O Árabe

Idéias, sentimentos, emoções. Oásis que nos ajudam a atravessar os trechos desérticos da vida...

sexta-feira, 28 de junho de 2019

CADA CASO DE AMOR


Todo caso de amor é igual a todos os outros.

E, entretanto, cada um é único em si próprio. Assim como cada rosa é diferente de todas as outras que possam existir no mesmo jardim. Porque cada uma tem as suas características, um jeito próprio de ser.

Todas as rosas têm pétalas, perfume e espinhos. Mas cada rosa tem as suas próprias pétalas, o seu próprio perfume e os seus próprios espinhos; cada uma tem um jeito de ser botão e desabrochar.

Cada rosa sente de uma forma própria o calor do sol, quando a manhã começa a nascer; e o frio da noite que se aproxima, quando o céu escurece e o crepúsculo lança sombras sobre o mundo.

Enfim, cada rosa é um mundo em si mesmo. E, como não são iguais os mundos que gravitam ao redor do sol, nem os dedos que formam a mesma mão, também as rosas são diferentes entre si.

E assim também acontece aos amores. Porque cada amor é diferente, embora todos os amores brotem do coração, provoquem alegrias e tristezas, sorrisos e prantos, alimentem muitos sonhos e segredos.

Cada amor tem um jeito diferente e próprio de ser. Cada um surge em um momento; cada um tem as suas próprias alegrias e tristezas, os seus sorrisos e prantos, os seus próprios sonhos e segredos.

Cada amor tem as suas próprias músicas, os seus próprios cheiros, as suas próprias lembranças. Cada um tem os seus instantes mágicos, as suas próprias sensações, suas ilusões e decepções.

Cada amor é uma página diferente, que se escreve à medida que se vive. É feito de segundos, que fogem ao tempo; é uma obra de arte, pintada com as suas próprias tintas e os seus próprios pincéis.

Cada amor é como uma escultura, talhada em nossos corações e não na pedra dura. E, ainda que o artista seja o mesmo, cada escultura é diferente; porque provoca outras emoções e reações.

Cada amor tem os seus próprios gritos e sussurros; as suas próprias esperanças e os seus próprios desenganos. Tem as próprias carícias e os momentos em que as mãos se recolhem, inertes.

Cada amor tem as suas próprias flores e os seus próprios espinhos; as suas ocasiões de esplendor e os seus próprios esqueletos, trancados em armários que ninguém gosta de abrir para recordar.

Não somos perfeitos; e, se assim é, também os nossos amores não podem ser perfeitos. Como bem disse o poeta, não são imortais, porque são chamas; mas basta que sejam infinitos, enquanto durem. 

Todo caso de amor é igual a todos os outros; porém, todos são diferentes. São as nossas mais lindas flores e os nossos mais agudos espinhos. Porque, assim como nós, nossos amores não são perfeitos.

Mas nos conduzem, por instantes, aos Jardins da Felicidade.

Música:
http://ohassan.dominiotemporario.com/junho2019/1_roger_willians_all_i_ask_of_you (1).mid

