O Árabe

Idéias, sentimentos, emoções. Oásis que nos ajudam a atravessar os trechos desérticos da vida...

domingo, 27 de dezembro de 2009

UM NOVO ANO, UMA NOVA JORNADA

Um ano que nasce é uma nova estrada que se abre à nossa frente.

E, se não nos é dado saber o que ocultam as suas curvas, devemos agradecer o podermos percorrê-la. Pois, ainda que em alguns trechos as suas pedras façam sangrar os nossos pés, em outros as flores suavizarão o caminho. E cada passo nos levará adiante.

Decerto, tristes não serão todas as suas surpresas; como não poderá a alegria visitar-nos em todos os dias. Porque necessitamos que se alternem tristezas e alegrias, para que possamos atingir o Conhecimento.

Mais uma vez, haveremos de chorar e sorrir. E entre lágrimas e sorrisos seguiremos em frente, ainda que por vezes nos visite o cansaço; que maior se torna a cada desilusão, e desaparece quando nos anima um novo sonho.

Que a esperança nos visite, pois, sempre que o desânimo estenda as suas asas ante os nossos olhos. Que saibamos aprender com os nossos erros, e desfrutemos de todos os nossos acertos.

Que aceitemos a ambos, o mel e fel, como sabores da vida. E, ao nos regozijarmos com um, não esqueçamos que também ao outro encontraremos em nossos caminhos.

Acima de tudo, que aprendamos a caminhar juntos. Porque, embora cada homem tenha a sua própria rota, pontos existem em que se cruzam os caminhos; e é preciso saber dividir as tristezas e partilhar as alegrias.

Para que mais leve se torne a caminhada.

FELIZ ANO NOVO, AMIGOS! QUE 2010 NOS TRAGA BOAS SURPRESAS!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

MENSAGEM DE NATAL

Conta-se de alguém especial, que nasceu há dois mil anos.

Embora pudesse escolher os berços mais ricos, preferiu o modesto calor da palha, entre os mais simples animais. Para nos ensinar o valor da humildade.

Embora pudesse chefiar os mais brilhantes exércitos, ou possuir as mais valiosas fortunas, aprendeu o humilde ofício de carpinteiro. Porque nos queria ensinar o valor do trabalho.

Aos inimigos perdoava e por eles pedia, em Suas orações. Ensinava o valor da tolerância e do perdão, que trazem a fraternidade, o amor e a paz universal.

Nada possuía de seu, senão as vestes e as sandálias, que expunha à poeira dos caminhos; entretanto, aqueles que o procuravam tinham atendidos os seus pedidos. E, ao consolar os aflitos, nos ensinava o valor da caridade.

Há dois mil anos, festejamos o Seu aniversário.

Um dia, talvez, aprenderemos as Suas lições.

FELIZ NATAL, AMIGOS. SAÚDE E PAZ!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A CANÇÃO DA GRATIDÃO

Em cada novo dia, o sol surge no horizonte e o seu calor envolve a Terra.

À sua luz, os vossos olhos se abrem e vos presenteiam com as cores de que se reveste a Vida. A vossa alma bebe a inocência e a beleza, ao contemplar os vossos filhos e a pessoa amada.

Aos vossos ouvidos, ressoa a canção do Universo: nos pássaros que cantam, na voz de alguém especial, no regato que murmura docemente. É música, que flutua no ar, para aquecer-vos o coração.

Desfrutais dos aromas que vos encantam: as flores do jardim, o perfume atraente do corpo que desperta o vosso desejo, o cheiro da terra ensopada pela chuva benfazeja.

O vento suave acaricia o vosso rosto; como brincando, despenteia os vossos cabelos. As vossas mãos se entrelaçam em outras, afagam cabelos macios, sentem a magia do simples tocar.

Enquanto o alimento vos revigora o corpo, os sabores vos trazem a satisfação do apetite. E o gosto da pele sedosa, que permanece em vossos lábios, vos alimenta a alma.

São coisas de todos os dias. De que muitas vezes nem vos dais conta, ocupados em lamentar pelo pouco que vos falta e esquecidos de agradecer pelo muito que tendes.

Deixai, pois, que hoje eu vos convide à gratidão. E juntos elevemos as nossas vozes ao Infinito, agradecendo pela Vida que se renova a cada dia. Pela simples graça de poder viver um novo dia.

Agradeçamos pela terra e pelo mar; pelo ar que respiramos, pela gravidade que nos permite caminhar sobre o chão. Pelos animais, que conosco dividem o mundo e com as próprias vidas sustentam a nossa vida.

Agradeçamos pelos olhos que nos dão a luz, pelos ouvidos que nos trazem o som, pelo nariz que nos oferece os cheiros; pela pele que nos dá o toque, pela boca que nos traz os sabores.

Pelos pés que nos conduzem, e pelas mãos que nos ajudam a criar. Pelo corpo, que nos transmite as sensações, sem as quais nada nos seria possível aprender em cada jornada.

Mas, acima de tudo, agradeçamos por sermos capazes de sentir e pensar. Pela esperança e pela fé, pelo amor e pela amizade, pela ternura e pelo desejo. Pelo sorriso e pela lágrima, que em nós semeiam o aprendizado.

E, com ele, a consciência do nosso verdadeiro Eu.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A BALADA DA ESPERANÇA



Momentos existem, em que o peso da vida faz vergar os vossos ombros; em que julgais inútil a viagem, e vos invade o desejo de assentar-vos à margem da estrada.

Recordai, entretanto, que às vezes parece a árvore sufocar ao peso dos frutos; e este é o presságio que anuncia a mais rica colheita. Como a noite aparenta ser mais escura, nas horas que antecedem a madrugada; e a violência da tempestade é mais assustadora nos instantes que precedem a calmaria.

Nenhum de vós, por um instante sequer, cogitaria de outorgar a seus filhos uma carga superior às suas forças. Ou confiar-lhes uma tarefa que não lhes fosse possível executar.

Acreditai-me, pois, quando vos digo que não o faria o Universo. E a missão que recebeis, em cada jornada, foi por vós mesmos escolhida; para que a rota vos conduza aos conhecimentos de que necessitais.

Aquele que foge aos encargos do plantio, não conhecerá o sabor da fruta. E o que desconhece o suor do trabalho honesto também ignora a dádiva de uma noite de sono, com o corpo cansado e a consciência em paz.

É quando a visão se perde, entre a poeira do caminho, que mais devereis erguer os vossos olhos para o céu. Pois na Força que equilibra os astros e faz correr as nuvens soltas ao vento, encontrareis as vossas próprias forças.

Aos vossos sentidos devereis oferecer a canção da Vida, que reverbera no sorriso da criança e na beleza da flor; na imensidão do oceano e na simples gota de chuva, que faz brotar a semente sob a terra.

Afastai de vós os pensamentos tristes; furtai-vos ao desânimo e à solidão, que vos roubam as forças. Lembrai-vos de que, mesmo na noite mais densa, o brilho fugidio de uma estrela orienta o viajante que o sabe discernir.

Aprendei a descobrir, na obra do Pai, a certeza da Sua presença em vós. Buscai o carinho daqueles que vos são caros. Revigorai-vos na paz, na esperança e na alegria; na fé, na companhia e no amor.

Estas são as fontes da Vida, onde se dessedenta e banha o vosso verdadeiro Eu. De nada mais necessitais, para vencer as dificuldades que acaso vos tragam os sopros do destino.

E seguir em vosso caminho.

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