AS VOSSAS ASAS
Eu vos
tenho dito que apenas vós mesmos sois capazes de aprisionar-vos.
Porque
nascestes livres, como o vento e a imaginação. O vosso verdadeiro Eu é infinito
e ilimitado, como a própria essência do Universo, que habita em vós e da qual
todos fostes gerados.
Insistis,
entretanto, em forjar as vossas próprias cadeias. Talvez porque andeis neste mundo
da matéria, necessitais sentir-vos presos ao solo sobre o qual caminhais os
vossos passos.
E, assim
fazendo, permaneceis entre os animais que rastejam e andam sobre a grama e as
pedras, quando poderíeis voar pelo céu e caminhar entre as estrelas, como as
aves e os deuses.
Existe um
pouco do Universo, em cada um de vós. E o descobrireis, e sereis capazes de ver o
vosso verdadeiro rosto, quando conseguirdes quebrar os grilhões com os quais vos
prendeis.
Deixai,
portanto, que eu vos diga que esses grilhões são forjados por vossos
pensamentos e vossas atitudes. E, se deles vos desejais livrar, tudo que
necessitais mudar está em vós mesmos.
Não
podeis esperar ser livres, se acorrentais os vossos próprios pés; nem podereis
voar, se as vossas almas não forem capazes de abandonar o chão onde caminham os
vossos corpos.
Buscai,
sempre, manter livre o vosso espírito. É através dele que podereis experimentar
a sensação da liberdade plena, ouvindo a canção do Universo e retornando às
vossas origens.
Esta é a
forma de vos libertardes. Se fordes capazes de assim agir, sereis
verdadeiramente livres; embora caminheis sobre a terra, podereis viajar com as
asas do vento e voar entre as estrelas.
Não
deveis renunciar às vossas asas, porque a liberdade faz parte do vosso
verdadeiro Eu. É quando vos afastais desta verdade, que aceitais limites
e forjais os vossos próprios grilhões.
Não vos
entristeçais, entretanto, por não serdes completamente livres, enquanto dura
cada uma das vossas jornadas; ninguém dentre vós o poderia ser, neste mundo que
hoje habitais.
Porque assim
exige o aprendizado. Necessitais conhecer limites e experimentar grilhões, para
que possais integrar-vos ao Ilimitado e reconhecer devidamente o valor que tem a
liberdade.
Aceitai,
portanto, as vossas limitações; e até mesmo os grilhões com que acorrentais a
vós mesmos. A chuva fria e o sol quente são necessários, para a que a semente
germine e cresça.
Lembrai-vos,
porém, de que é limitado o tempo de cada jornada; mas a Eternidade vos
pertence. E não descuideis de defender a vossa liberdade, para que possais voar ao fim da caminhada.
Conservai
as vossas asas. Cuidai do vosso verdadeiro Eu.
Música:
http://ohassan.dominiotemporario.com/marco/1_teclado_espetacular_feelings.mid
Assista; vale a pena!