O Árabe

Idéias, sentimentos, emoções. Oásis que nos ajudam a atravessar os trechos desérticos da vida...

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

A PRISÃO ONDE VIVEMOS

 

Acreditai em vosso verdadeiro Eu.

E percebereis que cada homem vive em uma prisão particular. Pois, enquanto a alma pode fazer tudo, até viajar entre as estrelas, o corpo nos impõe limites, que não podemos ultrapassar.


Esta é a nossa sina, enquanto caminhamos sobre a Terra. E, como o preso em sua cela, nada nos resta fazer, senão cuidar da nossa alma, para que voe livre e possa sentir o Coração do Universo.


É a grande lição da vida: somos livres ou presos, conforme o que decidimos; depende de nós. Porque liberdade não é fazer o que queremos, mas ir pelo caminho que a consciência nos indica.


Tende isto presente, em vossa mente: nós mesmos nos libertamos, quando reconhecemos que em nós vive uma alma imortal. Ou nos prendemos, se acreditamos que o corpo nos sujeita ao tempo.


De cada um, depende a decisão. E ela deverá ser tomada, durante todos os dias da nossa jornada; porque o viajante que atravessa o deserto precisa escolher o rumo, ou se perderá entre as areias.


Todos os dias, o vento poderá mudar de direção. E, quando vierem as tempestades, precisaremos saber onde está o norte, para que possamos prosseguir na caminhada em que nos encontramos.


Cuidemos de nós mesmos; e da cela que ocupamos. Porque cada um precisa manter limpa a sua cela, se deseja sobreviver ao cativeiro; e conservar a esperança, durante os momentos mais difíceis.


Perdoai-me, se isto vos digo. É a verdade que sinto, em minha própria alma; e eu não seria honesto, se não a trouxesse até vós. Acreditar ou não, é decisão de cada um; cabe-me dizer o que penso.


Esta é razão pela qual vos falo, dia após dia; não porque seja mais sábio do que vós, mas sim porque desejo poupar-vos do conflito que percebo em mim. E sei que, no fundo, somos todos iguais.


Atentai para o que realmente existe em vós. Sabei que não sois a vossa cela, mas aquele que nela se encontra; e que só de vós depende serdes livres ou presos, enquanto cumpris a vossa jornada.


Porque nenhum de nós pode ignorar a prisão em que se encontra; mas podemos construir os nossos próprios muros. E deixar que eles nos permitam sentir as emoções, o sol, a luz, a Vida e a beleza. 


Estamos presos; mas somos os nossos próprios carcereiros. E, se atentarmos ao nosso verdadeiro Eu, decerto evoluiremos; aprenderemos a enxergar a luz, que se infiltra por entre as barras.


Assim nos sentiremos livres, novamente!

Música:

http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/1_richard_clayderman_bridge_over_troubled_water.mid

Link para música


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28 Comentários:

Blogger Lúcia Laborda disse...

Sinceramente, Árabe, fazer sempre o que a consciência manda, é uma prisão. Afinal e os sonhos, ficam aonde? Assim como são cárceres todas as formas que escolhemos para seguir linearmente. Porque a vida não é linear. Sentimentos e desejos, também não. Fugir disso, sim é liberdade de escolha dos nossos momentos, conforme idealizamos. Até porque não seguimos padrões. Apenas escolhas, como você bem o disse.
Ainda que tenhamos algumas divergências na maneira de ver, achei super lindo seu post!
O vídeo, é emocionante! Traz uma musica que gosto muito. É a luta por um sonho. O enfrentamento de dificuldades, para superar os próprios limites, ao invés de aceitar a impossibilidade de realizá-lo. Voar nas asas da imaginação e viver esses sonhos, nos faz sentir vivos.
Bom fim de semana! Beijos

4 de setembro de 2020 às 22:40  
Blogger Himawan Sant disse...

Buen comentario mi amigo árabe.

Es cierto lo que escribiste, estamos obligados a fortalecernos, que es lo que tú llamas prisión. Si nuestras vidas se sentirán cómodas al no verse afectadas por cosas que no queremos, entonces nuestra prisión debe estar debidamente protegida.

5 de setembro de 2020 às 03:35  
Blogger chica disse...

Plac,plac,plac( isso são as palmas pra ti,rs)... Lindo teu texto.Mensagem muito verdadeira. Temos mesmo o poder e capacidade de ver luz e deixá-la entrar, ainda que por frestinhas... Adorei! abração, lindo fds! chica

5 de setembro de 2020 às 07:17  
Blogger Reflexos Espelhando Espalhando Amig disse...

