O Árabe

Idéias, sentimentos, emoções. Oásis que nos ajudam a atravessar os trechos desérticos da vida...

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

PESSOAS



Pessoas são pessoas.

E cada pessoa é ela mesma. Um mundo à parte, com os seus próprios mares, rios e desertos; com suas montanhas e seus vales, suas flores e seus espinhos. Com suas certezas e suas dúvidas.

Cada uma tem suas opiniões, suas ideias e seus pensamentos; sente de seu jeito e reage de acordo com aquilo em que acredita. Porque cada pessoa tem o seu próprio caminho a seguir.

Em verdade, somos como as folhas de uma árvore; que têm a mesma essência, se nutrem da mesma seiva e convivem no mesmo tronco. Parecem todas iguais, mas são diferentes entre si.

Como as folhas, não ocupamos o mesmo galho; porque a árvore precisa da nossa presença. Entretanto, tanto as que estão acima como as dos galhos mais baixos, recebem seiva, chuva e sol.   

É assim que somos; e cada um de nós depende dos outros, embora ignore essa realidade. Somos viajantes de um comboio, que rumam ao mesmo destino e a ele não chegarão senão juntos.

Pessoas têm em si a luz e a escuridão; são maravilhosas e assustadoras, confortam e fazem sofrer. Cada pessoa, em si, é um pleonasmo e um paradoxo, uma afirmação e uma negativa.

Pessoas sofrem e se alegram, choram e sorriem; erram e se arrependem, no processo que faz nascer o aprendizado. Têm preconceitos e os superam; iniciam as guerras e celebram a paz.

Pessoas são fracas, mas encontram forças para seguir os seus sonhos. Amam com paixão e esquecem com rapidez os seus amores. São incrédulas, mas querem crer em anjos e fadas.  

Com nossas interrogações e exclamações, pontuamos a história das nossas vidas; alternamos medo e coragem, egoísmo e generosidade. Julgamos os que nos cercam, e não nos conhecemos.

Cultivamos ilusões que encantam e negamos realidades que desagradam. Queremos ter o controle das nossas vidas e estamos à mercê de tudo que nos cerca. Desejamos ter, mais do que ser.  

Vivemos como se fôssemos eternos, esquecidos de que cada minuto pode ser o último desta jornada. Angustiamo-nos por coisas de somenos, como se viver não fosse o mais importante para nós.

Chegamos sem ter nada e buscamos, por todo o tempo, coisas que não levaremos. Mas somos fugazes e perenes: morremos e continuamos vivos, nas lembranças daqueles que nos amam.

Em nós, convivem o tudo e o nada; a esperança e a desilusão; o amor e o ódio Somos os nossos próprios anjos e demônios; convivemos com os nossos abismos e construímos as nossas pontes.

Em nossa pequenez e nossa grandeza. 

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