SIMPLES VERDADE

 

Cada um é como é.

Necessitais ter sempre presente esta verdade; e não por aqueles que vos cercam, mas por vós mesmos. Porque, se assim não for, as decepções se sucederão em vosso caminho.

Nunca encontrareis a paz, enquanto julgardes que os outros reagirão como o faríeis. Porque cada um de vós é um; comporta-se e reage de acordo com o seu jeito de ser e aquilo em que crê.

Aprendei esta lição; e mais fácil se tornará caminhardes juntos. Porque aquele a quem amais, jamais vos amará da mesma forma; cada um tem o seu jeito de amar e de entregar-se ao amor.

Por isto, muitas vezes, julgais que o ser amado não retribui o vosso amor. Entretanto, ele também vos ama; apenas, do seu jeito próprio de ser. Porque cada um de vós sente diferente.

A verdade é que não podeis conviver apenas com a parte de alguém que vos agrada. Por trás do sorriso de luz que tanto vos encanta, pode também existir um momento de lágrimas amargas.

E a calma, que tanto aquieta o vosso coração, pode transformar-se, num instante, na explosão de raiva que vos assusta. Porém, precisais ter presente que passam sempre, uma e outra.

Sois como sois. E, se nenhum de vós é o mesmo todo o tempo, como poderíeis esperar que alguém o pudesse ser? Porque acalentais a ilusão de que alguém seja como desejais que fosse?

Pessoas não são como menus de restaurantes, onde podeis modificar os acompanhamentos. E, para conviver com alguém, precisais, antes de tudo, entender esta simples verdade.

Porque aquele que pretende viver com a rosa, necessita aprender a lidar com os espinhos. E o marujo, que se encanta com o por do sol nas águas calmas, deve saber como enfrentar as ondas.

O viajante que atravessa o deserto, deve cuidar de encher bem o seu cantil e saber como precaver-se das tempestades de areia; proteger-se do sol e usar agasalhos para o frio da noite.  

É assim a vida: cheia de contrastes e alternâncias. Noite e dia, chuva e sol, verão e inverno; alegrias e tristezas, sonhos e desilusões, E assim também precisamos ser, para seguirmos o caminho.

Cada um de nós, portanto, é como é. E não é sensato aquele que diz amar alguém, vendo só suas qualidades. Pois é belo o dia azul de sol, mas existirão também a noite e as tempestades.

E eu vos digo: não conseguireis cultivar a vossa flor, enquanto não aprenderdes a lidar com os seus espinhos; nem vencereis as decepções, enquanto vos perderdes em vãs esperanças.

Porque sonhais a vossa vida. Mas não viveis em vossos sonhos.

Música:

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VIVENDO OS VOSSOS SONHOS

Vale a pena viver os vossos sonhos.

Assim eu vos tenho dito. Porque são eles que trazem cores à vossa vida, entre o cinza desbotado da realidade. E porque é mais macio caminhar entre nuvens, do que sobre o solo duro e áspero.

Vale a pena acreditar neles! Porque aquele que não acredita, já não tem qualquer razão para seguir em frente. Como teria energia para caminhar, o homem que não espera chegar a algum lugar?

Sim! Não há como respirar o ar rarefeito da realidade, se nele não houver o perfume atraente de um sonho. Não há como engolir as decepções da vida, sem o néctar inebriante das esperanças.

Os sonhos vos levam a mundos só vossos. E nele vos podeis refugiar, fugindo por instantes às arestas de um mundo inclemente para com os sonhadores. Podeis ser tudo que desejais ser.

Nos sonhos, desfrutais dos vossos amores; viveis as vossas aventuras, alcançais as vossas metas. Nos sonhos podeis erradicar a maldade, praticar a gentileza, afastar os vossos medos.

Nos sonhos, sois senhores de tudo. Desfaleceis entre suspiros de prazer, encantai-vos com assomos de ternura. Todas as dificuldades somem, todas as alegrias vos procuram e vos enlaçam.

Não menosprezeis os vossos sonhos. É a sua força que vos sustenta; é a esperança de alcançá-los que mantém abertos os vossos olhos e vivos os corações que bombeiam vosso sangue.

Não temais viver os vossos sonhos. Segui-os pelos caminhos dourados por onde vos conduzirem e não vos preocupeis com a sua duração ou o seu fim; lembrai-vos de que nada é eterno, neste mundo.

Se quiserdes desfrutar dos vossos sonhos, não podeis abrigar o medo em vosso coração. Porque temer que se acabem, não impedirá que isto aconteça; apenas vos impedirá de vivê-los plenamente.

