A INVEJA
Nada enxerga o invejoso, senão a felicidade alheia.
E, assim procedendo, é como o pescador que se lamenta porque não lhe pertence o mar. Como se no rio não existissem mais peixes do que necessita para o seu sustento.
Ou como o vagalume que chora porque estrela gostaria de ser. E nem percebe o próprio brilho, que ilumina o espaço à sua volta.
Guardai-vos de abrigar a inveja.
Pois, como os antolhos impedem à besta a visão do mundo, a inveja não permite que vos possais sentir felizes. E vos leva a chorar pelo que têm os outros, quando deveríeis sorrir pelo que vos pertence.
Como a erva parasita asfixia o tronco que a abriga, a inveja sufoca em vós a alegria de viver. E como a sombra da noite oculta a beleza das flores, a inveja torna esmaecido o brilho das vossas próprias conquistas.
Ao pássaro, não preocupa a envergadura das asas; basta-lhe a liberdade de voar, ao sopro carinhoso da brisa. Como à flor não importa o tamanho do caule, ao desfrutar a carícia do sol.
Entretanto, não é pelas vossas necessidades que dimensionais a felicidade; mas pelos vossos desejos. E à medida que mais desejais, maiores se tornam as vossas angústias.
Pois o homem que não se contenta com as frutas suculentas e a água cristalina vagará sem descanso, na busca inútil do pomo encantado e do néctar ilusório.
Em verdade, não é mais feliz o homem que mais possui; e sim aquele que mais valor atribui às suas posses. Porque o primeiro pode nem conhecer todos os seus bens, enquanto o segundo desfruta de tudo que lhe cabe.
A inveja não é a abundância, mas a perpétua carência. Não será saborosa a água do vosso poço, enquanto mais doce vos parecer a do vizinho; nem bela será a vossa esposa, enquanto mais atraente julgardes a mulher ao lado.
A inveja é a sede que não pode ser saciada, a pobreza que não pode ser vencida e a fome que não pode ser mitigada. Porque nada será suficiente, para quem não sabe valorizar o que possui.
Guardai-vos da inveja. Que jamais possa ela encontrar guarida em vosso coração.
Para que não venha a acorrentar o vosso verdadeiro Eu.
E, assim procedendo, é como o pescador que se lamenta porque não lhe pertence o mar. Como se no rio não existissem mais peixes do que necessita para o seu sustento.
Ou como o vagalume que chora porque estrela gostaria de ser. E nem percebe o próprio brilho, que ilumina o espaço à sua volta.
Guardai-vos de abrigar a inveja.
Pois, como os antolhos impedem à besta a visão do mundo, a inveja não permite que vos possais sentir felizes. E vos leva a chorar pelo que têm os outros, quando deveríeis sorrir pelo que vos pertence.
Como a erva parasita asfixia o tronco que a abriga, a inveja sufoca em vós a alegria de viver. E como a sombra da noite oculta a beleza das flores, a inveja torna esmaecido o brilho das vossas próprias conquistas.
Ao pássaro, não preocupa a envergadura das asas; basta-lhe a liberdade de voar, ao sopro carinhoso da brisa. Como à flor não importa o tamanho do caule, ao desfrutar a carícia do sol.
Entretanto, não é pelas vossas necessidades que dimensionais a felicidade; mas pelos vossos desejos. E à medida que mais desejais, maiores se tornam as vossas angústias.
Pois o homem que não se contenta com as frutas suculentas e a água cristalina vagará sem descanso, na busca inútil do pomo encantado e do néctar ilusório.
Em verdade, não é mais feliz o homem que mais possui; e sim aquele que mais valor atribui às suas posses. Porque o primeiro pode nem conhecer todos os seus bens, enquanto o segundo desfruta de tudo que lhe cabe.
A inveja não é a abundância, mas a perpétua carência. Não será saborosa a água do vosso poço, enquanto mais doce vos parecer a do vizinho; nem bela será a vossa esposa, enquanto mais atraente julgardes a mulher ao lado.
A inveja é a sede que não pode ser saciada, a pobreza que não pode ser vencida e a fome que não pode ser mitigada. Porque nada será suficiente, para quem não sabe valorizar o que possui.
Guardai-vos da inveja. Que jamais possa ela encontrar guarida em vosso coração.
Para que não venha a acorrentar o vosso verdadeiro Eu.