O Árabe

Idéias, sentimentos, emoções. Oásis que nos ajudam a atravessar os trechos desérticos da vida...

sexta-feira, 30 de julho de 2021

ARCO-ÍRIS DA VIDA

 


Não existem caminhos sempre ensolarados.

Nem aqueles onde a chuva caia, todo o tempo. Por onde andarmos, sempre encontraremos dias de sol e outros de chuva; brisas e ventanias, ocasiões de bonança e outras de tempestade.

É assim, na Natureza e na Vida; é assim em nosso próprio ser, que vive momentos de paz e outros de inquietude. Há vezes em que nos sentimos plenos; mas em outras, conhecemos o vazio.

É comum a alternância, em nossas vidas; saúde e doença, alegria e tristeza, companhia e solidão, entusiasmo e desânimo, vitórias e derrotas, confiança e descrença, sorrisos e lágrimas.

Assim é. Porque não viemos para ser felizes, mas para aprender a ser felizes; há uma grande diferença entre os dois. É preciso provar o choro, para valorizar o riso; estar só, para querer o amor.

É preciso aprender a lançar pontes, para atravessar os abismos; aprender a nadar, para cruzar os rios; a semear e cultivar, para que possamos colher. É preciso conhecer a Vida, para viver.

Aceitemos, pois, a chuva e o sol. Aprendamos a buscar abrigo, quando cai a chuva fria; ou quando o sol do meio dia se torna inclemente e castiga a nossa pele. Afinal, uma hora tudo passará.

Aproveitemos a chuva, para irrigar o solo onde plantaremos as nossas sementes; e o sol, para fazer com que as plantas cresçam e se abram, trazendo uma bela colheita ao final da jornada.

Porque o arco-íris, tão belo, não é senão o resultado da junção entre o sol e a chuva. E nele estão todas as cores que o Coração do Universo criou, para colorir o mundo onde hoje caminhamos.

Precisamos do sol e da chuva, para que haja o arco-íris. Assim como precisamos da alegria e da tristeza, para que a nossa alma aprenda a discernir as cores que enfeitam o Jardim da Eternidade.

Devemos, pois, seguir em paz os nossos caminhos. E, sempre que nos fustigar a chuva, ou nos aquecer o sol, acalentemos a gratidão em nós, por tudo que encontramos em nossa jornada.

Pois não podemos ver o futuro. Mas ele sempre se transforma no presente; e precisaremos estar livres de nossas amarras, para que possamos adentrar aos portões da Mansão do Amanhã.

Sejamos gratos, com toda nossa alma. Porque a frustração e a revolta nos cegam, enquanto a gratidão abre os olhos do coração; e nos permite ver a beleza de cada arco-íris que encontramos.

Sejamos gratos Àquele que nos acompanha e conduz pela mão, enquanto tropeçamos pelos caminhos do mundo, aprendendo a cair e levantar, para que um dia cheguemos ao arco-íris final.

Onde encontraremos o Coração do Universo.

Música:

http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/ernesto_cortaza-over_the_rainbow.mid

Link música

Link vídeo

sexta-feira, 23 de julho de 2021

OS NOSSOS ENCANTOS

 


Cada um de nós tem as suas qualidades.

E também os seus defeitos, é bem verdade. Mas é justamente a mescla dessas qualidades e desses defeitos, que faz com que cada pessoa seja única; e tão cara ao Coração do Universo!

Por isto, jamais nos devemos subestimar. Pois não existe filho que seja mais ou menos querido que outro, diante do Pai; assim como não há flor mais ou menos importante, em um jardim.

Eu vos tenho dito: cada um tem os seus encantos. E eles podem estar nas menores coisas, como um jeito de sorrir, de olhar ou de caminhar; nos cabelos, no rosto, nas pernas ou nos gestos.

Para cada um daqueles que nos cercam, cada um de nós tem um encanto diferente. Porque nunca são os mesmos os nossos quereres; nem os nossos pensares, e nem os nossos sentires.

Não duvidemos de nós; tenhamos presente, antes, que cada um deve cultivar o seu próprio campo. Se não acreditarmos em nós mesmos, para semear e cuidar das sementes, quem acreditará?

Não duvidemos de nós; tudo somos capazes de realizar. Ainda que não exatamente como o desejamos, a verdade é que sempre nos podemos aproximar de cada um dos objetivos que temos.

Ninguém existe, que caminhe sobre a Terra e durante sua caminhada só colecione fracassos ou sucessos. Por certo, em algumas ocasiões conhecemos a derrota; mas quantas vezes vencemos?

Pior seria, se nos entregássemos sem luta. Porque o arrependimento não cabe ao agricultor que vê frustrada a safra que esperava, mas àquele que não foi capaz de esforçar-se na plantação.