Árabe,
É bom ler e meditar em suas
palavras. Quanto a liberdade
ela deve ser uma conquista
diária e essa sim
é uma tarefa complicada.
As pessoas se desacostumaram
a pensar por si mesmas e por isso
essa confusão na religião, na política
e em tantas outras áreas.
Adorei ler.
Bjins
CatiahoAlc.

5 de setembro de 2020 às 07:30  
Blogger MARILENE disse...

O corpo envelhece e está sujeito a muitas mazelas . Cabe-nos cuidar dele pois é a casa do espírito. Não o vejo como prisão, já que o espírito voa e também precisa ser alimentado. Temos uma jornada a seguir, realmente. E cabe-nos fazer com que ela gere frutos, para que cumpramos
nossa missão terrena. Abraço.

5 de setembro de 2020 às 18:28  
Blogger Lia Noronha disse...

Árabe : como sempre suas reflexões são bem pertinentes. estamos guardando as chaves das nossas próprias prisões...e libertando-nos somente quando nos descobrimos livres!!1
Grande abraço de boa noite de sábado pra ti.

5 de setembro de 2020 às 20:47  
Blogger " R y k @ r d o " disse...

Texto que muito gostei de ler. Regra geral o ser humano é escravo do relógio e prisioneiro do seu próprio ego, ou seja da (sua) consciência, como muito bem descreve. Gostei muito.
.
Um domingo feliz

6 de setembro de 2020 às 07:27  
Blogger Maria Luzia disse...

Assim mesmo Árabe, mas sem os apegos, de repente a gente consegue nos libertarmos das prisões. O desapego ajuda a seguirmos mas leves. Amei tudo! Desde já, ótima semana, com paz e luz. Enorme abraço e muito grata!

6 de setembro de 2020 às 17:21  
Blogger Ailime disse...

Boa tarde meu Amigo e bom Árabe,
Um texto belo e muito profundo.
Enquanto a nossa alma é imortal o corpo vive tantas vezes aprisionado em nossos próprios pensamentos.
«Cuidemos de nós mesmos; e da cela que ocupamos. Porque cada um precisa manter limpa a sua cela, se deseja sobreviver ao cativeiro; e conservar a esperança, durante os momentos mais difíceis.»
É isso Amigo, temos mesmo que nos cuidar indo por caminhos que a consciencia nos indica, como diz sabiamente.
Termino citando-o de novo «Estamos presos; mas somos os nossos próprios carcereiros. E, se atentarmos ao nosso verdadeiro Eu, decerto evoluiremos; aprenderemos a enxergar a luz, que se infiltra por entre as barras.
Assim nos sentiremos livres,»
Pois que assim seja, Amigo.
Adorei a música e o vídeo que muito tem a ver com o tema.
Um beijinho e uma boa semana, com saúde.
Ailime

7 de setembro de 2020 às 12:25  
Blogger Ateliê Tribo de Judá disse...

Enquanto a ideia de liberdade for equivocada o ser humano apenas passará de uma cela pequena para outra maior achando que alcançou a liberdade.

Beijos

Joelma

7 de setembro de 2020 às 13:35  
Blogger Amélia disse...

Um texto maravilhoso que adorei ler.
Como muito bem disse. Estamos presos; e somos os nossos próprios carcereiros, e aprenderemos a enxergar a luz.
R.portugal é lindo,tem cantos e recantos magníficos para visitar
Um abraço,continuação de excelente semana

9 de setembro de 2020 às 17:52  
Blogger Fá menor disse...

Muito belo e verdadeiro texto, como sempre. Admiro muito a sua inspiração e sabedoria para nos dar a saborear sempre tão pertinentes palavras.

Abraços, amigo.

9 de setembro de 2020 às 19:11  
Blogger Roselia Bezerra disse...

Olá, amigo Árabe!

Cuidemos de nós mesmos; e da cela que ocupamos. Porque cada um precisa manter limpa a sua cela, se deseja sobreviver ao cativeiro; e conservar a esperança, durante os momentos mais difíceis.

Leio o jeito que escreve e parece que estou lendo a Bíblia.
Tem muita sabedoria e ensinamentos que ouso arriscar serem fruto de uma vivência da Palavra.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos

9 de setembro de 2020 às 20:15  
Blogger O Árabe disse...

Realmente, Lúcia: a vida não é linear. Acredito que cada um é um mundo, com mares e desertos, montanhas e abismos; por isto precisamos definir um norte, para que não nos percamos em nossas próprias paisagens. E este norte, eu creio, vem do nosso verdadeiro Eu. Obrigado, e não se preocupe com as divergências: são normais; até porque cada um é um mundo, lembra? :) Mas concordamos quanto ao vídeo. :) Meu abraço, obrigado; boa semana

10 de setembro de 2020 às 16:14  
Blogger O Árabe disse...

