O VERDADEIRO APRENDIZADO
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Idéias, sentimentos, emoções. Oásis que nos ajudam a atravessar os trechos desérticos da vida...
Cuidais, acaso, que exista uma medida do amor?
Se
existir, ela não estará nos sacrifícios que façais pelas pessoas que dizeis
amar. Nem, tampouco, naqueles que elas se disponham a fazer por vós. Porque o
amor não exige sacrifícios.
O amor
não é um deus pagão; nem sequer um deus. É, apenas, um sentimento que abrigais
em vossa alma e vos leva para mais perto de Deus. Não como O imaginais, mas sim
como É.
Como o
Coração do Universo, o amor não exige; apenas entrega. E, como Ele, não cobra
recompensas; a recompensa do amor é simplesmente existir. E isto podeis sentir
em vossas almas.
Porque o
Coração do Universo é assim: apenas existe. E não depende das vossas dúvidas,
ou dos vossos medos. Não atende pelos nomes que criastes para Ele, mas pelo Seu
nome.
E não me
pergunteis qual seria esse nome. Pois, como todos vós, eu também não o sei. Nem
precisamos de um nome, pois não O devemos chamar em cultos, mas sim nas nossas
almas.
Porque o
Coração do Universo é a nossa maior realidade. E o amor é a Sua essência.
Porque, de cada vez que aceitais o amor, estais aceitando o Tudo. E, ao
negá-lo, escolheis o nada.
Ele está
em nós; esta é a verdade. E O encontramos, de cada vez que abrigamos um
sentimento de amor ou de comunhão; de cada vez que nos invadem a ternura, a piedade ou o desejo.
Sim: o
Coração do Universo existe em nossa essência. Em cada um de nós, brilha a chama
de Sua essência; e, embora, Ele nos permita tomar as nossas decisões,
responderemos por elas.
Não
temamos, entretanto. Pois Ele é como um pai, misericordioso e justo. E a Sua
bondade nos permite seguir pela Eternidade, aprendendo sempre mais. Através
do amor, O encontramos.
Abandonemos,
portanto, os nossos conceitos de pecado. Busquemos, antes, o amor. Porque é
através dele, que a voz do Universo ecoará em nosso verdadeiro Eu e finalmente
se fará ouvir.
Encontrai
o amor e encontrareis Deus. Esta é a verdade, cristalina e clara, como sempre.
Seja nos olhos e no sorriso de vossos filhos, ou nos braços e no corpo de
alguém, Deus ali estará.
Seja na
ternura ou na paixão, o Coração do Universo sempre estará no amor. Assim como
está no esplendor do dia, ou no escuro da noite; no calor do sol ou no frio da
chuva que cai.
Porque o
Coração do Universo está em nós, todo o tempo. E a Sua mão nos sustenta e faz
seguir, através dos tropeços e das dificuldades; somos eternos, por sermos
parte Dele.
Não
podemos estar presos ao passado.
Assim eu
vos tenho dito. Porque cada novo dia é uma janela que se abre para uma nova
caminhada; e, quer lá fora chova ou faça sol, a Vida está sempre à nossa
espera.
O sol
poderá ser encoberto por nuvens; ou se irá, com a chegada da noite. E a chuva,
decerto, haverá de passar; mas nada disto importa, porque tudo na Terra é
temporário.
Importante é que temos mais uma chance de viver. De realizar os nossos sonhos, de
perseguir os nossos ideais; ainda que não os alcancemos, a esperança nos dá forças.
Sim; cada
novo dia é como um novo botão de rosa que se abre, em nossa vida. E, como a
rosa, fenecerá com o tempo; e se juntará às outras que cobrem o chão, ao redor.
Mas,
enquanto existir, espalhará perfume e beleza; e, mesmo quando cair, ajudará a fazer brotar outros botões, tornando mais bela a roseira. Assim, não terá sido em
vão.
Devemos
aproveitar cada um de nossos dias. Alimentar a nossa alma com sorrisos, para
que se torne mais forte e possa seguir em frente, quando vierem as lágrimas.
E, para
isto, não podemos estar presos ao passado. Porque aquele que insiste em olhar para
trás não consegue ver o novo caminho, que se estende e oferece à sua frente.
