O Árabe

Idéias, sentimentos, emoções. Oásis que nos ajudam a atravessar os trechos desérticos da vida...

sexta-feira, 31 de julho de 2015

AO VOSSO REDOR



Espalhai a paz, ao vosso redor.
Pois outro caminho não existe, para que possais viver em paz.  Aqueles que vos cercam, eu vos tenho dito, são como espelhos e refletem de volta aquilo que recebem de vós.

Tende sempre em mente esta verdade. Porque necessitais vigiar constantemente os vossos atos, os vossos gestos e as vossas palavras, para serdes bem tratados.
Evitai as palavras ríspidas, ou rispidez é o que recebereis; cuidai-vos de praticar o mal, ou ele a vós retornará. Escusai-vos de impor a vossa vontade, ou todos se fecharão para vós.

Sede como o lavrador, que escolhe as melhores sementes e prepara com cuidado a terra onde as plantará; oferecei os vossos melhores sentimentos e sede gentis ao distribuí-los.
É assim que tereis a melhor colheita. Pois nada colhereis, senão o que plantardes; nem podereis negar-vos a desfrutar da vossa safra, é o que determina a lei do Universo.     

Praticai a gentileza; afastai de vós a rispidez. Porque sensato não é o homem que espalha pedras pelo caminho onde deverá passar, mas sim aquele que o cobre de pétalas.
Cultivai a tolerância; aprendei a ouvir os outros e analisar as opiniões. Por mais acertado que seja o vosso julgamento, uma nova ideia poderá ampliar os vossos horizontes.

Não é pela força, que devereis vencer; mas pela razão. Lembrai-vos de que todos os reinos construídos sobre as armas já se foram, mas as ideias continuam vivas.
Abraçai o amor; é ele que vos afasta da solidão, faz mais belos os vossos sonhos e torna mais colorida a realidade. É sobre ele que se constrói a vida, tal como a conheceis.

Abandonai o egoísmo. A união faz a força e a fraternidade pode unir os homens. Que tranquilidade vos trazem os vossos bens, se conviveis com o medo de serdes roubados?

Afastai de vós o rancor; aprendei a perdoar, com todo o vosso coração. Porque, enquanto o desejo de vingança vos acorrenta ao passado, o perdão vos liberta para o futuro.

Buscai a humildade. De que serve o orgulho ao poderoso rei que vive isolado em sua torre, enquanto o servo em sua casa humilde desfruta do calor da família e dos amigos?
Sim; espalhai a paz, ao vosso redor, se é em paz que desejais viver. Lembrai-vos, todavia, de que é partir do ponto onde se originam, que os círculos se espraiam sobre a água.

Cuidai para que a paz esteja em vós. Pois é assim que a espalhareis ao vosso redor.

Música:
         

sexta-feira, 24 de julho de 2015

O AMOR E A VIDA



Cada amor, como cada vida, tem a sua própria história.
E não é com o seu tempo de duração, nem com a maneira como terminará, que vos deveis preocupar; deveis, sim, aproveitar cada segundo em que deles vos for dado desfrutar.

Ambos terminarão, um dia. E de um e de outra nada levareis, senão as lembranças e o aprendizado. Cuidai, pois, para terdes as melhores lembranças e o melhor aprendizado.

Pois não é sábio o homem que atravessa os dias da sua vida sob o temor da morte, quando pode concentrar-se em viver e aproveitar as coisas boas que o mundo lhe oferece.
Nem é sensato quem se angustia com o medo da separação, quando lhe é possível viver o seu amor. Não vos deve assombrar o medo da solidão, nos braços do vosso amado.
 
Porque, lembrai-vos, sois vós que escreveis as vossas histórias. E aquele que se perde em amarguras, enquanto a alegria passa ao seu lado, viverá decerto uma história de amargura.

De que vale a água fresca do poço, ao homem que sofre o temor de vê-lo um dia secar? De que serviria a imensidão azul do céu, para as aves que não se arriscassem a voar?

Por isto, eu vos tenho dito que vigieis os vossos medos. Deveis saber que o medo é o mais pesado dos grilhões que podeis atar aos vossos pés e impede de voar as vossas almas.

O medo é como a âncora, que mantém fundeado e preso o vosso barco. É preciso que o supereis, para que os vossos navios possam cruzar o oceano e chegar a novos portos.

