O Árabe

Idéias, sentimentos, emoções. Oásis que nos ajudam a atravessar os trechos desérticos da vida...

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

PASSAREMOS

 


Passaremos.

E, depois que nos formos, a Vida seguirá o seu caminho; nada mudará, no mundo. Será tão somente como se uma rosa houvesse caído sobre o chão; ou até mesmo um espinho, talvez.

Assim tem sido, desde o início dos tempos. Todos vêm e se vão; ninguém fica neste mundo, senão através das lembranças que tenha deixado naqueles que o conheceram, enquanto vivos.

Eles, algum dia, também se irão; e as memórias do que fomos se desvanecerão no tempo. Hoje, conhecemos a Vida; amanhã nos tornaremos lembranças e depois virá o esquecimento.  

Oxalá sejamos como a rosa, que é lembrada por sua beleza e perfume; pelo encanto que trouxe ao seu redor. E não como o espinho, que deixa recordações de mágoa; de raiva e de dor.

Acredito que devemos viver o melhor que pudermos; para que possamos deixar as melhores lembranças, enquanto durarem os entes queridos que hoje nos cercam e vivem a nosso lado.

Assim, quando vier o esquecimento, estaremos presentes nas sementes que plantamos. Como o agricultor e o padeiro vivem no pão dourado, na mesa de pessoas que não os conheceram.

A verdade é que vivemos no agora. O antes já se foi e o depois talvez não exista; um não é senão lembrança, e o outro não passa de esperança. E este é o maior encanto que encontramos na Vida.

Porque é no hoje, que construímos o amanhã. E para isto, podemos utilizar as lembranças do ontem; são elas que nos apontam o melhor caminho, através de nossos erros e de nossos acertos.

Recorde as suas lágrimas e os seus sorrisos do passado; veja as causas de umas e dos outros, e você terá o mapa que o ajudará a caminhar pelo presente, em busca de um futuro melhor.

O que chamamos de vida é uma jornada de aprendizado. E, nela, sofrimento ou felicidade são as escolhas de todos os dias. Não dependemos dos fatos, mas sim de como reagimos a eles.

Esta é a lição que precisamos aprender: em nós mesmos, estão a nossa tristeza e a nossa alegria; para isto, temos o livre arbítrio. O destino lança a moeda; você escolhe o lado que prefere ter.

Sim: passaremos. E não nos devemos entristecer por isto, mas alegrar-nos por termos tido a oportunidade de viver. Porque o dia de hoje nos pertence e nele podemos sorrir e ser felizes.

Aproveitemos a Vida, para construir as boas lembranças que deixaremos. Porque nelas continuaremos vivos, entre os que amamos; assim, não seremos a saudade que dói na alma.

Mas aquela que conforta e faz sorrir.

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