E- dizei-me – de que vos serve ter um sonho, se não fordes capazes de segui-lo sem reservas? Se não voardes com suas asas, sorrirdes com suas alegrias e vos embriagardes com suas esperanças?

De que vos serve sonhar, se vos assusta o temor de acordar? Como podereis construir os vossos castelos no ar, se fordes incapazes de acreditar nos vossos sonhos e na capacidade de ser feliz?

Sede, pois, como a criança; que se entrega às suas brincadeiras ou às suas contrariedades. Que ri um riso aberto, quando a felicidade está em seu coração; ou chora sem pejo, ao sentir-se triste.

Entregai-vos aos vossos sonhos. Não temais o despertar; pois, ainda que vos visite a tristeza, as recordações vos reconfortarão e vos farão seguir em frente, sorrindo entre as lágrimas que caiam.

Até que chegue um novo sonho.

Música:

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SORRIA

                           

Sorria sempre.

Procure sorrir, não importa o que a Vida lhe trouxer. Porque você não pode controlar o que acontece no seu caminho; mas pode escolher como vai reagir a cada acontecimento que vier.

E, acredite: pode não parecer, mas essa reação faz diferença, sim. É como quando você derruba um copo de vinho; pode lamentar, ou lavar e enxugar a toalha. E os resultados serão diferentes.

Claro, o vinho nunca voltará ao copo. Mas a toalha e a mesa ficarão sujas ou limpas; você terá mais ou menos trabalho, depois. Ou seja: não podemos mudar os fatos, só as consequências.

São sempre os seus sentimentos que definem a sua maneira de ver o mundo e as pessoas à sua volta. Se você acredita, tem uma visão mais otimista e alegre; se duvida, é mais difícil e triste.

Tudo passa pelo que você sente. Nada tem um valor absoluto, tudo é relativo; acontecimentos e coisas que em alguns dias o deixariam desanimado, em outros parecem ser simples desafios.

O mundo é um reflexo de como você o vê. Depois da chuva, você pode escolher entre olhar para o céu e ver as estrelas que iluminam a noite; ou olhar para o chão, e ver a lama que se formou.   

Pense nisto. E veja que, mesmo no dia mais cinzento, um simples raio de sol que atravessa as nuvens traz uma mensagem de luz e de calor. Um sopro de otimismo, uma nova esperança.

E a esperança é o mais importante, para tentar outra vez. Não importa o que lhe tenha acontecido: se você mantém a esperança, pode começar de novo. Ela é a semente de que você precisa.

Sorria, portanto. Você não precisa gostar de tudo que lhe acontece, mas lembre-se sempre de sorrir. O sorriso é uma lâmpada acesa, que dispersa o escuro e espalha claridade ao seu redor.

Sorrir é como abrir uma janela de confiança, para espantar o medo. Sorrir é como estender uma ponte para as pessoas que estão a seu lado e não tinham maneiras de chegar até você.

Sorria; afugente os seus medos e as suas inquietações. Banhe-se nas cores vivas da confiança e da alegria; não se deixe envolver pelas trevas do desânimo, da tristeza e da descrença.

Pense sempre o melhor, embora saiba que possa vir o pior. O pessimista sofre, todo o tempo em que o medo atormenta sua alma; o otimista só será magoado, se o mal chegar a acontecer.

Sorria: custa pouco e pode render muito. Se o seu sorriso animar alguém, essa animação vai retornar para você; vai trazer-lhe novas forças, para seguir em frente, ainda que lhe custe.

Sorria. Chorar ou sorrir, só depende de você. 

Música:

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AS ESTAÇÕES DO AMOR

 

Como os anos, o Amor tem as suas estações.

E, como aos anos acontece, essas estações se sucedem. Em todas elas, entretanto, o Amor é o mesmo sentimento; e cada uma das suas estações tem o seu próprio encanto.

No início, é o verão da paixão. Quando o fogo dos sentimentos vos abrasa e quase rouba o vosso raciocínio; quando os hormônios enlouquecem e as noites são tórridas e doces.

É quando, na penumbra, o corpo amado parece ter um brilho próprio; quando as carícias não param e as vossas mãos percorrem, com volúpia e desejo, a pele suave ao vosso toque.

É quando as bocas se encontram e as línguas se entrelaçam, em beijos intermináveis que curtos vos parecem. Quando as salivas se misturam e o seu gosto vos leva ao céu.

