A FESTA DOS SONHOS

 

Todo final leva a um novo começo.

Lembrai-vos desta verdade, a cada ano que se vai; ou de cada vez que se encerra um ciclo em vossa vida. Porque todo começo é uma oportunidade de mudar; de fazer de forma diferente.

E recordai, também, que só deveis plantar as mesmas sementes se estiverdes satisfeitos com a colheita que tivestes. Se repetirdes a semeadura, é certo que mais do mesmo colhereis.

Assim, eu vos tenho dito. E, se bem observardes, vereis que é assim mesmo que acontece; porque nada irá mudar, ao vosso redor, enquanto continuardes a andar pelos mesmos caminhos.

Atentai para isto, portanto. Abrigai, em vosso coração, a gratidão pelo ano que se inicia; mas tende presente que apenas de cada um dependerá o fazê-lo melhor para si e aqueles que ama.

Pois a esperança, embora vos possa tornar felizes por momentos, não realiza os vossos desejos; é a vós que cabe aproveitar a força que ela vos traz, para transformá-los em realidades.

Fazei do Ano Novo, entretanto, a festa dos vossos sonhos; porque é isto que ele é, para vós. É por isto que acendeis os vossos fogos, iluminando a noite; e brindais, para desejar-vos felicidade.

Sim: o Ano Novo é a festa dos sonhos. A esperança renasce, a alegria predomina, as pessoas se abraçam e tudo vos parece mais fácil. Celebrais o futuro, que se oferece à vossa frente.

Lembrai-vos, porém, que para adentrar ao futuro necessitais despedir-vos do passado. Porque podeis desfrutar do hoje e sonhar com o amanhã; mas não vos é dado viver nele e no ontem.

Arrumai-vos, pois, para este ano que vem. Assim como vos preparais, antes de uma nova viagem, deveis fazer para o novo ciclo: guardai as lembranças que são boas e descartai as outras.

Limpai bem a vossa alma, para que assim a encontre a esperança; abandonai as vossas mágoas e os vossos rancores, afastai a recordação de vossas decepções e de vossas derrotas.

Porque o que somos depende do que pensamos; é da força das nossas asas, que dependem os nossos voos. Aqueles que acreditam em si mesmos são sempre os que chegam mais longe.

Arrumai as prateleiras do vosso verdadeiro Eu, para que possam abrigar as vitórias que planejais obter. Conservai os vossos sorrisos, os vossos amores e tudo aquilo que vos anima e faz bem.

Sempre haverá tempo para as lágrimas. Aproveitai o dia de hoje e acendei o sol que existe em vós; deixai que a sua luz varra os recantos escuros que possam existir em vossa alma.

Para que seja feliz o vosso Ano Novo!

Música:

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Mexendo em meus velhos arquivos, encontrei esta foto, remoçada por aplicativo; ela me inspirou este post. Quanto mudei, dos 17 anos! :) 

 FELIZ ANO NOVO, AMIGOS!          

UMA CANÇÃO DE NATAL

 

Ouçamos, em nós, uma canção de Natal.

Uma canção de amor e esperança, capaz de unir todos os seres. Que preencha os nossos corações e, com a sua luz, expulse as trevas que vêm rondando a humanidade.

Porque nada, senão o amor, pode verdadeiramente unir as pessoas. E somos como as gotas de água, que necessitam estar unidas para que possam formar o oceano.

Uma canção que afaste de nós os preconceitos e o medo que sentimos daqueles que são diferentes; porque a diversidade faz parte do Universo e é essencial para a Vida.

Pois o arco-íris não seria tão lindo, se as cores não fossem diferentes entre si; nem existiria a melodia, sem as notas musicais. É preciso haver diferença, para haver harmonia.   

Uma canção de tolerância e perdão, que varra da face da Terra o ódio e o desejo de vingança; esses sentimentos aprisionam os que os provocam e os que os abrigam.

E apenas o perdão pode quebrar os grilhões que unem ofensor e ofendido, agressor e agredido, para que se tornem livres e possam prosseguir em seus caminhos.   

Uma canção de fraternidade e empatia, para que possamos sentir a dor de nossos irmãos e buscar, sinceramente, por palavras ou gestos, mitigar os seus sofrimentos.

Para que vençamos o egoísmo e nos tornemos capazes de dividir, sem esperar a gratidão alheia, mas encontrando na felicidade de ajudar a maior de todas as recompensas.  

