O AMOR, A VIDA E O VENTO
O amor existe para fazer-vos felizes.
E, se não o sois, não é por culpa do amor; mas das vossas carências e dos vossos desejos. Porque o amor é como o vento: não lhe podeis colocar rédeas, ou
dominá-lo; apenas desfrutar dele.
Sim: o amor é como a brisa suave, que acaricia a vossa pele e vos provoca
a sensação de bem-estar; ou como o vento mais forte, que anuncia a tempestade e
vos amedronta com o seu ímpeto.
Certo, entretanto, é que não o podeis dominar; ou submetê-lo às vossas
vontades. E todas as vezes em que assim tentardes fazer, saireis magoados e
tristes, lambendo as vossas feridas.
Lembrai-vos, sempre: o amor é como o vento. E o bom navegante não é
aquele que tenta comandar os ventos; mas sim o que sabe ajustar as suas
velas, de acordo com o vento que sopra.
É assim que ele faz seguir o seu barco e o conduz ao porto, apesar das
ondas que possa enfrentar. Porque nenhuma viagem é tranquila ou agitada todo o tempo, mas cada uma tem o seu encanto.
E o amor é como a vida: uma viagem na qual embarcais por vossa vontade,
sem saber aonde vos levará, ou quanto tempo haverá de durar. Tudo que levais
convosco, são sonhos e esperanças.
Que nem sempre se realizam, não é preciso que vos diga. Seguis, todavia,
em frente, mesmo quando malogram os vossos projetos para a vida; assim, também,
deveis fazer, com relação ao amor.
Porque, como a vida, o amor sempre vos oferecerá uma nova oportunidade.
Não vereis, contudo, o que vos aguarda no caminho, se continuardes a olhar
para trás, lamentando o que já passou.
Vede o amor, como deveis ver a felicidade. Porque sabeis que ela não
caminhará todos os instantes ao vosso lado; mas não vos negais a desfrutar da
sua presença, sempre que vos visita.
E a verdade é que vale a pena! Porque os melhores momentos da vossa vida
são aqueles em que abris as portas de vossa alma, para sentir a felicidade; e só o amor a pode trazer até vós.
Aproveitai, portanto, o amor; e não deixeis que ele se aproveite de vós. Voai em suas asas luminosas, e abri-lhe sem reservas o vosso coração; só
assim, conhecereis a plenitude do seu voo.
Não deixeis, porém, que ele vos leve a esquecer de vós mesmos. Porque
ninguém pode amar verdadeiramente a outrem, se antes não souber amar a si
próprio. É de vós, que nasce o amor.
Fazei, pois, ao amor como fazeis ao vento: desfrutai de seu sopro e de suas carícias; cerrai os vossos olhos, quando ele vos tocar,
para que melhor possais sentir o seu toque encantado.
É quando sois felizes, em vosso
verdadeiro Eu.
Música:
http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/carmen_cavallaro_to_love_again.mid
Link música
Link vídeo. Sem imagens, infelizmente, mas a música é linda.