BALADA DO CANSAÇO INFINITO
Hoje, nada mais desejo que a sombra de uma árvore frondosa, à beira de um rio distante, onde apenas a solidão me acompanhe.
Quero ouvir a canção do seu curso e às suas águas confiar as minhas mágoas, que a ninguém me atrevo a contar. Porque é preciso que cada um conviva com os seus próprios venenos, e chore as suas próprias lágrimas.
Desejo descalçar as sandálias e mergulhar os meus pés, tão feridos pelas pedras do caminho. E agradecer por essas mágoas e essas pedras, que tanto me ensinam sobre o mundo e a vida.
Hoje, nada mais desejo que o esquecimento. Quero estender-me sobre a grama verdejante, para que o cheiro delicioso da terra úmida me traga lembranças vivas da infância, que tão distante me parece.
De olhos fechados, quero sentir a carícia do vento em meus cabelos brancos. Talvez que ele me traga as vozes do passado; os ecos de cada momento em que se decidiu o meu caminho.
Preciso descansar o meu corpo. E buscar o meu verdadeiro Eu, reunindo todas as partes de mim que se perderam pelas curvas do caminho. Em cada uma delas, encontrarei o sorriso ingênuo dos meus sonhos; e o amargo pranto das minhas desilusões.
E de que é feita a vida, senão de sonhos e desilusões? Porque a esperança, que nos sustenta a cada dia, é frágil como a espuma das ondas e perecerá nos rochedos dos desencantos, até que outras ondas sobrevenham.
Ou como a luz do sol, que fatalmente será engolida pelas trevas da noite, antes que possa voltar com a manhã, para iluminar a nossa jornada. Ou como a semente, que se perde nas entranhas da terra, antes que a planta renasça.
Hoje, eis que não encontro consolo nas minhas próprias idéias. E não consigo escutar o meu verdadeiro Eu, cuja voz se perde na inquietude que me visita.
Como o filho que busca a segurança nos braços do pai, preciso recolher-me ao seio do Universo. Para que as águas benditas da compreensão possam lavar as minhas feridas e trazer de volta a paz, que abandonou o meu ser.
Hoje, nenhum conselho me atrevo a vos oferecer. Pois a minha voz falaria a língua da tristeza e as minhas palavras apenas cantariam a saudade das esperanças perdidas; a dor de cada momento em que as vi fenecer.
Entretanto, assim acontece a todos. Como o sol aquece a terra ensopada pela tempestade, amanhã os sonhos devem retornar a mim. E encontrarão mais fértil este coração, outra vez revolvido pelo arado do sofrimento.
Amanhã, voltarei a falar-vos. E não me desculparei por esta mensagem de desencanto, pois vos tenho dito que sou mais um entre vós; e também necessito da tristeza, para conhecer o valor da alegria.
Amanhã, voltarei a desfrutar do vosso convívio e da vossa bondade. Sei que nas vossas perguntas encontrarei as minhas próprias respostas; e no vosso calor afastarei o frio que hoje me enregela a alma.
Entretanto, isto será amanhã. Pois tudo que agora desejo é poder fechar os olhos e voar, ao vento que me seque as lágrimas; integrar-me ao Universo, deixando para trás as mágoas que, hoje, são mais fortes do que posso suportar.
E me trazem este cansaço infinito.
Quero ouvir a canção do seu curso e às suas águas confiar as minhas mágoas, que a ninguém me atrevo a contar. Porque é preciso que cada um conviva com os seus próprios venenos, e chore as suas próprias lágrimas.
Desejo descalçar as sandálias e mergulhar os meus pés, tão feridos pelas pedras do caminho. E agradecer por essas mágoas e essas pedras, que tanto me ensinam sobre o mundo e a vida.
Hoje, nada mais desejo que o esquecimento. Quero estender-me sobre a grama verdejante, para que o cheiro delicioso da terra úmida me traga lembranças vivas da infância, que tão distante me parece.
De olhos fechados, quero sentir a carícia do vento em meus cabelos brancos. Talvez que ele me traga as vozes do passado; os ecos de cada momento em que se decidiu o meu caminho.
Preciso descansar o meu corpo. E buscar o meu verdadeiro Eu, reunindo todas as partes de mim que se perderam pelas curvas do caminho. Em cada uma delas, encontrarei o sorriso ingênuo dos meus sonhos; e o amargo pranto das minhas desilusões.
E de que é feita a vida, senão de sonhos e desilusões? Porque a esperança, que nos sustenta a cada dia, é frágil como a espuma das ondas e perecerá nos rochedos dos desencantos, até que outras ondas sobrevenham.
Ou como a luz do sol, que fatalmente será engolida pelas trevas da noite, antes que possa voltar com a manhã, para iluminar a nossa jornada. Ou como a semente, que se perde nas entranhas da terra, antes que a planta renasça.
Hoje, eis que não encontro consolo nas minhas próprias idéias. E não consigo escutar o meu verdadeiro Eu, cuja voz se perde na inquietude que me visita.
Como o filho que busca a segurança nos braços do pai, preciso recolher-me ao seio do Universo. Para que as águas benditas da compreensão possam lavar as minhas feridas e trazer de volta a paz, que abandonou o meu ser.
Hoje, nenhum conselho me atrevo a vos oferecer. Pois a minha voz falaria a língua da tristeza e as minhas palavras apenas cantariam a saudade das esperanças perdidas; a dor de cada momento em que as vi fenecer.
Entretanto, assim acontece a todos. Como o sol aquece a terra ensopada pela tempestade, amanhã os sonhos devem retornar a mim. E encontrarão mais fértil este coração, outra vez revolvido pelo arado do sofrimento.
Amanhã, voltarei a falar-vos. E não me desculparei por esta mensagem de desencanto, pois vos tenho dito que sou mais um entre vós; e também necessito da tristeza, para conhecer o valor da alegria.
Amanhã, voltarei a desfrutar do vosso convívio e da vossa bondade. Sei que nas vossas perguntas encontrarei as minhas próprias respostas; e no vosso calor afastarei o frio que hoje me enregela a alma.
Entretanto, isto será amanhã. Pois tudo que agora desejo é poder fechar os olhos e voar, ao vento que me seque as lágrimas; integrar-me ao Universo, deixando para trás as mágoas que, hoje, são mais fortes do que posso suportar.
E me trazem este cansaço infinito.
UPGRADE EM 21/02/2009- Como o orvalho noturno para a flor, após o dia causticante, são o carinho e a amizade, para o nosso verdadeiro Eu. E o fazem retornar fortalecido, após os mais duros embates.
Grato, amigos, pelo carinho e pela amizade, tão caros ao meu coração. Desculpem-me por não responder a cada comentário, mas saibam que cada um deles é como uma preciosa gota de orvalho, para mim. Até breve!
Grato, amigos, pelo carinho e pela amizade, tão caros ao meu coração. Desculpem-me por não responder a cada comentário, mas saibam que cada um deles é como uma preciosa gota de orvalho, para mim. Até breve!