Devemos
olhar sempre para diante. Ainda que, às vezes, relanceemos os olhos para o
passado; porque precisamos, também, aprender com nossos erros e acertos.
O ontem
faz parte de nós. Ninguém pode viver sem lembranças; sem revisitar os
bons e maus momentos que viveu. Mas é no hoje que vivemos e fazemos o amanhã.
Acreditemos
no hoje. Não somos definidos pelo que já passou, mas pelo que fazemos em cada
dia; e precisamos mudar as sementes, se desejamos mudar a colheita.
Acreditemos
no hoje. É a nossa oportunidade de construir um futuro melhor; de olhar
pela janela e ver o mundo que nos espera lá fora. De sair e lutar para sermos
melhores.
Não
podemos estar presos ao passado. Aquele que olha para trás, não vê o caminho
pela frente e tropeçará muitas vezes; tropeços que o magoarão e poderia evitar.
Devemos ter presente esta verdade: cada dia que surge é uma nova oportunidade. Uma
nova janela; uma nova porta, que nos pode levar para novos caminhos na vida.
Aproveitemos essa porta.
Música:
http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/1_andre_rieu_que_sera_sera.mid
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Porque há muito tempo caminho sobre a Terra; muitas idades tenho atravessado. E
a verdade é que vemos as coisas de formas diferentes, em cada uma das etapas da
vida.
Com isso,
muito aprendi sobre o amor. Aprendi que não lhe podemos impor a nossa vontade, nem
podemos aceitar todas as suas vontades. Dependemos dele e ele de nós.
Já o vi
como paixão e como desejo; como fonte de um prazer pleno e infinito; como sonho
platônico e terno. Como necessário e como supérfluo; como prioritário e
acessório.
Na
infância, o alvorecer da vida, vemos o amor como um direito nosso. Achamos
natural senti-lo e acreditamos que somos amados. O amor simplesmente existe; e
faz parte de nós.
À medida
que crescemos, não é o amor que se afasta de nós; com os medos e as frustrações
que vamos adquirindo, começamos a desconfiar e a cobrar retribuição do
amor.
E o amor
tudo aceita; menos a obrigação de retribuir. Porque ele nasce em nossa alma,
que é livre; por isso, reclama a liberdade para continuar existindo. Amar é
doar, não receber.
Talvez
por isso, não o consigamos manter junto a nós. O amor é como o pássaro, que
livre nos alegra com o seu canto; definha e emudece, quando preso na gaiola dos deveres.
O amor
precisa estar solto, para que possa carregar-nos em suas asas douradas. Para
correr com o vento, trazendo o perfume das flores e cantando a doce canção da
Vida.
O amor
precisa ter o seu espaço, para que possa respirar e crescer; precisa ter as
suas incertezas, para que possa manter o seu mistério. Precisa ter as suas
fases, como a lua.
O amor tem
as suas ondas, como o oceano. E, assim como elas, pode ser suave marola ou
impetuoso tsunami. Ele tem a sua correnteza, como o rio; não é plácido como o lago.
Enfim, o
amor tem diversas facetas. Não é como a lupa, que apenas aumenta o objeto em
seu foco. É, antes, como o prisma, onde a luz se reflete e decompõe em
múltiplas cores.
O amor
demanda paciência e aceitação; pequenas renúncias, que por vezes se tornam grandes.
Aquele que ama necessita, muitas vezes,
colocar o ser amado antes de si mesmo.
E, porque
em todo caso de amor há alguém que ama mais, a esse caberá a maior quota de
lágrimas. Mas, em contrapartida, a ele pertencerão também os mais doces
sorrisos.
Assim é o amor. Em todas as suas formas.
Música:
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MÃE: EXPRESSÃO MAIOR DO AMOR!
Deveis
definir as vossas prioridades.
Só assim,
podereis seguir em frente; são elas que determinam os vossos rumos e os
caminhos por onde andareis. Ninguém pode iniciar ou prosseguir a viagem, sem
saber aonde deseja chegar.
E, embora
todo homem tenha como objetivo ser feliz, em verdade julgais que a
felicidade resida na satisfação de vossas vontades. E cada um de vós tem uma
vontade diferente dos outros.
