CANÇÃO DE FIM DE ANO

 

Talvez, nunca tenha sido tão difícil acreditar!

Entretanto, é quando nos encontramos perdidos no escuro, que mais necessitamos da luz; é quando a dúvida tenta fincar raízes em nosso coração, que mais devemos buscar a fé.

Este ano, que chega ao fim, foi difícil para todos; talvez o mais difícil para a humanidade. Nosso mundo, que acreditávamos dominar, nos mostrou o quanto somos pequeninos.

Foi um duro golpe para o nosso orgulho. Que abalou nossos corações e nossa presunção, mostrando a fragilidade da vida e reafirmando, ante nossos olhos, a certeza da morte.

Através do véu negro do desamparo e da saudade, porém, pode haver a claridade de lições a serem aprendidas. Mesmo no maior dos males, é possível encontrar algo de bom.

Cuidemo-nos, sim. Mas sem ceder ao medo, e observando os muitos sinais de esperança: o sol, que nasce todos os dias; a lua, que brilha no escuro da noite e se reflete nas águas.

A Vida continua. As flores continuam a brotar, as crianças a sorrir, os regatos a cantar; as ondas se sucedem, no oceano. Necessitamos acreditar e ter forças para seguir em frente.

Precisamos afastar de nós tudo aquilo que nos separa: o medo e a desconfiança, o egoísmo e a ganância, as divergências políticas, as teorias de conspiração, os preconceitos.

Precisamos concentrar-nos em tudo que nos pode unir: o amor, a solidariedade, a tolerância e o perdão, a compreensão e o apoio mútuo. A consciência de que somos irmãos.

Não temos como controlar o que nos atinge, mas decidimos como reagir aos golpes. Aprendemos, mais uma vez, que não temos controle algum sobre a jornada e os seus obstáculos.

Mas podemos escolher os nossos caminhos. E, se nos unirmos, nenhuma carga será muito pesada para ser carregada; nenhuma dificuldade será muito grande para ser vencida.

Talvez, nunca tenha sido tão difícil acreditar. Porém, nunca foi tão necessário aprendermos a seguir juntos. Essa pandemia, que nos separou, trouxe a chance de nos aproximarmos.

Às vezes, do sofrimento pode nascer a alegria; do medo, pode nascer a esperança; do afastamento, pode nascer uma união plena e verdadeira, como nunca conhecemos antes.

Zelemos por nós. Choremos os mortos e as nossas dores. Mas cuidemos para que, entre as lágrimas sentidas e aflitas, possa existir, mesmo que ainda tímido, um sorriso de confiança.

Porque a Vida continua. E é eterna, para o nosso verdadeiro Eu.

Música:

http://ohassan.dominiotemporario.com/midis natal/kenny_g_silent_night.mid

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Pretendo retornar com os posts em 08/01/2021, se Deus permitir. Até lá, amigos!

FELIZ NATAL! FELIZ ANO NOVO!