências, procuramos as nossas igrejas; como se estivéssemos pagando um obrigatório tributo à pureza que existe em nós. Como se da mentira da hipocrisia pudesse nascer a verdade da paz.
Hoje desejamos a fortuna, como se com ela pudéssemos comprar a felicidade. Quando a alcançamos, entretanto, convivemos com o temor da sua perda. E esse temor nos conserva pobres.
Criamos as habitações, para o nosso conforto.
E, a cada vez que nos casamos, devemos construir um lar para abrigar o nosso amor. Tanto nos entregamos, entretanto, aos afazeres da casa, que pouco tempo nos sobra para esse amor.
Buscamos o poder, a ilusão de mando sobre os nossos irmãos. Entretanto, aqueles que o conseguem descobrem que se tornaram escravos de responsabilidades e obrigações.
Almejamos a fama; o orgulho de sermos reconhecidos.
Em troca, devemos oferecer a tranqüilidade de caminharmos despercebidos pelas ruas. Queremos tornar-nos lendas, esquecidos de que nascemos para sermos homens.
Amamos aos nossos filhos.
E, em nome desse amor, queremos moldar as suas vidas. No desejo de um futuro melhor para as nossas crianças, muitas vezes deformamos o seu presente. E um presente de sombras não pode gerar um radioso futuro.
Sofremos e nos iramos, ante as contrariedades da vida.
Assim fazendo, deixamos de perceber os motivos que temos para sermos felizes. E, se sobre os que nos cercam derramamos a nossa ira, é certo que de volta a receberemos.
Defendemos os nossos direitos.
E é certo que assim procedamos, pois a cada ser vivo cabe a própria defesa. Ao defendemos os nossos, entretanto, respeitamos os direitos alheios? Porque, se assim o fizéssemos, a injustiça seria banida do mundo.
Feridos, à vingança dedicamos as nossas forças.
E não percebemos que a vingança não é um ato em si, mas apenas o segundo elo de uma corrente, que findará por atar-nos ao desafeto e privar da liberdade o nosso verdadeiro Eu. O perdão, ao contrário, é a força que pode quebrar os nossos grilhões.
Buscamos o prazer.
Não para atingir à libertação do nosso espírito, mas como uma forma de iludir o nosso corpo; não entendemos que apenas a fusão de ambos nos dará a conhecer o verdadeiro prazer. Porque de ambos somos compostos, enquanto caminhamos sobre a Terra; e incompletos permaneceremos, enquanto nos tentarmos dividir.
Buscamos satisfazer ao nosso corpo.
E depois, turbados os corações, inquietas as consciências, procuramos as nossas igrejas; como se estivéssemos pagando um obrigatório tributo à pureza que existe em nós. Como se da mentira da hipocrisia pudesse nascer a verdade da paz.
Como se no corpo estivesse contido o nosso verdadeiro Eu...
44 Comentários:
Árabe, lindo texto! Pensamos iguais e talvez as minhas reações sejam diferentes da grande maioria. Eu vivo e sigo sempre meu coração. Aquilo que valorizo está dentro de mim. Dinheiro... jamais compraria minha felicidade e consciência. Jamais faço nada, para simplesmente, agradar meu corpo, mas sim para completar a minha alma o meu eu. Acho que corpo e alma devem funcionar harmonicamente e assim, encontrar a plenitude. O poder nada me diz, prefiro a humildade. Moldar pessoas, fatalmente trará a insatisfação, porém eu gosto de me moldar. A busca do prazer é um complemento importante e nos faz sentir vivos, quando esse prazer é completo: desejo, amor e paixão. Existe coisa mais gostosa e bonita que a entrega de duas pessoas que se amam? Esse é um momento único! Existe um momento na vida em que o prazer se transforma em sentimento; companhia, companheirismo, etc mas enquanto isso não acontece... Tudo na vida tem seu tempo.
Bom fim de semana! Fique com Deus!
Beijos
Aquela velha história. Ninguém está satisfeito. E a vida se torna uma busca louca...
beijinhos
Às vezes agradeço à Deus o fato de me sentir uma obra tão incompleta quanto desejante de se completar, e vejo adiante que esse projeto de vida não nos conduz ao ser essencial que precisamos ser, mas nada impede que possamos chegar lá.
BeijUivooooooooooosssssss da Loba
Passando pra deixar um beijo e desejar uma excelente semana.
O que fazemos de nós ou para nós?
Eu vivo intensamente em paz comigo e com quem convivo, também grito e me enfureço mas o bom é que passa logo, choro demais até vendo tv e isso me mantém de alma lavada, amo, amo, amo em profusão e com isso tenho tesão de dias melhores, o que faço comigo ou para mim?
Permito-me!
linda semana, poeta
beijos
Árabe, não sei o que ficou mais lindo, o seu post ou o comentário da Márcia Clarinha. Querido, tenho andado meio triste, por isso vou ficar devendo um merecido comentário. Parabéns. Beijocas
Belas palavras, Ollhos de Mel! belas e, o que é mais importante, verdadeiras.
É isso, cara Menina. E nessa busca, muitas vezes, nos perdemos...
Na verdade, Keila, é esse desejo de plenitude que nos pode levar ao nosso verdadeiro Eu...
É uma bela sugestão, Clarinha!Permitir-se, sim... com o conhecimento para descobrir as próprias necessidades. :)
Yvonne, lamento saber que vc está triste... espero que logo passsem as nuvens que aos seus olhos ocultam o sol.