Tudo em
vossa vida, eu vos diria, depende da vossa escala de valores. Colocais no topo o
que mais desejais; e costumais ser cegos para as outras coisas, enquanto buscais
o vosso objetivo.
Assim, os
ambiciosos buscam o poder e as vitórias; os avarentos buscam as riquezas. Os
românticos procuram o amor, e os religiosos pretendem conhecer e entender o
Coração do Universo.
Sim: cada
um tem o seu próprio objetivo; e muitos se aferram tanto a ele, que andam como
se antolhos usassem. Seguem a cenoura, que balança à sua frente, sem um olhar sequer
para os lados.
Preciso
lembrar-vos, entretanto, que a Felicidade não é deste mundo; pertence aos
Jardins do Amanhã. Ela é como a pepita gigante, que habita os sonhos do
garimpeiro e o seduz com seu brilho.
Venturosos
são aqueles que a encontram por momentos, nos caminhos que percorrem. Como um
raio de sol na escuridão, um único instante de felicidade compensa muitas horas
de tristeza.
Isto é
tudo que a Felicidade vos dará, enquanto caminhardes sobre a Terra: lampejos de
sua presença, nos poucos momentos em que vos acolhe nos seus braços. Mas de
nada mais precisais.
Para encontrá-la,
necessitais estar atentos. Porque a felicidade não está na satisfação de vossos
desejos, mas na plenitude de vossa alma. Deveis tirar os antolhos, para vê-la
ao vosso lado.
Pois não
é à vossa frente, que a encontrareis; e ela não vos acompanhará pelo resto do
caminho. Apenas vos acolherá em seus braços, por um instante fugaz e eterno; é
quando sereis felizes.
Aceitai
esta verdade: a Felicidade não vos pertence; apenas vos visita. E sabei que, de
futuro, outras vezes a encontrareis; voltareis a desfrutar do seu abraço e
sentir o seu calor em vossa alma.
Necessitais
definir as vossas prioridades. Elas serão as balizas, demarcando a rota que
devereis seguir, para completar a vossa jornada; e vos apontarão o norte,
indicando o rumo desejado.
Recusai-vos,
porém, a que antolhos vos tirem a visão. Não dependeis de alcançar objetivos,
para serdes felizes. Mantende os vossos olhos abertos, para enxergar os
encantos da jornada.
E a
Felicidade passeará em vosso caminho.
Música:
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Há
pessoas que trazem em si a solidão.
E estão
sós, mesmo em meio a multidões. Estão sós entre os seus familiares, os seus
seres amados e os seus amigos; estão sós, nos seus templos e nas suas próprias
casas.
Não
importa onde estejam, ou o que façam, estão sós. Porque a solidão, como todos
os nossos sentimentos, não depende do que nos cerca, mas sim do que existe em
nossa alma.
Aqueles
que se sentem sós não têm a habilidade de construir pontes, para atravessar os
abismos criados por sua imaginação, que os separam de outras pessoas. E estão
sós.
Apenas às
vezes, encontram a coragem para romper as suas cascas e desfrutar de um
verdadeiro encontro. É quando são felizes, por momentos fugazes, até que a
solidão retorne.
Pois não
conseguem, por muito tempo, entrelaçar em outras mãos as suas mãos e em outras
almas as suas almas. E voltam a fechar-se em si mesmos, à primeira coisa que os
magoe.
Esta é a
sua forma de viver. Por medo de cair, evitam voar; para não se arriscarem a
perder a companhia, preferem viver sós. Deste jeito vão seguindo em frente, na sua solidão.
E talvez seja este o seu pior castigo: caminhar sempre sós, tendo apenas vislumbres da
plenitude da companhia. Andar por muito tempo na penumbra, mesmo sabendo que existe a
luz.
Porque
viver é arriscar-se. É cair, tentando caminhar; é sentir-se feliz, enquanto dura
o sonho, e chorar quando ele se acaba. Viver é caminhar, sem saber o que virá
na próxima esquina.
E jamais
poderemos ser felizes, sem arriscar-nos também a sofrer. Porque eu vos digo que o
sofrimento e a felicidade chegam até nós através da mesma porta, que é o nosso
coração.