Verdade, Himawan: depende de nós edificar os nossos próprios muros. Somos os responsáveis por nossa prisão... ou nossa liberdade. Meu abraço, amigo, obrigado; bom resto de semana!

10 de setembro de 2020 às 16:17  
Blogger O Árabe disse...

Obrigado, Chica! Assim como me parece que acontece com você, eu tento aproveitar a luz de cada frestinha... a vida nos ensina isto! :) Meu abraço, amiga, obrigado; bom resto de semana!

10 de setembro de 2020 às 16:19  
Blogger O Árabe disse...

Concordo, Cátia: a liberdade é uma conquista diária. E, ainda que cada um queira manter a sua própria liberdade, nem sempre nos preocupamos tanto com a alheia, infelizmente. Mas a verdade, amiga, é que a liberdade de cada pessoa só depende dela; ninguém pode construir um muro que prenda alguém, senão ele mesmo. Meu abraço, obrigado; bom resto de semana.

10 de setembro de 2020 às 16:26  
Blogger O Árabe disse...

Este é o ponto, Marilene: o espírito é livre para voar... e alimentá-lo só depende de nós. O corpo não é uma prisão, para aquele que sabe a sua verdadeira função, que é o aprendizado. Isso mesmo, amiga! Obrigado, bom resto de semana; meu abraço.

10 de setembro de 2020 às 16:30  
Blogger O Árabe disse...

Acho que você resumiu muito bem, Lia: "estamos guardando as chaves das nossas próprias prisões...e libertando-nos somente quando nos descobrimos livres!!". É bem por aí. Meu abraço, obrigado; bom resto de semana.

10 de setembro de 2020 às 16:32  
Blogger O Árabe disse...

Certeiro o seu comentário, Ryk@ardo: regra geral, somos escravos do relógio e prisioneiros do nosso próprio ego! Concordo inteiramente; bom saber que você gostou. Meu abraço, obrigado; bom resto de semana.

10 de setembro de 2020 às 16:34  
Blogger O Árabe disse...

Grande verdade, Maria Luzia: precisamos praticar o desapego, para seguirmos mais leves. Meu abraço, minha amiga; obrigado, bom resto de semana!

10 de setembro de 2020 às 16:36  
Blogger O Árabe disse...

Mais uma vez, Ailime, sou forçado a concordar com você: "Enquanto a nossa alma é imortal o corpo vive tantas vezes aprisionado em nossos próprios pensamentos.". E isto é o mais inquietante, amiga: nós mesmos nos aprisionamos. Também gosto muito do vídeo e da música; estão entre os meus prediletos. :) Meu abraço, bom resto de semana; obrigado.

10 de setembro de 2020 às 16:38  
Blogger O Árabe disse...

É bem assim mesmo, Joelma; só estaremos livres, quando entendermos que a prisão não é a cela. ;) Gosto de seu modo de pensar, amiga; meu abraço, bom resto de semana e obrigado.

10 de setembro de 2020 às 16:40  
Blogger O Árabe disse...

Sempre tive o sonho de conhecer Portugal, Amélia; e encontrei-o ainda mais lindo do que esperava. Pena que não pude conhecer muitos lugares, mas ainda assim valeu a pena! Meu abraço, amiga; bom resto de semana, obrigado.

10 de setembro de 2020 às 16:42  
Blogger O Árabe disse...

Empatamos, Fa... ou acho que estás em vantagem: eu não sei se admiro mais as tuas palavras ou as tuas fotos! Meu abraço, amiga, obrigado; bom resto de semana!

10 de setembro de 2020 às 17:01  
Blogger O Árabe disse...

Creio em Deus, sim, Rosélia... e muito! Mas a própria Vida, o maior dom que Ele nos deu, é também pródiga em ensinamentos, todos os dias! Obrigado pelas gentis palavras, amiga; meu abraço, bom resto de semana.

10 de setembro de 2020 às 17:06  
Blogger Majo Dutra disse...

É muito interessante essa sua interpretação da caminhada terrestre...
Agradeço os bons momentos de leitura, de música e visuais.
Que os dias lhe sejam leves e compensadores...
O meu abraço amigo.
~~~~~~~~

25 de setembro de 2020 às 11:51  
Blogger O Árabe disse...

Obrigado, Majo. Uma alegria ver você de volta, amiga! Meu abraço, bom final de semana.

25 de setembro de 2020 às 15:50  

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