O Árabe

Idéias, sentimentos, emoções. Oásis que nos ajudam a atravessar os trechos desérticos da vida...

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

AS OPÇÕES E O TEMPO

 


O tempo é uma questão de opção.

Como tudo que existe, em vossas jornadas sobre a Terra. Escolheis os vossos caminhos, os vossos amigos e os vossos amores. Escolheis como vivereis com vossos pais e vossos filhos.

A cada momento, escolheis o que fareis no momento seguinte. E cada escolha vos conduzirá a uma nova, que por sua vez vos levará a uma terceira. Viver bem depende de escolher bem.

É por isto, que vos digo: pensai sempre, antes de cada escolha. As escolhas que fizestes vos trouxeram até aqui; e das que fareis dependerá aonde chegareis, daqui por diante. Assim é.

Porque, eu vos tenho dito, o que determina o vosso rumo não são os acontecimentos da vida; é a forma como reagis a eles. A vossa reação, em verdade, é que virá fazer toda a diferença.

E, com o tempo, não poderia ser diferente. Cada um dos vossos dias tem 24 horas; é apenas a vós, que cabe escolher como as dividireis e o que fareis durante cada uma dessas horas.

É por isto que não posso deixar de sorrir, quando vos ouço dizer “Não tenho tempo”. Porque tendes todo o tempo; e é a cada um de vós que compete decidir o que fará do seu tempo.

Contudo, antes de decidir o que fazer do vosso tempo, seria sensato, talvez, lembrar-vos que um dia, que não sabeis quando, acabará o vosso tempo. E aí, sim, não mais tereis tempo.

Tende presente esta verdade, simples e inegável; e cuidareis de administrar melhor o tempo. Se é certo que aqui viemos para viver, é à vida que devemos dedicar mais do nosso tempo.

Lembrai-vos, portanto, de amar a vida. E de a ela, acima de tudo, consagrar o vosso tempo. De procurar as coisas que vos fazem felizes; de cultivar amor e paz em vosso Verdadeiro Eu.

Certo é que tendes as vossas tarefas, enquanto caminhais por este mundo. Recordai, todavia, que viver é a vossa ocupação principal; e nada deveis priorizar mais do que o vosso bem-estar.

Reservai tempo, para estar com aqueles a quem amais; para as atividades que vos agradam; e, acima de tudo, para vos encontrardes convosco. Porque está perdido quem se perde de si mesmo.    

Assim, tudo se torna mais fácil. Porque a gratidão por cada dia é o sentimento maior, e a amargura não encontra guarida na alma agradecida; quem se ocupa em viver, não se perde em sofrer.

Encontrai-vos; e encontrareis tempo para tudo. Abandonai a servidão ao tempo e ele passará a servir-vos. Pois, se descobrirdes quem realmente sois, encontrareis os vossos caminhos.

E o tempo jamais vos faltará.

Música:

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sexta-feira, 18 de novembro de 2022

A PRÁTICA DO DESAPEGO


Praticai o desapego.

Assim eu vos tenho dito. Porque, se algo existir depois do porto que agora vos parece o final, precisareis estar livres para seguir novos caminhos; sem mágoas, ressentimentos ou frustrações.

E o apego às coisas do passado, ou a revolta pelo que julgais haver perdido, seriam como grilhões em vossos pés. E vos manteriam a olhar para trás, impedindo-vos de ver o futuro.

De tempos em tempos, portanto, devo falar-vos sobre o desapego. Porque, ainda que nada exista após a Grande Viagem, melhor é que a realizeis de alma leve, livre de preocupações e em paz.

E não o poderíeis fazer, se aos ombros levásseis a mochila carregada de cuidados. Como ingressar em outro mundo, sob a carga opressiva daquele mundo que deixastes para trás?

Não. Qualquer que seja o vosso rumo após encerrada esta jornada, melhor é que estejais livres, soltos para voar. Até porque de nada serve ao viajante aquilo que não lhe é possível carregar.

Praticai, pois, o desapego; e não espereis que a velhice vos encontre, para isto. Porque quanto mais cedo o adotardes, mais natural ele se tornará para vós; e menos dependereis deste mundo.

Não me entendais mal, todavia. Quando vos falo em desapego, não quero dizer que a nada ou ninguém vos deveis afeiçoar; necessitais, sim, ter os vossos afetos e manter os vossos sonhos.

Sem eles, não teríeis motivações para prosseguir na jornada. Não viveis por vossos trabalhos, nem por vossas necessidades; o que vos faz seguir em frente são os amores e as esperanças.

Entregai-vos a eles, vivei-os intensamente. Lembrai-vos, entretanto, de que nada ou ninguém vos pertence; as pessoas são vossas companheiras de viagem e os bens são coisas que vos servem.

A tudo e todos, aqui deixareis. E este, longe de um pensamento triste, deve ser um motivo de gratidão; porque assim sereis gratos, em todo instante, às pessoas e coisas que vos fazem companhia.

Recordai que usufruir não significa possuir. O canto do pássaro que voa, livre, entre as árvores, vos deixa felizes; talvez assim não acontecesse, se o mantivésseis preso em uma gaiola.

E, embora não vos pertença o mar, podeis refrescar-vos nas suas águas; ou viajar sobre elas. E o céu, que tão longe se encontra de vós, traz paz à vossa alma, com o seu azul e as suas nuvens.

É este, o desapego de que vos falo. Não é deixar de amar; é, sim, amar profundamente, enquanto podeis. Mas ter presente que, a qualquer dia, tudo e todos vos podem ser tirados.     

Praticai o desapego. E sereis gratos por tudo que tendes.

Música:

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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

O DESEJO DE CONTROLE

 



Abandonai o vosso desejo de controle.