Pois a honra não está na vitória, mas em esforçar-se ao máximo para obtê-la, sem conspurcar a própria alma; porque é vazio o triunfo daquele que o obtém ao custo de  seu verdadeiro Eu.

Acreditai, sempre, em vós. E, de cada vez que vos visitar a dúvida, recordai quantos obstáculos ultrapassastes no passado; e quantas vitórias conseguistes, que vos pareciam impossíveis.

Acreditai, sempre, em vós. E, de cada vez que duvidardes do que sois, lembrai-vos das pessoas que vos querem bem; de quanto amor semeastes em vossas vidas e de quantos vos admiram.   

Porque, eu vos repito, cada um de nós tem as suas qualidades e os seus defeitos. E é a combinação entre umas e outros, que nos torna únicos e faz fortes; que nos transforma no que somos.

Cada um de nós tem os seus encantos. E, embora em nós convivam a luz e a escuridão, é sempre a luz que se faz notar. Que ilumina o nosso caminho e nos faz capazes de seguir em frente.

Rumo ao Coração do Universo.

Música:

http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/FrancisLai-SnowFrolic.mid

Link música

Link vídeo

sexta-feira, 16 de julho de 2021

PASSAGEIROS

 


A verdade é que somos passageiros.

Em todos os sentidos; passageiros, no tempo e no espaço. Viajantes do imenso comboio a que chamamos vida; para o qual não compramos bilhete e no qual não escolhemos vagão ou assento.

Descobrimos o itinerário e as estações de passagem, à medida que a viagem se desenvolve. Não sabemos a paisagem que veremos amanhã, nem quando chegará a nossa hora de descer.

Entretanto, isso em nada nos impede de tornar o mais agradável possível a viagem; de conviver bem com os outros passageiros, de desfrutar de todos os dias que dure o nosso percurso.

De olhar pela janela mais próxima e guardar na memória os trechos mais bonitos que vemos; de apreciar as cores, os cheiros e os sabores que encontramos em cada lugar por onde passamos.

De acreditar que, no dia seguinte, passaremos por locais ainda mais lindos; de adormecer com a esperança na alma e acordar cheios de gratidão, diante do sol que brilha ou da chuva que cai. 

Esta é uma das vantagens de sabermos finita a nossa viagem, mas desconhecermos a hora em que findará: aproveitarmos ao máximo cada dia, já que o dia de amanhã pode nunca chegar.

Tenhamos sempre presente esta verdade: somos passageiros. E não nos deixemos iludir pela sensação de que a viagem durará para sempre; virá o dia em que deixaremos o comboio.

Até lá, façamos por merecer esta oportunidade. Sejamos gratos pela passagem; por tudo que os nossos olhos veem, que os nossos ouvidos escutam, que os nossos dedos tocam e sentem.

Sejamos gratos, por nossos sentidos e por nossas emoções. Por nosso corpo, que nos permite sentir o que nos cerca; e por nosso verdadeiro Eu, através do qual ouvimos a canção da Vida.

Somos passageiros; desfrutemos de cada viagem. Que não nos concentremos no destino final, pois os encantos estão na viagem em si; no que vemos e aprendemos, enquanto ela perdura.   

Não nos preocupemos em ter o melhor assento, em poder abrir ou fechar as cortinas, ou em chegar primeiro ao vagão-restaurante; estes cuidados nos distrairiam das belezas do percurso.

Um dia, deixaremos o comboio e tudo que nele existe; inclusive os nossos companheiros de viagem. Concentremo-nos, sim, em aproveitar cada minuto; cada paisagem e cada companhia.

Cada coisa vem a seu tempo, e o momento que passa não retorna. Aproveitemos o tempo que temos; não o desperdicemos, pois ninguém sabe o dia em que descerá numa estação qualquer.   

Enquanto o comboio segue em frente. 

Música:

http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/a_comme_amoue.mid

Link música

Link vídeo 

sexta-feira, 9 de julho de 2021

O TER E O VIVER

 

Tendemos a chamar de nossas as pessoas que amamos.

Dizemos “nossos” pais, “nossos" irmãos, “nossos” cônjuges, “nossos” filhos, “nossos” namorados, “nossos” parentes e, até mesmo, “nossos” amigos. Como se assim, realmente, pudesse ser.

De tanto usar o possessivo, esquecemos que cada pessoa é única e só pertence a si mesma; a mais ninguém. E por isto criamos falsas expectativas, que trazem verdadeiras desilusões.

Abandonemos, portanto, a ideia de “posse”; os seres amados não nos pertencem. São, antes, dádivas; companheiros que a Vida nos trouxe, para seguirmos juntos durante algum tempo.

Um dia, todos nos deixarão; ou seremos nós a deixá-los. Por mais perfeito, profundo e duradouro que seja o sentimento, o tempo haverá de nos separar; ainda que seja na Grande Viagem.