Olhos de mel, permita-me retribuir, desejando-te uma bela semana!
Oi querido!
Que texto lindo ! Obrigada por dividir. Ganhei a noite.
beijos querido e boa semana,
Palavras lindas meu lindo que hoje vim ler aqui...palavras que talvez eu precisava de as ler:(
Ninguém esta satisfeito com aquilo que tem, por mais que tenha mais quer, se vê o defeito no vizinho e os nossos só vimos virtudes.
Levamos a vida a procura do pote de ouro, só que infelizmente não o encontramos.
Obrigado por me teres dado a possibilidade de hoje te poder ler e te poder deixar meu beijinho de sincera amizade
whispers
Buscamos respostas longe demais. Talvez porque "estamos" imperfeitos. Gerando em nós tanta insatisfação por causa da nossa origem. Como sempre, você arrasou.
Deixei-te presentinhos lá em casa, passa lá.
Beijos
Realmente, nos apegamos em distrações para deixar de questionar aquilo que realmente importa; Porque vivemos e para quê convivemos.
Beijus
acho que hoje eu procuro viver intensamente, ao contrario de alguns anos atras.. engraçado que temos um medo danado do tempo, mas ele só nos faz bem,nos tornando melhores...
bjoss
Belo texto.É verdade, o ser humano é insaciável.Ainda bem que alguns nem tanto.
Olá meu lindo!
venho te dizer adeus vou de ferias
quero te agradecer todos teus comentários que me fizeste e prometo voltar aqui te ler
te levo no meu coração como levo todos aqueles que me encantaram
beijinhos mil
whispers
e é lá que está. Apenas não onde geralmente o colocamos ou cremos que está.
Não há moedas que cheguem no mundo para trocar por certas coisas.
Tenho algumas delas na minha vida e...não sei se as valorizo sempre como devia.
É um grande prazer ler-te e ficar a pensar. Obrigada.
Obrigado a você, amiga Tina... pela gentileza de sempre! :)
Whispers, respondendo às duas notas, quero agradecer-te a gentileza e dizer que desejo que férias te sejam úteis, sim... porém, não muito demoradas; sentimos falta dos amigos!... ;)
Luz, obrigado! Pelos presentes, que estou indo ver e, principalmente, por tua gentileza!
Luma, é isso: talvez, o homem tenha medo de buscar as respostas a essas perguntas, que poderiam contrariar parâmetros estabelecidos... ;)
Tati, concordamos inteiramente: o tempo nos ajuda a percorrer os caminhos do verdadeiro Eu, diminuindo as nossas vaidades...
Magui, e felizmente também o tempo contribui para diminuir as nossas ânsias... ;)
Gata, certo estou que as valorizas, sim... ou não terias estas dúvidas! ;)
nossa, que beleza!!!!
fiquei aqui, balançando a cabeça, concordando com cada linha.
beijos e parabéns
MM.
Oie Árabe, passando para, mais uma vez, alimentar meu espírito neste oásis.
Fique com Deus!
Beijos
Eu também sou a favor do respeito! Está faltando vergonha na cara, dignidade!
O que faço de mim? Eu procuro me fazer perfume, canção. Mas não quero passar sobre ninguém... Beijo!
Mônica, obrigado. Pela concordância e pela gentileza...
Obrigado, Olhos de mel. E aproveito para lhe desejar um feliz fim de semana.
Claudinha, quem dera pudéssemos mesmo nos tornar canções, e viajar nas asas do vento... :)
bom fim de semana, querido
beijos
MM.
Só vim te ver... mas acabo te deixando flores.
BeijUivooooooooooosssss da Loba
Obrigado, Mônica... permita-me retribuir, sim? E tenha uma semana maravilhosa!
Keila, os uivos da amizade sincera sempre se tornam flores! Brigadão, bom fim de semana!
Um texto precioso que nos faz pensar nas dualidades que cercam nossas atitudes nesse mundo. O ser humano ainda não aprendeu a dar o devido valor às coisas que realmente tem importância na vida. A descoberto de si mesmo fica, muitas vezes, relegada a segundo plano, sem perceber que esse primeiro passo para o auto-conhecimento seria a chave que lhe abriria as demais portas.
Ficam pétalas perfumadas, um beijo no coração, e os votos de uma semana iluminada de alegria, de paz e realizações.
Árabe, cadê você? Beijocas
Olá Árabe! O ser humano sempre busca ter mais em vez de ser mais. Qdo temos um carro, queremos uma casa. Quando temos uma casa, queremos mais espaço, enfim, se nos contentássemos e fôssemos agradecidos pelo que já temos, nossa alma seria bem diferente... bjokas!!!
Preciosas mesmo, Bia, são as opiniões de vocês... elas é que dão vida ao nosso oásis! Boa semana.
Yvonne, estarei retornando em breve. Mas permita-me agradecer pela sua lembrança.. é muito bom ser lembrado pelos amigos!
Jackie, com certeza seria! Mas, quem sabe, um dia entenderemos a mensagem... e chegaremos lá!
Quando o tempo sem tempo do despertar se fizer presente, e o jogo for terminado, o múltiplo se tornará uno , então, descobriremos o que sempre fomos: Unos. Que restará senão lembrança, ou talvez até ela se dissolva na eternidade do Ser...
Gratidão
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