Necessitais do medo, como o barco da âncora; viagens existem que não devem ser feitas, pois o naufrágio seria inevitável. Mas é preciso levantá-la, para descobrir novos horizontes.
O amor é, sim, como a vida. E, embora a um e outra não possais fazer durar para sempre, cabe-vos aproveitá-los ao máximo, para que não vos visite o arrependimento tardio.

Pior do que perder, é jamais haver conhecido; e para conhecer é preciso entregar-se. Se quereis conhecer a ambos, o amor e a vida, a eles deveis entregar-vos sem reservas.
Pois, ao fim da jornada, não se arrepende o homem que se banhou na chuva ou enfrentou o calor do sol. Lamenta-se aquele que se deixou ficar à proteção da árvore todo o tempo.

O amor, como a vida, tem a sua própria história. E, longe de temer o seu final, deveis alegrar-vos, quando a ambos conheceis, ainda que não possais mantê-los para sempre.
É assim que conhecereis o verdadeiro Amor e a verdadeira Vida.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

A VOSSA LUZ INTERIOR


Cultivai a vossa luz interior.

Pois é ela que ilumina as coisas que vos cercam. E, ainda que às vezes as trevas pareçam ocultar todo o horizonte, a vossa luz será capaz de dissipá-las e indicar-vos o melhor caminho.
Se, ao contrário, deixardes que se apague, nem toda a luz do mais radioso dia de sol poderá aclarar a vossa visão; ou mostrar-vos as cores que trariam a alegria de volta ao vosso mundo.

Todo o tempo, vos acompanha o Coração do Universo. E a Sua mão proverá sempre às vossas necessidades, amparando os vossos passos. Deveis, entretanto, fazer a vossa parte.
Porque está escrito que a cada um será dado de acordo com as suas obras. E ninguém pode esperar colher a luz, se permite que em seu coração possam abrigar-se as raízes da escuridão.   

Afastai de vós o torpor do desânimo e cultivai o otimismo; este é o primeiro passo, para que vos seja dado reencontrar a alegria e voltar a ouvir a doce canção da fé, da Vida e da esperança.
Esta é a canção que o Universo canta, todos os momentos, aos ouvidos do vosso verdadeiro Eu. E as suas notas estão no calor do dia, na serenidade da noite e no botão que se torna flor.

Sim; é nos pequeninos milagres que vos cercam, que percebereis o imenso milagre da Vida. Como é em cada lembrança de amor, que descobrireis o fascínio amargo e doce da saudade.
É de vós, e apenas de vós, que dependem as decisões que ireis tomar e o caminho que seguireis; assim eu vos tenho dito. Acreditar em um futuro melhor é o caminho para que o possais construir. 

Abandonai os pensamentos pessimistas. Embora a tristeza por vezes vos encontre, é sempre a alegria que devereis procurar; é nela que encontrareis as forças para seguir em frente.
Recordai o vosso passado. E decerto lembrareis que muitos momentos houve em que tudo vos pareceu perdido; mas o Universo veio em vosso socorro e os sofrimentos se foram no tempo.

Acreditai que assim será, mais uma vez. Necessitais plantar, para colher; e é na escolha das sementes, que começa o trabalho do plantio. Escolhei os melhores grãos e tereis a melhor seara.

Escolhei os melhores sentimentos, para plantar em vosso coração; ainda que  os irrigueis com as vossas lágrimas, havereis de aquecê-los com os vossos sorrisos. E farta será a vossa colheita.

Cultivai a vossa luz interior. E ela iluminará o mundo ao vosso redor.

Música:
 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

OS VOSSOS ANIVERSÁRIOS


Comemorais os vossos aniversários.