É quando os vossos corpos se fundem e o orgasmo parece fundir as vossas almas. Quando o êxtase faz parar o tempo e sumir o espaço, enquanto ondas de prazer vos percorrem.

Mas o amor também tem a sua primavera: sua estação das flores. E, nela, o ardor da paixão se transforma na poesia da ternura; quando o carinho brota e floresce em vossos corações.

Então, o mundo se enche de novas cores e novos perfumes. Como se o vento trouxesse delicadas canções e os pássaros carregassem sementes para encher de plantas os caminhos.

É quando conheceis a delicadeza e o desejo de proteger alguém. Quando os vossos braços enlaçam e acolhem, embalando o sono tranquilo de quem vos deu a conhecer o Amor.

Porém, a primavera não dura para sempre. E ao amor chega o outono, quando o vento que sopra é mais frio, e as folhas e flores começam a cair, deixando nuas as árvores de vosso pomar.

Não deveis temer o outono, entretanto: as folhas e flores que já não estão nas árvores, adornam o chão. Caminhais sobre um tapete colorido e macio, que faz suaves os vossos passos.

É quando as árvores nuas vos mostram o espectro da solidão, que mais percebeis o valor da companhia. E vos aconchegais àqueles que amais, sentindo todo o bem que vos fazem.

Não deveis temer, nem mesmo quando sobrevier o inverno. Porque é quando o vento rodopiar lá fora, e a chuva e o frio vos prenderem em casa, que mais sentireis a benção do Amor.

Pois a neve, que cobre o vosso telhado e os vossos cabelos, derrete ao calor do vosso afeto e do vosso coração. E o Amor vos mantém aquecidos, confortáveis e em paz, dentro de vós.

Assim é o amor. E felizes são aqueles que passam por todas as suas estações.

Porque cada uma tem os seus próprios encantos.

Música:

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O CAMINHO E OS DESEJOS

 

Sede senhores de vossos desejos. E vossas expectativas.

Porque, na maioria das vezes, é deles que provêm as vossas frustrações e os vossos sofrimentos. Que vos seriam poupados, se não houvésseis querido ou acreditado mais do que deveríeis.

Tende presente, sempre, que as pessoas e as coisas são como são, e não como gostaríeis que fossem. Esta simples lembrança vos evitará muitas lágrimas e muitas amarguras, ao longo da vida.

Pois não é sensato aquele que sai de casa sem guarda-chuva, quando nuvens negras se amontoam no horizonte. Ou quem se recolhe aos cobertores, quando o sol derrama calor sobre a Terra.

O homem que espera demais, sempre receberá de menos; já o outro, que nada espera, receberá com alegria o que lhe for dado. Assim diz a lógica; e esta pode ser a diferença entre chorar ou sorrir.

Buscai, portanto, manter-vos no controle dos vossos desejos. Assim, não os confundireis com necessidades; e nem julgareis que todos devam ser atendidos, para que vos possais sentir felizes.

Não é assim que costumais fazer, porém. E, por isto, tantas são as estórias fantásticas que contais, sobre pessoas atendidas em seus desejos. Desta ambição, nasceu o gênio da lâmpada.

Esta é, também, a origem das varinhas mágicas; das bruxas, com seus caldeirões borbulhantes; e de tantas outras lendas, onde os personagens veem realizadas todas as suas vontades.

Sabeis, entretanto – ou deveríeis saber – que tais narrativas não passam de contos mirabolantes. No mundo onde realmente viveis, tendes o que necessitais, mas jamais tereis tudo que desejais.

E tanto assim é, que existem limitações mesmo para os vossos personagens: o gênio da lâmpada concede apenas três desejos, e Cinderela volta a ser borralheira, quando vem a meia-noite.

Sede, pois, senhores dos vossos desejos; assim, evitareis muitas decepções. Embora tudo comece com um sonho, muitos deles não podem ser realizados; e precisais reconhecer esta verdade.

Sede senhores dos vossos desejos, se desejais ser senhores da vossa vida e dos vossos rumos. Nenhum mal existe em sonhar um sonho; mas a mariposa que se entrega à luz, perde a vida.

Cuidado com os vossos desejos; quer se realizem ou não, eles vos podem trazer decepções ou frustrações. Cultivai-os, sim; mas que sejam como flores em vosso jardim, não donos da vossa vontade.

Eu vos tenho dito: acalentai os vossos sonhos. Lembrai-vos sempre, porém, de que são sonhos; que iluminam a vossa vida, mas não determinam o vosso rumo, nem os podeis ver como necessidades.

Sonhai os vossos sonhos. E segui o vosso caminho.

Música:

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