Tenhamos presente, pois, que ninguém nos pertence; e que algum dia cada um dos seres que amamos não estará a nosso lado. Concentremo-nos em amá-los, enquanto os temos conosco.

Desfrutemos das suas presenças; do seu carinho, da sua companhia e do bem que fazem à nossa alma. E saberemos que, embora não nos pertençam, um pouco deles sempre seguirá conosco.

Assim, não sofreremos com o remorso de termos desperdiçado o tempo que com eles tivemos; e menos doloroso será o luto da separação. As lembranças preencherão o vazio em nós.

Porque o luto, ensina o provérbio, é o amor que não tem para onde ir. E a saudade não é a ausência de quem amamos; mas a sua presença, durante o tempo que perdura em nosso coração.         

Assim é. E, como a saudade é, ao mesmo tempo, o amargor da perda e a doçura das lembranças, o luto que faz sofrer é o mesmo que evoca tempos felizes, recordações doces e perenes.

Atentai para o que vos digo. E, em vez de acreditar que possuímos aqueles a quem amamos, apenas vivamos o amor. Assim desfrutaremos, realmente, das valiosas dádivas que são para nós.   

Tudo que nos pertence, está em nosso verdadeiro Eu. O que julgamos possuir, enquanto caminhamos sobre a Terra, aqui ficará um dia; o que trazemos para cá é tudo que levamos ao partir.

Sábio é o homem que aspira o perfume das flores, enquanto abertas; sensato é aquele que desfruta da água que encontra no poço e aproveita o calor do dia, antes que venha o frio da noite.

Aprendamos, pois, que o segredo da felicidade não está em possuir, mas em desfrutar; de nada vale ao homem construir cercas ao redor de sua lavoura, se não aproveita os frutos que produz.  

De nada vale o “ter”. A sabedoria da vida está em viver.

Música:

http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/1_carmen_cavallaro_autumn_leaves.mid

Link para música

Link para vídeo

sexta-feira, 2 de julho de 2021

CANÇÃO DE ESPERANÇA

 


É preciso cultivar a esperança. 

Acreditar, sempre, que o novo amanhecer trará um dia melhor do que o de hoje. Que trará mais oportunidades de realizar os nossos sonhos; de nos tornarmos melhores e de viver melhor.

Acostumai-vos a acreditar nisto, e acordareis todos os dias com um sorriso nos lábios e a esperança em vossos corações; as vossas primeiras palavras do dia serão um canto de gratidão.

Mais doce e cálida será, para vós, a luz do amanhecer; o desânimo e a frustração não encontrarão guarida em vossos corações, nem espaço em vossas vidas, não importa o que aconteça.

E, quando a noite chegar e vos deitardes para dormir, entre os vossos lençóis e as vossas cobertas apenas acolhereis bons pensamentos, que vos guiarão por um sono tranquilo e reparador.

Porque, eu vos tenho dito, embora não possais comandar os acontecimentos, cabe-vos o poder de controlar as vossas reações; e são elas que farão toda a diferença para o vosso futuro.

Ainda que a tempestade açoite o vosso barco, sempre vos é possível posicionar as velas para minimizar os danos; e assim, ao invés de soçobrar, seguireis viagem, quando ela passar.

Ainda que um terremoto possa derrubar todas as casas de uma aldeia, sensatos serão os homens que cuidarem de reconstruir e não aqueles que se quedarem a chorar pelo que perderam.

Ainda que vos deixe um ente querido, melhor será recordar os bons momentos que juntos tivestes, do que lamentar a sua partida. Escolhei a saudade que conforta, não a que vos magoa.

É assim que precisais fazer, em todos os momentos da vossa vida. Sempre devereis ser gratos, pois nada existe neste mundo que vos possa ser tirado, sem que antes vos tenha sido dado.

Aprendei a cultivar a esperança. Pois a água do mar, que num dia carrega as conchas coloridas, é a mesma que no dia seguinte as trará de volta e depositará suavemente sobre a areia.

E necessitais acreditar, para que possais construir. Porque imaginar é sempre o primeiro passo para realizar; tudo que construís em vossa realidade, existe antes em vossa imaginação.

Gratidão e esperança: são estes os pilares sobre os quais se assenta a realização do homem, em cada jornada. A gratidão por tudo que recebestes e a esperança no que vos trará o futuro.

Acreditai, sempre. Porque, ainda quando não conseguirdes construir algo que imaginastes, a sua imagem dourada vos acompanhará pelo trajeto, trazendo luz e paz ao vosso verdadeiro Eu.

Enquanto em vós existir a esperança. 

Música:

http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/1_richard_clayderman_bridge_over_troubled_water.mid

Link para música

Link para vídeo

Real Time Web Analytics Real Time Web Analytics Real Time Web Analytics Clicky