Não deixem de ver (e ouvir!): https://youtu.be/DsAoBssxlOI

sexta-feira, 21 de junho de 2019

O CÉU E A TERRA


O nosso corpo precisa caminhar sobre a terra.
Mas a nossa alma pode passear no céu, entre as estrelas. Porque é parte da essência do Universo e nada a pode aprisionar; nem impor limites às suas viagens e ao seu crescimento.
E – deixai que eu vos diga – é exatamente do equilíbrio entre a alma e o corpo, que depende o sucesso de cada uma das nossas jornadas. Porque o objetivo é sempre o aprendizado.
Necessitamos alimentar o corpo que temos e prover às suas necessidades, para que possamos seguir a caminhada. Precisamos dele, a cada dia, para adquirir novos conhecimentos.
Não é sensato o homem que descuida do seu corpo; porque as doenças e o mal-estar trazem consigo dores e sofrimentos. Sábio é aquele que cuida bem das ferramentas que utiliza.
E, enquanto estamos neste planeta, o corpo é a ferramenta que usamos, para aprender. É através do frio, que aprendemos a buscar o calor; é por causa da fome, que procuramos o alimento.
Atentemos, portanto, às coisas da terra. Porque é ela que nos dá as colheitas que nos alimentam; as roupas, o abrigo e água de que o nosso corpo precisa, para sobreviver neste mundo.
Atentemos ao nosso trabalho, que nos permite a segurança de nossas casas, o alimento do pão de cada dia e o direito de viver entre os nossos irmãos, cumpridos os deveres com a comunidade.
Atentemos, sim, aos ditames do mundo. Porque, assim como o peixe precisa obedecer ao que lhe determina o mar e a ave está sujeita aos caprichos do ar, precisamos viver sobre a terra.
Não nos descuidemos, porém, de escutar o nosso verdadeiro Eu. De viajar entre as estrelas; de acreditar em nossos sonhos, de acalentar os nossos sentimentos e as nossas esperanças.
Não nos descuidemos de alimentar a nossa alma. Como o corpo precisa de comida e água, a alma necessita de ideais, crenças e emoções. É através dela, que o céu está ao nosso alcance.
Não nos descuidemos de nós mesmos. Do que semeamos, dependerá a nossa colheita; se nos prendemos à matéria, olvidamos o espírito; se acreditamos apenas no hoje, perdemos a Eternidade.
Podemos caminhar sobre a terra e passear pelo céu. Porque esta é a dualidade que existe em nós e nos faz únicos, neste planeta; graças à centelha do Universo que vive em nosso verdadeiro Eu. 
Nada precisamos, senão entender que não somos apenas escravos do tempo, mas também senhores da Eternidade. E, em cada um dos nossos dias, aceitar a divisão que existe em nós.
Porque somos caminhantes da terra e viajantes do céu.


Música:
http://ohassan.dominiotemporario.com/junho2019/emiliepandolfi_osolemio.mid

sexta-feira, 14 de junho de 2019

OS VOSSOS AMORES


Guardai boas recordações dos vossos amores.

Porque, mesmo que assim não desejeis, os amores que sentis deixam marcas em vossas almas; como o perfume de uma flor permanece no ar, mesmo depois da sua queda sobre o solo.

E, se um dia os olhos de alguém foram os diamantes que cintilavam em vossos caminhos, não vos cabe o direito de transformá-los em negros carvões, se por acaso o encanto se esvai.

Não deveis acalentar a frustração, por um amor que não perdurou. Lembrai-vos, antes, dos sonhos que dividistes, das carícias que trocastes; de tudo que juntos vivestes, em vosso tempo. 

Porque, decerto, existiram bons momentos entre vós. E, eu vos tenho dito, não é sábio o homem que escolhe carregar o fardo das lembranças pesadas, que dificultam os seus passos.

Além disto, a mágoa constitui o mais nefasto dos grilhões, a acorrentar-vos pela vida àqueles por quem a sentis; soltai-vos desses grilhões e estareis livres, para seguir em frente.

Guardai os instantes de carinho; de paixão e de entendimento. Pois é assim que o vosso coração poderá conservar a confiança no amor; e a esperança de, um dia, voltar a encontrá-lo.

Em verdade, são os sonhos que deveis guardar; não as decepções. Porque, enquanto os sonhos existem, sois capazes de caminhar à volta do mundo, para que se tornem realidades.

E o amor é o maior dos vossos sonhos. Se, algum dia, nele deixardes de crer, vereis que todos os vossos outros sonhos se esfumam; como a bruma da noite, quando encontra a manhã.

Conservai boas lembranças dos vossos amores. Não culpeis a vós, nem a ninguém, quando alguém se for de vós. Entendei que, simplesmente, não estáveis prontos para amar.