Uma canção de humildade, para que não nos sintamos superiores aos que nos cercam e busquemos entender os seus motivos, antes de criticar as ações que praticam.

Porque ninguém é melhor que os seus irmãos, nem tem o direito de julgá-los. E nada magoa tanto o orgulhoso, como a queda do pedestal onde se acreditava colocado.   

Uma canção de fé e confiança, para que acreditemos no futuro e caminhemos juntos; para que andemos de mãos dadas e confiemos nos outros, sem temor e sem dúvidas.

Enquanto houver separação, existirá o medo; que tolhe os nossos passos. Só juntos, poderemos atingir o fim do caminho; porque somos partes do Coração do Universo.

Que haja uma canção que corra o mundo. E, cantada pelos anjos, chegue a todos os corações; que cada homem possa encantar-se com ela, ouvindo-a em seu verdadeiro Eu.

Pois esta será a canção do Natal!

Música:

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FELIZ NATAL!  

A ESCOLA DA VIDA

 

Sim; o futuro nos pertence.

Pois a nossa essência vence o próprio tempo e sobrevive à morte. Como o vento, que parece haver-se extinguido e de repente volta a soprar e cantar as suas canções, como antes.

Tende presente, entretanto, que, como ao vento acontece, não serão as mesmas as canções. Nem o mesmo o rumo que seguirá; nem os mesmos serão os lugares onde passará.

Porque, embora possamos ser eternos, não nos pertence o comando dos nossos destinos. Somos apenas alunos; não escolhemos os assuntos que estudamos, só nos cabe aprender.

E é assim que precisa ser. Pois, como alunos, não conhecemos as necessidades que encontraremos pela frente. Ao Mestre compete ensinar-nos, para seguirmos o caminho.

Se assim é, não nos deve preocupar o que virá adiante. Devemos concentrar-nos no momento que passa, pois as lições se encadeiam e a cada uma aprenderemos por sua vez.

Aproveitemos, portanto, o momento presente. Porque aquele que se preocupa com o que poderá vir adiante, não desfruta por completo do que vive; nem aprende o que poderia.

Desfrutemos do sol que acaricia o nosso corpo, e da brisa suave que afaga os nossos cabelos. Respiremos fundo, para sentir o perfume das flores que estejam ao nosso redor.

Que não nos preocupe, no momento, a chuva que poderá cair amanhã; nem que a brisa possa desaparecer no instante seguinte; nem a certeza de que as flores cairão, algum dia. 

Porque sempre podemos escolher entre entregar-nos aos nossos medos, ou viver as nossas alegrias. E aquele que escolhe a escuridão do medo, não conhecerá a luz da felicidade.

Desfrutemos dos nossos sonhos; porque são eles que adoçam as nossas vidas e nos trazem novas esperanças. Acreditemos no que sentimos; vivamos plenamente as nossas emoções.

Esta é, eu acredito, a melhor forma de viver: momento por momento, emoção por emoção. Desfrutar de cada alegria, aprender com cada tristeza; sentir cada lágrima e cada sorriso.

Porque, ainda que caminhemos no Jardim da Eternidade e moremos na Mansão do Amanhã, cada dia é diferente dos outros e jamais voltaremos a percorrer os caminhos onde andamos.

Sensato é alegrar-se por cada novo amanhecer e deitar-se com gratidão, a cada novo anoitecer. Deliciar-se com a música do vento e aprender a ouvir a canção da paz no silêncio.

É assim que seguimos, na escola da Vida.

Música:

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O CAMINHO DO MEIO

 

Livres nascemos, em meio à Natureza.

Assim não nos conseguimos manter, entretanto. E, com o passar dos anos, nos submetemos às injunções da vida sobre a Terra, aceitando como invioláveis as regras que nos trazem.

Melhor procederíamos, se seguíssemos a voz da nossa consciência. Porque as regras feitas pelo homem apenas visam à convivência no planeta; e a Vida prossegue todo o tempo.

Porém, não venho pregar a desobediência às leis que criamos; só pretendo dizer-vos que, se cada um atentasse ao seu verdadeiro Eu, desnecessárias seriam todas essas leis.

Nada precisamos, senão escutar o Coração do Universo; e a Sua voz fala à nossa alma, porque somos feitos da mesma essência. Em cada homem, existe uma centelha do Infinito.

