A FLAUTA E A MÚSICA
Gostaria eu de poder transmitir-vos tudo que tenho aprendido com a vida.
Porém, é preciso que cada um aprenda com as suas próprias lágrimas; pois a experiência alheia é como a chuva passageira, que apenas fertiliza o quintal do vizinho e não faz brotar as nossas plantas.
Gostaria de dizer-vos que amores vêm e vão; o que deles nos pertence são as lembranças dos momentos em que julgamos que nos pertencessem. E, entretanto, o Amor existe e é único, embora diversos possam ser os seus matizes.
Gostaria de dizer-vos que o que nos faz felizes não são os sonhos que acalentamos, mas a esperança de realizá-los. E que um sonho não morre, senão no momento em que realidade se torna.
Eis que a felicidade não pertence a este mundo. E por isto apenas a podemos vislumbrar, nos raros instantes em que dele nos afastamos. Porque ninguém pode ser feliz, senão em seu verdadeiro Eu, que o leva ao coração do Universo.
Disse um sábio: “Mostrai-me um homem sempre feliz e eu vos mostrarei um mentiroso”. Porque é a inquietação que nos empurra para a frente e nos faz prosseguir em nosso caminho. E, todavia, apenas quando a superamos conseguimos perceber o verdadeiro objetivo da jornada.
A felicidade não está em alcançar o pico mais elevado, mas em respirar o fresco ar da montanha, durante a escalada; como não se encontra na vitória, mas no mérito de obtê-la; nem em possuir o regato, mas na capacidade de encantar-se com o colorido dos peixes que povoam as suas águas.
Este é o aprendizado. Que, na sua simplicidade aparente, esconde a enorme complexidade de encontrar a si mesmo. Porque é preciso que o nosso verdadeiro Eu possa escutar no vento a voz do Universo e sentir no calor do sol o carinhoso abraço da Vida.
Deixai-me dizer-vos que a Felicidade não se assentará entre os homens, enquanto um único deles for capaz de querer escondê-la só para si; ou que o Amor não estenderá as suas asas sobre o mundo, enquanto não se puder abrigar em todos os corações.
Deixai que eu vos fale das verdades que aprendi. Porque o rumor das ondas, embora não vos possa ensinar a nadar, ao menos vos faz atentar para a beleza e os perigos do mar.
Eu vos digo que o céu não estará completo, enquanto uma única estrela não conhecer o seu próprio brilho; e não findará a nossa jornada, enquanto um único irmão permanecer no caminho.
Como o riso da liberdade não ressoará no Universo, enquanto se fizer ouvir o pranto dos oprimidos; porque o Pai não se julgará alimentado, enquanto alimentados não estiverem todos os Seus filhos.
Deixai também que eu vos agradeça, pela atenção e amizade com que tendes acompanhado as minhas palavras. E deixai-me pensar que nelas talvez esteja um pouco do nosso verdadeiro Eu, que em todos os dias nos aponta o caminho.
Porém, é preciso que cada um aprenda com as suas próprias lágrimas; pois a experiência alheia é como a chuva passageira, que apenas fertiliza o quintal do vizinho e não faz brotar as nossas plantas.
Gostaria de dizer-vos que amores vêm e vão; o que deles nos pertence são as lembranças dos momentos em que julgamos que nos pertencessem. E, entretanto, o Amor existe e é único, embora diversos possam ser os seus matizes.
Gostaria de dizer-vos que o que nos faz felizes não são os sonhos que acalentamos, mas a esperança de realizá-los. E que um sonho não morre, senão no momento em que realidade se torna.
Eis que a felicidade não pertence a este mundo. E por isto apenas a podemos vislumbrar, nos raros instantes em que dele nos afastamos. Porque ninguém pode ser feliz, senão em seu verdadeiro Eu, que o leva ao coração do Universo.
Disse um sábio: “Mostrai-me um homem sempre feliz e eu vos mostrarei um mentiroso”. Porque é a inquietação que nos empurra para a frente e nos faz prosseguir em nosso caminho. E, todavia, apenas quando a superamos conseguimos perceber o verdadeiro objetivo da jornada.
A felicidade não está em alcançar o pico mais elevado, mas em respirar o fresco ar da montanha, durante a escalada; como não se encontra na vitória, mas no mérito de obtê-la; nem em possuir o regato, mas na capacidade de encantar-se com o colorido dos peixes que povoam as suas águas.
Este é o aprendizado. Que, na sua simplicidade aparente, esconde a enorme complexidade de encontrar a si mesmo. Porque é preciso que o nosso verdadeiro Eu possa escutar no vento a voz do Universo e sentir no calor do sol o carinhoso abraço da Vida.
Deixai-me dizer-vos que a Felicidade não se assentará entre os homens, enquanto um único deles for capaz de querer escondê-la só para si; ou que o Amor não estenderá as suas asas sobre o mundo, enquanto não se puder abrigar em todos os corações.
Deixai que eu vos fale das verdades que aprendi. Porque o rumor das ondas, embora não vos possa ensinar a nadar, ao menos vos faz atentar para a beleza e os perigos do mar.
Eu vos digo que o céu não estará completo, enquanto uma única estrela não conhecer o seu próprio brilho; e não findará a nossa jornada, enquanto um único irmão permanecer no caminho.
Como o riso da liberdade não ressoará no Universo, enquanto se fizer ouvir o pranto dos oprimidos; porque o Pai não se julgará alimentado, enquanto alimentados não estiverem todos os Seus filhos.
Deixai também que eu vos agradeça, pela atenção e amizade com que tendes acompanhado as minhas palavras. E deixai-me pensar que nelas talvez esteja um pouco do nosso verdadeiro Eu, que em todos os dias nos aponta o caminho.
Pois não é na flauta que reside a música, nem mesmo no sopro que a atravessa.
Mas nos corações que a escutam...
Mas nos corações que a escutam...