Conservai boas lembranças de vossos amores. Porque o Amor vos envolve em suas asas e vos proporciona os mais doces voos; não é certo que, ao findar, vos deixe mágoa e frustração.

E o amor, ao nascer, acaricia os vossos rostos e os vossos corações suavemente, como a pétala de uma rosa; por que, ainda que ele um dia feneça, escolheríeis guardar apenas os espinhos?

Sede gratos, aos vossos amores. Porque vos trouxeram as mais lindas ilusões e os melhores momentos; e porque muito vos ensinaram sobre a vida, mesmo nas mais sofridas desilusões.

Porque não podeis perder a fé no amor. É ele que vos toma pela mão e vos acompanha, ao longo da estrada; embora possam variar os rostos e os trajes que usa, de cada vez que está convosco.

Guardai o melhor de vossos amores.

E guardareis o melhor de vós mesmos. 


Música:
http://ohassan.dominiotemporario.com/junho2019/1_barbara_streisand_the_way_we_were.mid   

sexta-feira, 7 de junho de 2019

MENSAGEM DE GRATIDÃO



Eu vos agradeço, de todo o meu coração.
Não só porque acolheis com amizade as minhas palavras; mas, principalmente, porque as recebeis com os vossos corações e as vossas mentes. E me fazeis saber o que pensais a respeito delas.
Em verdade, para que a caravana siga adiante, é necessário que os peregrinos compartilhem o que possuem. E o que temos de mais valioso são os ensinamentos que a vida nos trouxe.
Eu agradeço o vosso carinho e a vossa amizade. E faço questão de dizer-vos que são eles que me fazem seguir em frente. De que valem as palavras que um homem diz, se ninguém as escuta?
Sois a razão primeira de existir o nosso oásis; assim eu vos tenho dito. Sois vós que o tendes mantido, ao longo destes 12 anos em que aqui nos reunimos, para aprendermos todos juntos.
Porque, não vos enganeis, eu não sou o mestre que ensina; mas o aprendiz que medita, também, no que dizem as suas próprias palavras. Muito tenho aprendido convosco, enquanto conversamos.
Não caminha sobre a terra, um homem que já saiba tudo que necessita. E não é sensato aquele que não está disposto a aprender mais um pouco, consigo mesmo e com o que sabem os seus irmãos.
Sim; não é digno de ensinar, o homem que não reconhece a sua necessidade de aprender. Porque o aprendizado é uma via de mão dupla; precisamos abastecer-nos, para que possamos distribuir.     
Observai os verdadeiros sábios; e vereis que jamais deixam de procurar por novos conhecimentos. Porque sabem que a jornada se estende pela Eternidade e o seu grande objetivo é o aprendizado.
Deixai, portanto, que eu vos agradeça mais uma vez. Porque sois vós a guiar os meus passos, pelo caminho do aprendizado. São as perguntas das vossas almas, que ouço em minha própria alma.
Porque as vossas dúvidas são, também, as minhas dúvidas. E quando juntos procuramos as respostas, abandonamos as certezas que julgávamos ter; e, ao abandoná-las, encontramos novas verdades.
Eu vos agradeço, porque o vosso interesse fortalece o meu interesse; a vossa curiosidade desperta a minha curiosidade e as palavras que me dizeis me trazem novos pensamentos e novas ideias.
Eu vos agradeço, pelo que sois e pelo que me permitis ser. Agradeço por que me deixais abrir-vos o meu coração e a minha mente; porque repartimos as nossas ideias, certezas e dúvidas.
Por assim ser, eu vos agradeço pelos laços que estabelecemos, ao longo deste tempo. Hoje, ainda que não nos conheçamos pessoalmente, somos amigos e companheiros, através da distância.
Porque o que nos une está em nosso verdadeiro Eu.


Música:
http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/pianos_magicos_memory.mid

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