Pois a lugar algum ele vos levará, senão à frustração. Não é possível que sejais incapazes de perceber que são poucas as coisas sobre as quais podeis ter algum controle, ainda que mínimo.

Porque não controlais o sol, nem a chuva; nem o vento, nem as marés e nem os acontecimentos da vossa vida. Nem mesmo podeis controlar ou, sequer, saber o dia em que vos ireis da Terra.

E digo mais: na maior parte do tempo, não sois capazes de controlar os vossos sentimentos e as vossas reações. Não controlais as vossas vontades, nem as vossas ambições e esperanças.

Se não podeis controlar a vós mesmos, como esperais controlar as pessoas e as coisas que vos cercam? Insensato é aquele que assim julga poder fazer; todavia, todos vós o desejais.

Mesmo sem sentir, a maioria de vós busca controlar os que os cercam. Influir nas suas escolhas, no seu comportamento e até nas suas atitudes. Busca controlar os amores, parentes e amigos.

Vede: tentais, desde o início, controlar os vossos filhos. Decidir por eles, fazê-los seguir a vida que escolherdes. Julgais fazê-lo por amor; para torná-los felizes, evitando-lhes sofrimentos.

Deixai que eu vos pergunte, entretanto: esqueceis, acaso, que os vossos filhos são outras pessoas, não o prolongamento de vós? E, se assim é, como sabereis o que realmente os faz felizes?

Esquecestes, acaso, que os vossos erros e os vossos acertos, as vossas dores e as vossas alegrias vos tornaram as pessoas que sois? Que vos ensinaram tudo aquilo que hoje sabeis?

E como poderíeis negar a vossos filhos o direito de também aprenderem? Se a Vida é a jornada do aprendizado, de que adiantaria mantê-los sob vossas asas, negando-lhes o Conhecimento?

Recordai, sempre: o pássaro que não deixa o ninho, não aprende a voar. E, além de não conhecer o mundo que o cerca, torna-se presa fácil dos predadores que rastejam por entre os galhos.

E é graças ao calor da forja e à dureza da bigorna, que o ferro se transforma em aço. Se aqueles que amais encontrarem unicamente rosas, jamais aprenderão como proteger-se dos espinhos.

Renunciai ao vosso desejo de controle; abraçai, antes, a certeza de que a Vida trará, para cada um de vós, aquilo que trouxer. Acautelai-vos contra os riscos, mas não espereis poder evitá-los.

Porque sensato é o homem que se abriga sob uma árvore, quando o fustiga a tempestade. Tresloucado, entretanto, seria aquele que imaginasse poder impedir que um raio a venha atingir.

Abandonai o desejo de controle. Concentrai-vos em viver.

Música:

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sexta-feira, 4 de novembro de 2022

CULTIVAI A GENTILEZA

 


Cultivai a gentileza.

Sim; sei que isto já vos disse. Porém, mais do que nunca, esse cultivo se faz necessário. Porque nada colhereis, além do que semeardes; e a violência se multiplica à volta daqueles que a praticam.

E, apesar de vossos louvores à paz, vejo que perseverais na prática da violência, contra aqueles que divergem dos vossos pensamentos, toda vez que são contrariadas as vossas vontades e ideias.

Julgais, acaso, que se plantardes espinhos podereis colher rosas? Ou que, se pedras semeardes nos caminhos dos vossos irmãos, eles retribuirão colocando pétalas macias nos vossos caminhos?

Só o mais insensato dos homens assim pensaria! E, entretanto, pareceis acreditar que isto possa acontecer; que todos se amedrontarão, aos vossos gritos, e em silêncio vos irão obedecer.

Despertai, eu vos peço! Porque o homem que não respeita as vontades alheias, não merece ter respeitadas as suas vontades; e aquele que esbraveja contra os outros, terá de volta os seus insultos.

Assim acontece, desde o início dos tempos. Este é o mundo do aprendizado; e aquele que não ouve a voz suave do Pai, decerto conhecerá os gritos e as amarguras com que a vida nos ensina.

Despertai: ainda é tempo. Se entrardes de um em um nas águas bravias do rio, certamente vos afogareis; mas, se fordes capazes de dar as mãos, construireis a ponte para atravessar em segurança.

Eu vos tenho dito: não são os imprevistos da vida, que decidem o vosso futuro; mas as maneiras como a eles reagis. Quando morre a plantação, podeis desesperar; ou plantar novas sementes.

Tende presente, sempre, que estais todos juntos, nesta jornada. Se cada um acender a sua lâmpada, iluminado ficará o caminho; mas, se por egoísmo a esconderdes, a escuridão virá sobre vós.

Cultivai a gentileza. Porque ao Pai não pode agradar que os filhos se maltratem entre si; todos lhe são igualmente queridos e aquele que trouxer lágrimas aos olhos de seu irmão, decerto virá a chorar.

Lembrai-vos desta verdade, da próxima vez que vos enfurecerdes ao ver contrariada a vossa vontade: apesar de ensurdecedor, o trovão não dura; mas a chuva viverá, nas plantas que faz nascer.

Cultivai a gentileza; e não vos voltareis uns contra os outros, dificultando reciprocamente as vossas vidas. Mas andareis de mãos dadas, um apoiando ao outro; e vencereis os perigos do caminho.

Cultivai a gentileza. Porque aqueles que trouxeram a guerra sobre o mundo, há tempos já jazem sob a terra; mas aqueles que vieram trazer o amor, ainda hoje permanecem vivos, em nossos corações.

Cultivai a gentileza. E tereis um mundo melhor.

Música:

http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/1_ernesto_cortazar_la_vida_es_bella.mid

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