O Árabe

Idéias, sentimentos, emoções. Oásis que nos ajudam a atravessar os trechos desérticos da vida...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

INFORMAÇÃO NECESSÁRIA

Amigos, por conta de uma cirurgia ótica delicada e urgente, realizada no dia 26/01, estou proibido de ler e escrever. Por esta razão, não pude responder aos comentários nem publicar um novo post esta semana; espero em breve estar de volta. Que o Coração do Universo esteja conosco!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

OS VOSSOS SENTIMENTOS




Ocultais os vossos sentimentos.
Como se deles vos envergonhásseis, ou confessá-los vos tornasse mais frágeis. E, entretanto, são eles que vos fazem mais fortes e vos levam a seguir os vossos caminhos.

Não vos deveis envergonhar do que sentis. Nem esconder os vossos sentimentos; pois esta é a causa maior de mal-entendidos, que vos causam sofrimentos desnecessários.
Como a represa não consegue suportar a pressão das águas que se avolumam, também a vossa alma tem os seus limites e não sufoca para sempre os sentimentos que guarda.

Esta, muitas vezes, é a causa da angústia imprecisa que vos invade a alma. Porque mais fácil é para um homem enfrentar o mundo, do que viver em desarmonia com ele mesmo.
Apenas em si mesmo, cada um pode encontrar a paz; assim eu vos tenho dito. E, para que possais viver em paz, é preciso que aprendais a demonstrar os vossos sentimentos.

Acreditais que alguém possa entender-vos, sem saber o que se passa em vosso íntimo? Ou compreender as vossas ações, desconhecendo as suas causas e motivações?
Assim como abris os portões das vossas casas, para que as conheçam os vossos amigos, deveis abrir os portões da vossa alma, para que vos entendam aqueles que vos são caros.

Abandonai o medo de vos mostrardes como sois. De nada adiantam as máscaras com que cobris os vossos rostos, pois é certo que não as podereis usar durante todo o tempo.
Deveis acostumar-vos a viver sem elas; ou correreis o risco de que ninguém vos reconheça, quando as retirardes. Ou de que vós mesmos não vos reconheçais, no espelho.

Demonstrai os vossos sentimentos. E não temais parecer fracos, ou vulneráveis; nenhum homem é tão forte, como aquele que conhece a si mesmo e sabe traçar o seu caminho.
Sede pacientes, todavia; entendei que ninguém está obrigado a corresponder aos vossos sentimentos, apenas porque os destes a conhecer. Sentir não é possuir, mas querer viver.

Demonstrai os vossos sentimentos. Não sufoqueis as vossas lágrimas, nem disfarceis os vossos sorrisos; não oculteis os vossos sonhos, ou talvez jamais possais vê-los realizados.
Demonstrai os vossos sentimentos. Ocultá-los não é apenas reconhecer que deles vos envergonhais; é reprimir a parte mais autêntica de vós, negar a vossa própria identidade.

É negar o vosso verdadeiro Eu. 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A VOSSA VISÃO


 
Certo é que não se conhece um livro pela capa.
Contudo, é igualmente certo que pelos frutos se conhece a planta. Pois não pode a tamareira produzir damascos; nem o pessegueiro ofertar outro fruto, além dos pêssegos que gera.

E, se assim é, aquele que deseja damascos não deve esperar que possa encontrá-los na tamareira; nem deve o que busca tâmaras desperdiçar o seu precioso tempo com o pessegueiro.
Porque cada um não pode oferecer senão o que tem em si mesmo. E sensato é o homem que não espera o impossível; nem acredita que a sua vontade possa mudar as leis da natureza.

Sempre vos deixais, todavia, levar pelas aparências. E descuidai-vos de observar as ideias, os gestos e as atitudes das pessoas, quando seduzidos estais por seu porte ou sua beleza.
Entretanto, embora o luar sobre as areias do deserto em ouro pareça transformá-las, areias continuam a ser; e as águas azuis do oceano, apesar de seu encanto, não saciam a vossa sede.

Esta é a verdade. E de nada vos serve quedar-vos em frente ao oceano, se sedentos estiverdes; melhor fareis em buscar águas frescas e potáveis, que vos possam dessedentar.
Pois, ainda que à vossa vaidade agrade a ilusão de possuir o oceano, não são as suas ondas que vos saciarão a sede inclemente, mas a água bendita e amiga do poço escuro e humilde.

