PESSOAS
E
cada pessoa é ela mesma. Um mundo à parte, com os seus próprios mares, rios e
desertos; com suas montanhas e seus vales, suas flores e seus espinhos. Com
suas certezas e suas dúvidas.
Cada
uma tem suas opiniões, suas ideias e seus pensamentos; sente de seu jeito e
reage de acordo com aquilo em que acredita. Porque cada pessoa tem o seu
próprio caminho a seguir.
Em
verdade, somos como as folhas de uma árvore; que têm a mesma essência, se
nutrem da mesma seiva e convivem no mesmo tronco. Parecem todas iguais, mas são
diferentes entre si.
Como as folhas, não ocupamos o mesmo galho; porque a árvore precisa da nossa
presença. Entretanto, tanto as que estão acima como as dos galhos mais baixos,
recebem seiva, chuva e sol.
É
assim que somos; e cada um de nós depende dos outros, embora ignore essa
realidade. Somos viajantes de um comboio, que rumam ao mesmo destino e a ele não
chegarão senão juntos.
Pessoas
têm em si a luz e a escuridão; são maravilhosas e assustadoras, confortam e fazem
sofrer. Cada pessoa, em si, é um pleonasmo e um paradoxo, uma afirmação e uma
negativa.
Pessoas
sofrem e se alegram, choram e sorriem; erram e se arrependem, no processo que
faz nascer o aprendizado. Têm preconceitos e os superam; iniciam as guerras e
celebram a paz.
Pessoas
são fracas, mas encontram forças para seguir os seus sonhos. Amam com paixão e esquecem
com rapidez os seus amores. São incrédulas, mas querem crer em anjos e fadas.
Com
nossas interrogações e exclamações, pontuamos a história das nossas vidas;
alternamos medo e coragem, egoísmo e generosidade. Julgamos os que nos cercam, e
não nos conhecemos.
Cultivamos
ilusões que encantam e negamos realidades que desagradam. Queremos ter o
controle das nossas vidas e estamos à mercê de tudo que nos cerca. Desejamos
ter, mais do que ser.
Vivemos
como se fôssemos eternos, esquecidos de que cada minuto pode ser o último desta
jornada. Angustiamo-nos por coisas de somenos, como se viver não fosse o mais
importante para nós.
Chegamos
sem ter nada e buscamos, por todo o tempo, coisas que não levaremos. Mas somos
fugazes e perenes: morremos e continuamos vivos, nas lembranças daqueles que
nos amam.
Em
nós, convivem o tudo e o nada; a esperança e a desilusão; o amor e o ódio Somos
os nossos próprios anjos e demônios; convivemos com os nossos abismos e
construímos as nossas pontes.
Em nossa pequenez e nossa grandeza.
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