DOS ERROS E DAS MENTIRAS
A mentira não é a negação da verdade, mas o seu adiamento. Como a nuvem de chuva não apaga o brilho do sol, apenas o oculta por um instante.
E nasce, sobretudo, do medo; na raiz de cada mentira, existe o desejo de escapar a um sofrimento. Assim a mentira é, antes de tudo, inútil: por que adiar o sofrimento de hoje, para recebê-lo em dobro amanhã?
Entretanto, é assim que somos: vivemos o hoje, e o amanhã se nos afigura como um porto distante, ao qual não necessitaremos chegar. Porque o futuro nos aparece entre a névoa das esperanças, como o passado se perde na neblina do esquecimento.
Aquele que mente, confia no tempo para consertar o seu erro; como o beduíno imprevidente confia em encontrar um oásis, antes que a sede ponha fim à sua vida. Todavia, o tempo não acoberta os nossos erros; como os oásis não surgem por milagre no deserto.
Assim, mais sábio seria a um não haver errado; e ao outro ter enchido o seu cantil, antes de iniciar a jornada. Porém não somos sábios, mas homens; cabe, portanto, ao mentiroso reconhecer o seu erro, e ao beduíno esmolar um pouco de água da caravana que encontra em seu caminho.
Um e outro dependerão da caridade alheia, para obter o que precisam. E, em verdade, é mais fácil para o homem dar um pouco de sua água, do que conceder o seu perdão. Preferimos dar do que possuímos, a ceder de nossos sentimentos e convicções.
É o medo, e não o erro, o que causa a mentira; porém, é no próprio medo que reside o maior castigo pelo erro que se possa ter cometido. Aquele que se entrega à mentira entrega-se ao medo; ao acalentar o medo de ser descoberto, sacrifica a própria paz. E que castigo pior pode haver, para o homem, do que se afastar do seu Eu maior?
Ao assumir os nossos erros, e aceitar os sofrimentos que nos possam trazer, podemos libertar-nos do medo. Entretanto, aquele que busca a Verdade deve exercitar a humildade e a tolerância: a humildade, para saber que todos erramos; e a tolerância, para compreender os erros de outrem.
Sejamos tolerantes, e ninguém mentirá para nós. É a Verdade, e não a mentira, que encontra guarida no coração do Universo, onde reside o nosso Eu maior.
A mentira não é natural no ser humano. Ninguém irá mentir, se souber que o seu erro encontrará o refrigério da compreensão, e a libertação do perdão.
Um dia, o medo e a mentira serão banidos dentre nós.
E o Amor existirá, realmente, em nossos corações...
E nasce, sobretudo, do medo; na raiz de cada mentira, existe o desejo de escapar a um sofrimento. Assim a mentira é, antes de tudo, inútil: por que adiar o sofrimento de hoje, para recebê-lo em dobro amanhã?
Entretanto, é assim que somos: vivemos o hoje, e o amanhã se nos afigura como um porto distante, ao qual não necessitaremos chegar. Porque o futuro nos aparece entre a névoa das esperanças, como o passado se perde na neblina do esquecimento.
Aquele que mente, confia no tempo para consertar o seu erro; como o beduíno imprevidente confia em encontrar um oásis, antes que a sede ponha fim à sua vida. Todavia, o tempo não acoberta os nossos erros; como os oásis não surgem por milagre no deserto.
Assim, mais sábio seria a um não haver errado; e ao outro ter enchido o seu cantil, antes de iniciar a jornada. Porém não somos sábios, mas homens; cabe, portanto, ao mentiroso reconhecer o seu erro, e ao beduíno esmolar um pouco de água da caravana que encontra em seu caminho.
Um e outro dependerão da caridade alheia, para obter o que precisam. E, em verdade, é mais fácil para o homem dar um pouco de sua água, do que conceder o seu perdão. Preferimos dar do que possuímos, a ceder de nossos sentimentos e convicções.
É o medo, e não o erro, o que causa a mentira; porém, é no próprio medo que reside o maior castigo pelo erro que se possa ter cometido. Aquele que se entrega à mentira entrega-se ao medo; ao acalentar o medo de ser descoberto, sacrifica a própria paz. E que castigo pior pode haver, para o homem, do que se afastar do seu Eu maior?
Ao assumir os nossos erros, e aceitar os sofrimentos que nos possam trazer, podemos libertar-nos do medo. Entretanto, aquele que busca a Verdade deve exercitar a humildade e a tolerância: a humildade, para saber que todos erramos; e a tolerância, para compreender os erros de outrem.
Sejamos tolerantes, e ninguém mentirá para nós. É a Verdade, e não a mentira, que encontra guarida no coração do Universo, onde reside o nosso Eu maior.
A mentira não é natural no ser humano. Ninguém irá mentir, se souber que o seu erro encontrará o refrigério da compreensão, e a libertação do perdão.
Um dia, o medo e a mentira serão banidos dentre nós.
E o Amor existirá, realmente, em nossos corações...