Não deveis obstinar-vos em perseguir o que acreditais desejar; mas utilizar as vossas forças, para obter o que realmente necessitais. Aprendei esta lição e melhor aproveitareis a vida.
Libertai-vos do jugo das aparências. E recordai que, se o belo não é necessariamente o melhor, nem o feio o pior, o inverso também acontece; não é, pois, pelos olhos que deveis julgar.

É pelas obras, que se julga o homem; como é pelos frutos que se conhece a planta e pelos conceitos que vos transmite, que deveis avaliar um livro. Evitai ceder à cegueira comum da visão.
Porque não é apenas com os olhos da face, que podeis enxergar; mas também com os do espírito. E aquele que não os utiliza é como o caolho, que se nega a usar a visão que lhe resta.

Aprendei a usar a vossa visão. Ainda que não consigais, no início, ver longe, podeis tentar enxergar o que está perto de vós; aos poucos, sereis capazes de enxergar mais e mais.
Deixai-vos seduzir pelo belo; mas não a ponto de à beleza vos escravizardes. Porque a vossa felicidade não está nas pessoas ou coisas que vos cercam; é em vós, que ela nasce.

E dela não vos deveis afastar.

Música:
http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/ernesto_cortazar_misty.mid
(Texto escrito a 4 mãos; os conceitos em destaque são do amigo Manoel Messias)

 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

A CONFIANÇA E A FELICIDADE


Confiai nos vossos amores e nos vossos amigos.
 
Pois desconfiar daqueles que vos cercam é condenar-vos a viver na solidão. E mais vale despertar magoado, ao fim de um belo sonho, do que suportar a aridez de uma vida sem sonhos.

Não reluteis, portanto, em acreditar nas pessoas que amais. Porque o que vos fará felizes não é o que possam sentir por vós, mas os sentimentos que despertam em vosso coração.
Abandonai as desconfianças sobre aqueles que vos são caros. Pois o homem que vê a traição em todos os cantos já se sente traído, em seu coração, ainda que talvez nunca o venha a ser.

Acreditai, sempre. Porque acreditar é a melhor maneira de construir o que se deseja; ninguém existe que possa prosseguir em um caminho, imaginando perigos ocultos em cada curva.
Acreditai, sempre. E, se alguma vez vos assaltar a suspeita sobre alguém a quem amais, perguntai-lhe diretamente; ninguém melhor do que ele poderá afastar a dúvida que vos magoa.

Acreditai, sempre. Porque ninguém pode caminhar olhando para trás; não conseguireis seguir juntos em frente, enquanto a menor dúvida vos mantiver presos a uma sombra do passado.
Acreditai, sempre. Não é em ser enganado, que existe vergonha; e sim em mentir àquele que confia em vós. A mentira não envergonha o homem que nela acredita, mas aquele que a contou.

Confiai em vossos amores e em vossos amigos, como confiais em vossos sonhos e em vossos ideais. Ou não são os vossos amores e os vossos amigos, os sonhos e ideais da vossa alma?
Aprendei a confiar; é o caminho para que sejam duradouros os vossos relacionamentos. Juntar-vos a alguém em quem não confiais, é como construir uma casa em terreno movediço.

As coisas em que acreditais, são as que realmente existem para vós. Acostumai-vos a acreditar em vossos amores e vossos amigos, ou amargareis uma vida sem amores e sem amigos.
Recordai: o bom julgador, por si julga os outros. Sede, pois, verdadeiros em todos os momentos da vossa vida, para que assim possais confiar em vossos amores e em vossos amigos.

Porque, eu vos repito, se assim não for, nada vos restará, senão a solidão. É preciso que derrubeis as vossas barreiras, para que alguém se possa achegar a vós e seguir ao vosso lado.
Confiai e vivereis plenamente os vossos amores e as vossas amizades. E, ainda que alguns vos possam magoar, nada vos tirará as lembranças felizes da comunhão que vos uniu.
 
Aprendei a confiar. Assim, aprendereis a viver. 
 
Música:

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