A SINFONIA DA VIDA
Não dominamos o mar;
aprendemos a respeitar as suas leis, para que possamos desfrutar das suas
ondas.
Entretanto, costumamos pensar
que podemos controlar a nossa vida; e este é o principal erro que cometemos.
Porque a vida, como o mar, tem as suas próprias leis e as suas ondas
imprevisíveis.
Mas não é este, afinal, o seu
maior encanto? O deserto não seria de uma monotonia atroz, se o sopro do vento
não modificasse a cada dia as suas dunas? E como seriam as nossas vidas, sem os
imprevistos que o destino nos traz?
Muitas vezes nos revoltamos,
quando a vida modifica os nossos planos. Esquecemos que é nas dificuldades, que
mais aprendemos; se enfrentarmos a luta, a amarga preocupação de hoje trará o
doce sabor da vitória de amanhã.
Em cada ser humano, existe a
força de que necessita. E existem, também, as fraquezas que precisa vencer,
para atingir a plenitude dessa força.
Dizem os pessimistas que a
felicidade não existe; e, ao dizê-lo, esquecem de todos os momentos em que a
conheceram os seus corações.
E dizem os otimistas que a
felicidade pode ser eterna. Esquecem que a felicidade é um estado de espírito,
como a alegria e o amor; esperar que seja perene, seria como acreditar que o
vento possa soprar sempre na mesma direção.
Nenhum de nós sente as mesmas
emoções, todos os dias; o nosso Eu maior é livre, como a Força que o criou. E,
assim como aprendemos a direcionar as pás, para que o vento mova os nossos
moinhos, precisamos direcionar-nos, para que mais rapidamente cheguemos ao fim
do caminho.
Direcionar o nosso Eu, não é
restringir a sua liberdade: é, antes, conceder-lhe uma liberdade maior,
integrando-o ao Universo infinito. É da responsabilidade plena, que deriva a
plena Liberdade, e ninguém pode atingí-la, sem o Conhecimento; a liberdade de
um não pode ser a escravidão de outro.
Nenhum homem será realmente
livre, enquanto aos seus ouvidos ressoarem os grilhões de outrem. Como nenhuma
gota do mar será inteiramente pura, enquanto existir água poluída ao seu redor.
Entretanto, é pela purificação
de uma gota que começa a purificação do mar; e pelo brilho da primeira estrela
que se anuncia o belo espetáculo das constelações, reluzindo no céu noturno.
Como é o primeiro raio de sol que afasta o escuro da noite, e traz o esplendor
de um novo dia.
Juntos, executamos a Sinfonia.
E o Maestro não descansará, enquanto as notas não estiverem perfeitas.
Entretanto, não é Ele que afinará os nossos instrumentos; nem tomará de nossas
mãos, para obrigar-nos a extrair os acordes corretos.
Ou não seríamos músicos, mas
escravos; e cada músico precisa tocar por si mesmo, para que seja plena a
melodia.
É por isto, que não podemos
dominar o que chamamos de vida: cada um de nossos momentos, cada uma de nossas
alegrias e dificuldades, não passa de um novo ensaio, para que possamos
executar a Sinfonia do Universo.
A verdadeira Sinfonia da Vida.
Não tem muito a ver... mas é lindo!
FELIZ NATAL, AMIGOS!




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