Não desprezemos essa dádiva divina, deixando-nos absorver pelas necessidades e tentações da vida mundana. Busquemos sempre o caminho do meio, entre espírito e matéria.

Porque a verdade é que somos feitos de ambos. E ninguém conseguiria realizar-se completamente, atendendo a apenas uma parte do seu ser e ignorando as necessidades de outra.

Sejamos gratos ao nosso corpo, que nos permite experimentar as sensações. Mas não nos esqueçamos que é em nossa alma, que vivem as nossas emoções e os nossos sentimentos.

Assim é. E esta é a origem do impreciso vazio que às vezes nos domina, sem que saibamos a sua origem. Porque nos sentimos incompletos, ainda que parte de nós esteja satisfeita.

Busquemos o caminho do meio. Porque é através dele, que poderemos completar a nossa jornada e colher o aprendizado de que necessitamos; porque só ele nos faz avançar.

Aceitemos o fato de que não somos luz ou escuridão, mas uma mistura de ambas. Como ao dia acontece, temos momentos de manhã e de noite; e também a penumbra do crepúsculo.

Longe de mim a ideia de mostrar-vos o caminho; até porque eu mesmo ainda o procuro. São muitas as vezes em que me sinto perdido; em que vagueio sem norte, em busca do rumo.

E nestes momentos, é que mais tento me encontrar. É que procuro erguer mais alto a minha lâmpada, para aclarar um pouco o caminho. É que mais busco a luz, para seguir em frente.

Nestes momentos, ouço as vossas vozes que me chamam; que, através das vossas dúvidas e das vossas certezas, das vossas perguntas e respostas, me trazem de volta ao caminho.

Porque só juntos podemos encontrar o rumo certo.

Música:

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OS EXEMPLOS ALHEIOS

Poderíeis aprender com os exemplos alheios.

Se assim fizésseis, decerto sofreríeis menos. Porque aquele que é capaz de aprender ao ver a dor do irmão que se queima, jamais se atreverá a expor-se ao risco que representa o fogo.

Aprendei com os tropeços dos outros, e evitareis muitos dos vossos tropeços. Porque ensina a lógica que, se plantais as mesmas sementes que o vizinho, a mesma colheita ireis ter.

Parece não ser assim que pensais, porém. E insistis em repetir atitudes que não deram certo para outros; como se, no vosso caso, o resultado pudesse ser diferente do que já vistes.

Mas é assim que deve ser. Porque não aprendeis senão através da dor; e necessitais que ela vos visite, para que possais guardar o aprendizado que só o sofrimento vos pode trazer.

Acolhei, portanto, as vossas dores. Porque aquele que vê alguém sofrendo no espinheiro, mas insiste em seguir pelo mesmo caminho, não se pode queixar ao ser também magoado.

Não é sensato, porém, o homem que assim procede. Como aprendeis em vossas escolas o conhecimento que vos ensinam os mestres, deveríeis estar atentos para a escola do mundo.

Deixai, pois, que eu vos repita que, embora existam diferenças entre vós, sois todos iguais em essência; porque é o mesmo o sopro que vos dá a Vida e reside em vosso verdadeiro Eu.

Aprendei a observar. Se olhardes ao vosso redor, aprendereis todos os dias; e, se tiverdes a humildade de aceitar que sois todos irmãos, filhos do mesmo Pai, melhor entendereis a Vida.

Há em vós a essência do Universo, e o amanhã vos pertence. Contudo, enquanto caminhais sobre a Terra, sois pequenos e vulneráveis; para que vos torneis grandes e eternos.

Só o Conhecimento vos pode trazer esta mudança. E ele não virá a vós, senão pela senda do aprendizado, onde abundam as flores, mas também as pedras; os vales e as montanhas.

Aprendei com vossos irmãos; e não magoareis os pés nas mesmas pedras, nem precisareis escalar as mesmas montanhas. Aprendei com os erros alheios e não os cometereis.

Para isto, todavia, necessitais da empatia, para que possais sentir a dor dos vossos irmãos. E da humildade, para admitir que nenhum filho é mais caro do que outro, aos olhos do Pai.

Só em reconhecer esta verdade, já vos tornareis melhores. E, à medida que melhoram os vossos pensamentos, mais fácil fica o caminho; mais rápidos e leves são os vossos passos.

Aprendei com os erros alheios. E evitareis muitos dos vossos.

Música:

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