Assim deve ser; porque cada um deles marca o dia em que se iniciou uma nova jornada. E é preciso que recordeis o ponto de partida, para que possais avaliar o quanto avançastes na estrada.
Lembrai-vos, entretanto, que mais importante do que a distância percorrida é o quanto vos foi dado aproveitar do caminho. Mais vale o que aprendestes, do que os bens que amealhastes.
Deveis, por isto, aproveitar cada um dos vossos aniversários para escalar a montanha do autoconhecimento. E do seu topo deixar que os vossos olhos passeiem pelas trilhas que percorrestes.
Recordai, a cada ano, o que nele fizestes; os vossos bons e maus momentos, as vossas alegrias e as vossas tristezas. E vereis que umas e outras foram frutos das vossas ideias e atitudes.
Assim acontece a todos os homens, em todos os dias e em todos os anos. Ao aceitar essa verdade, fareis mais leve a vossa carga, mais fácil o vosso caminho e mais rápidos os vossos passos.
De vós mesmos dependeis, para traçar a vossa rota; eu vos tenho dito.  E uma vez que a tenhais determinado, nem os ventos mais fortes nem as ondas mais altas vos desviarão do vosso destino.
Fazei, portanto, de cada um dos vossos aniversários um momento de reflexão. Um instante de parada, para rever a vossa rota e o quanto dela vos afastastes, premidos por circunstâncias da vida.
Porque não é plano nem reto o caminho. E é nos obstáculos e nas curvas que necessitareis vencer, que encontrareis os maiores ensinamentos e melhor moldareis o vosso caráter.
Pois as flores perfumadas, a relva macia e os córregos cristalinos existem para que repouseis do vosso cansaço e recupereis as vossas forças. Sem eles, não conseguiríeis prosseguir na jornada.
Porém, são os abismos que vos fazem construir pontes; são os rios que vos forçam a nadar e as montanhas que vos levam mais alto. São as pedras que vos ensinam a proteger os vossos pés.
É assim que é. Em cada ano da vossa vida, encontrareis flores, relva e córregos; mas enfrentareis também abismos, rios, pedras e montanhas. E necessitareis vencê-los, para seguir em frente.
Aproveitai os vossos aniversários; mereceis desfrutar da alegria de mais uma etapa vencida, ao assoprar as velinhas. Cuidai, todavia, para que o aprendizado constante seja o vosso maior desejo.
Assim, mais doce que o bolo vos será a companhia das pessoas a quem amais.

E este será o vosso melhor presente.


Música:

Hoje, completo 67 anos; e o meu melhor presente é estar com vocês. Obrigado!

sexta-feira, 3 de julho de 2015

COISAS QUE DEVEIS SABER SOBRE O AMOR



 O amor não é troca, mas doação.

Não é a rotina calma de uma vida tranquila e previsível, mas o excitante risco de uma nova aventura a cada dia. Não é a marcha cadenciada do elefante, mas o voo irrequieto e ágil da ave.
Porque a recompensa que oferece é a sua própria existência. O simples enlevo de perder-se em alguém, a emoção de um beijo ou uma carícia, a plenitude de estar com o ser amado.

O amor não é a pauta de uma música, mas a harmonia de suas notas; não é um livro que conta uma história já escrita, mas uma coleção de folhas em branco, a serem preenchidas dia-a-dia.

Não é pela contabilidade do que dais e recebeis, que podeis avaliar o amor; mas pelas sensações que vos traz. Pela felicidade e pela angústia que às vezes vos preenchem sem motivos aparentes.

O amor jamais vos presenteará com a lua, porém vos fará perceber o encanto das estrelas; e não forrará de pétalas a vossa estrada, mas vos mostrará a beleza de uma flor que se abre.

O amor não é um grilhão a tolher-vos os passos e as atitudes, porém o mais suave e o mais forte dos laços que vos podem ligar a alguém. Ele não vos prende; antes, vos faz voar.
O amor não é a vingança que separa, mas o perdão que une. Não é a obrigação, mas o desejo de fazer; não é ter que explicar, mas a certeza de contar com a compreensão e apoio de alguém.
Ele não se rege por vossas leis; tem as suas próprias leis, que necessitais aceitar para desfrutar da sua magia. E não vos permite ouvir opiniões alheias, apenas o  vosso próprio coração.
Por vezes, o amor é como o marulhar suave das ondas mansas, que se deitam na praia; e em outras se assemelha aos vagalhões impetuosos, que varrem os oceanos e ameaçam os navegantes.
O amor não é apenas o grito ansioso do desejo, mas também o sussurro ameno e doce da ternura; e não reside unicamente em juras e promessas, mas também no silêncio compartilhado.
O amor é como o vento, que às vezes acaricia mansamente os vossos rostos; e, em outras, parece comprazer-se em soprar forte o suficiente para derrubar os vossos castelos de sonhos.
Não deveis esperar que o amor vos traga segurança, mas inquietudes; nem que resolva os vossos problemas, mas apenas que vos ensine a dividi-los, para que juntos possais seguir adiante.
Assim é o amor, que não se dobra às vossas carências.
E é o vosso guia para as estrelas.       
Música:

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