ARCO-ÍRIS DA VIDA
Não
existem caminhos sempre ensolarados.
Nem
aqueles onde a chuva caia, todo o tempo. Por onde andarmos, sempre encontraremos dias
de sol e outros de chuva; brisas e ventanias, ocasiões de bonança e outras de
tempestade.
É assim, na Natureza e na Vida; é assim em nosso próprio ser, que vive momentos de paz e
outros de inquietude. Há vezes em que nos sentimos plenos; mas em outras, conhecemos
o vazio.
É comum a
alternância, em nossas vidas; saúde e doença, alegria e tristeza, companhia e
solidão, entusiasmo e desânimo, vitórias e derrotas, confiança e descrença,
sorrisos e lágrimas.
Assim é.
Porque não viemos para ser felizes, mas para aprender a ser felizes; há uma
grande diferença entre os dois. É preciso provar o choro, para valorizar o riso;
estar só, para querer o amor.
É preciso
aprender a lançar pontes, para atravessar os abismos; aprender a nadar, para
cruzar os rios; a semear e cultivar, para que possamos colher. É preciso
conhecer a Vida, para viver.
Aceitemos,
pois, a chuva e o sol. Aprendamos a buscar abrigo, quando cai a chuva fria; ou
quando o sol do meio dia se torna inclemente e castiga a nossa pele. Afinal,
uma hora tudo passará.
Aproveitemos
a chuva, para irrigar o solo onde plantaremos as nossas sementes; e o sol, para
fazer com que as plantas cresçam e se abram, trazendo uma bela colheita ao
final da jornada.
Porque o
arco-íris, tão belo, não é senão o resultado da junção entre o sol e a chuva. E
nele estão todas as cores que o Coração do Universo criou, para colorir o mundo
onde hoje caminhamos.
Precisamos
do sol e da chuva, para que haja o arco-íris. Assim como precisamos da alegria
e da tristeza, para que a nossa alma aprenda a discernir as cores que enfeitam o
Jardim da Eternidade.
Devemos,
pois, seguir em paz os nossos caminhos. E, sempre que nos fustigar a chuva, ou nos
aquecer o sol, acalentemos a gratidão em nós, por tudo que encontramos em nossa
jornada.
Pois não
podemos ver o futuro. Mas ele sempre se transforma no presente; e precisaremos
estar livres de nossas amarras, para que possamos adentrar aos portões da
Mansão do Amanhã.
Sejamos
gratos, com toda nossa alma. Porque a frustração e a revolta nos cegam,
enquanto a gratidão abre os olhos do coração; e nos permite ver a beleza de
cada arco-íris que encontramos.
Sejamos
gratos Àquele que nos acompanha e conduz pela mão, enquanto tropeçamos pelos
caminhos do mundo, aprendendo a cair e levantar, para que um dia cheguemos ao
arco-íris final.
Onde encontraremos o Coração do Universo.
Música:
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