Para
colher a rosa, o jardineiro necessita arriscar-se com os espinhos; para
desfrutar do doce do mel, precisamos arriscar-nos com as abelhas. Esta é a lição
que nos ensina a Vida.
Não lamentemos, nas horas em que nos doer a solidão; recordemos os momentos
felizes que vivemos, quando não a sentíamos em nossa alma. E acreditemos que a felicidade um dia voltará.
Cada um de nós é do jeito que é; assim eu vos tenho dito. E aqueles que trazem
consigo a solidão necessitam aprender a viver com ela, a menos que descubram o seu
remédio: a entrega.
Porque quando nos entregamos, afastamos de nós a solidão. Necessitamos esquecer-nos de nós, para não nos sentirmos sós; para chegarmos a viver o maior sonho,
que é o Amor.
Ele pode afastar a solidão.
Música:
http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/JaimeVillalba-Nocturne.mid
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POR COMPLICAÇÕES DE UMA CIRURGIA OCULAR, NÃO PUDE RESPONDER AOS COMENTÁRIOS DESTA SEMANA. PUBLICO HOJE UM TEXTO ANTIGO E INÉDITO. ESPERO PODER VOLTAR À NORMALIDADE EM BREVE. MEU ABRAÇO.
A vida é como uma estrada.
E ao percorrê-la, como em qualquer
caminho, encontramos pedras e flores; rios caudalosos, que nos parecem
intransponíveis, e regatos amigos, em cujas margens podemos descansar.
Porque conhecemos e perdemos amores; temos
momentos de felicidade e outros tantos de tristeza. Experimentamos vitórias e
derrotas, entusiasmo e apreensão, paz e desassossego.
Assim é, para cada um de nós; eu vos
tenho dito. E, com a marcha incessante do tempo, não são poucas as vezes em que
o que hoje nos faz sorrir poderá vir a nos fazer chorar no amanhã.
Vitórias que se transformam em
derrotas; amores que se tornam saudades. Ocasiões em que aquilo que julgávamos
ter escorre, como areia, por entre os nossos dedos e se perde de nós.
É preciso que assim seja, para podermos
aprender a maior lição: nada é para sempre, neste mundo em que nós mesmos não
somos para sempre. Tudo se vai, um dia; todos os castelos caem.
Entretanto, ao nascer recebemos todas
as ferramentas de que necessitamos, para concluir a jornada e avançar no
aprendizado. Embora o tempo não volte, podemos navegar nas suas águas.
Através das lembranças, revivemos os
nossos momentos. Porque a memória é como uma mochila, que transporta o nosso verdadeiro Eu.
E podemos escolher o que nela colocaremos.
Não podemos escolher o que
encontraremos na estrada da vida. Mas nos cabe a escolha do que levaremos
conosco, ao seguir adiante. Podemos escolher entre carregar pedras ou flores.
Sempre teremos ganhos e perdas;
encontros e despedidas. E, depois de cada um, deveremos optar entre a
frustração, que nos acorrenta ao passado, e a gratidão, que nos leva em
frente.
Esta escolha é sempre nossa. E,
acredito, nem preciso dizer-vos que as pedras magoam, fazem doer e atrasam a
nossa marcha, enquanto as flores são leves e perfumam o ar à nossa volta.
Sejamos sensatos, portanto, ao escolher
o que levaremos de cada trecho do caminho. Muitas vezes, teremos que fazer essa
escolha; e será difícil seguir, se a mochila estiver cheia de pedras.
Por isto, vos digo: optemos sempre
pelas flores. Mais leves e mais rápidos serão os nossos passos, se para trás
deixarmos as mágoas e carregarmos apenas as nossas mais doces lembranças.
Porque a vida é feita de momentos. E,
se não nos cabe saber o futuro, devemos aprender com o passado a viver o agora.
Porque é nele que estamos construindo o que encontraremos no depois.
Escolhamos, portanto as flores. E não
as misturemos com as pedras, que as esmagariam sem piedade; abandonemos as pedras
pelo caminho, para que possamos conservar as flores.
Porque são elas que enfeitam e perfumam as nossas vidas.