A BALADA DO SONHADOR
Um pouco de ilusão é essencial.
Como suportar o toque frio do chão em meus pés descalços, se não me for possível erguer castelos nas nuvens?
E como suportar o frio da solidão, sem a ilusão da companhia?
Como enganar o desespero, senão com uma nova esperança?
É impossível suportar o sofrimento, sem uma ilusão de felicidade.
Por isto, eu necessito sonhar.
Embalar-me em braços amantes, perder-me em loucos anseios e encontrar-me na ilusão de ter e dar felicidade; ainda que este seja apenas o sonho vão de um instante.
Pode o rio irrigar constantemente as terras, se novas águas não alimentarem a sua nascente?
Eis que não sou uma pedra; antes, um poço de sonhos e alguém que vive em função do amor. Que necessita fugir por instantes deste mundo, para nele permanecer.
Acaso não necessita o próprio oceano alternar as suas marés, e o tempo as suas estações?
Não pode o viajante navegar sempre entre as borrascas da vida, sem desfrutar da calmaria do sonho. Ou a planta crescer ao tórrido calor do sol, sem o refresco da chuva.
São os meus sonhos as coisas de que mais necessito. São eles as minhas razões de viver; como as vossas são as coisas que podeis ver e tocar.
Não posso permitir que o mundo e as desilusões me tirem a capacidade de sonhar.
Ou nada sobrará em mim, que a alguém possa ainda oferecer...
Como suportar o toque frio do chão em meus pés descalços, se não me for possível erguer castelos nas nuvens?
E como suportar o frio da solidão, sem a ilusão da companhia?
Como enganar o desespero, senão com uma nova esperança?
É impossível suportar o sofrimento, sem uma ilusão de felicidade.
Por isto, eu necessito sonhar.
Embalar-me em braços amantes, perder-me em loucos anseios e encontrar-me na ilusão de ter e dar felicidade; ainda que este seja apenas o sonho vão de um instante.
Pode o rio irrigar constantemente as terras, se novas águas não alimentarem a sua nascente?
Eis que não sou uma pedra; antes, um poço de sonhos e alguém que vive em função do amor. Que necessita fugir por instantes deste mundo, para nele permanecer.
Acaso não necessita o próprio oceano alternar as suas marés, e o tempo as suas estações?
Não pode o viajante navegar sempre entre as borrascas da vida, sem desfrutar da calmaria do sonho. Ou a planta crescer ao tórrido calor do sol, sem o refresco da chuva.
São os meus sonhos as coisas de que mais necessito. São eles as minhas razões de viver; como as vossas são as coisas que podeis ver e tocar.
Não posso permitir que o mundo e as desilusões me tirem a capacidade de sonhar.
Ou nada sobrará em mim, que a alguém possa ainda oferecer...