GRATIDÃO
Este é o caminho a
ser seguido. Porque, embora nem a gratidão nem a revolta alterem as
circunstâncias da vida, a primeira nos aquece o coração, enquanto a segunda
gera a raiva que o abrasa.
Pois, se é certo que
não temos controle sobre as pedras e flores que surgem em nosso caminho, é
igualmente certo que controlamos as nossas reações; e são elas que fazem toda a
diferença.
Imprevistos sempre
ocorrerão. E não são eles que determinam o nosso rumo, mas as nossas reações.
Como a rota do barco não depende apenas do vento, mas também da posição das
velas.
O viajante que se
apavora e amaldiçoa a sorte, ao julgar-se perdido na mata, nela se perderá cada
vez mais; enquanto aquele que mantém a calma e busca o caminho, por certo o
encontrará.
A verdade é que a vida
traz e leva. Mas, para que algo nos seja levado, é preciso que antes nos tenha
sido trazido; melhor do que lamentar a perda, é agradecer pelo tempo em que o tivemos.
E – por que não? – às
vezes, é preciso agradecer a própria perda, pelas lições que nos ensina. É
preciso agradecer às lágrimas; porque são elas, afinal, que nos fazem dar valor
aos sorrisos.
Cultivemos, pois, a
gratidão em nós. Porque o homem que agradece, é feliz pelo que tem; enquanto o
que se revolta acalenta a frustração e não consegue encontrar a felicidade que
procura.
Aquele que cultiva a
gratidão, encontra a paz em si mesmo; e a espalha sempre ao seu redor. Já o homem que
não sabe ser grato, traz a insatisfação e a intranquilidade à sua própria alma.
Sejamos gratos pelas
pequenas coisas de todos os dias; das quais, na maioria das vezes nem nos damos
conta, mas que nos fariam uma falta muito grande, se de repente nos fossem
tiradas.
Sejamos gratos, em
cada dia, por tudo que temos. A começar pela oportunidade de viver um novo dia;
de sentir o vento nos cabelos, o sol na pele, a carícia da água durante o
banho.
Sejamos gratos não só
pelo que vemos, mas também pelo que sentimos. Pela existência de nossos seres
queridos, pelo amor, pela alegria, pela esperança e pelos sentimentos; até pela
saudade.
Sim; porque, na raiz
de toda saudade, existem momentos de felicidade. Instantes divididos, emoções
compartilhadas; belas lembranças, que mantêm junto a nós aqueles que já não o
estão.
Gratidão; este,
talvez seja o verdadeiro início do caminho para ser feliz. Porque o homem que é
grato não inveja, não abriga a revolta ou a frustração; não intranquiliza o seu
verdadeiro Eu.
E encontra em si a
essência do Universo.
Música:
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